segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Auto Retrospectiva

Mais um ano está prestes a acabar, e hoje eu parei pra pensar em tudo que me aconteceu neste ano. Um ano extremamente cheio de coisas novas, tanto coisas boas, quanto ruins. Alegrias e problemas novos que fizeram deste ano inesquecível.
Conheci pessoas que eu pretendo levar para a vida toda, que me fizeram mais feliz do que eu jamais pensei que eu poderia ser. Me reaproximei de pessoas que também fizeram da minha felicidade possível. Reatei amizades um dia infelizmente perdidas, aprendi a gostar de pessoas que um dia não suportei. Vivi histórias que eu jamais vou conseguir esquecer.
Viajei, para um lugar aonde eu vivi dias perfeitos, com pessoas perfeitas, que eu nunca, na minha vida, vou esquecer.
Tive momentos lindos, com pessoas que fazem parte da minha história. E vão ficar pra sempre na minha memória, aqueles hotéis, aquele restaurante, aquelas ruas, aquele salão, aquela escola, aquela faculdade, aquele quarto, aquele shopping. E sim, os rostos das pessoas que passaram isso comigo, e suas vozes, seus toques, vão também ficar pra sempre guardados em mim.
E os problemas, sim, pois não existe como viver sem. A dor de talvez não poder ter a quem eu queria, de perder alguém de uma forma tão imbecil, de ver um amigo passar por problemas com ele mesmo, ou de outro amigo sofrendo sempre pelos mesmos erros, ou ainda, de viver num meio onde ninguém aceita totalmente a minha forma de viver, de uma família intolerante e desunida que não ajuda a ninguém nunca.
Mas, apesar de tudo, eu posso dizer que o que vai prevalecer na minha memória são as coisas boas, os amigos, as paixões, as alegrias, o amor... E que talvez tudo seja melhor, ou pior, em 2008.
Um ano de mudanças, sim. Entrando na faculdade, vivendo uma vida diferente, com pessoas diferentes, que com certeza vão estar ali somente para somar algo a minha existência.
Mas, também, mantendo em mim tudo e todos aqueles que me fizeram tão bem em 2007, e em todos os anos antes dele.
Que a alegria e a paz prevaleçam nesse ano que se inicia.
E que, acima de tudo, os desejos que façamos tornem-se realidade, mas, que não fiquemos esperando por milagres, e sim, que lutemos para torná-los reais.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A Importância de Ser Pé-no-chão

E após uma vida inteira de boas escolas particulares, mordomias e curtições, a garota sonha em estudar na UFRGS. Um orgulho para qualquer família esse sonho, afinal de contas, universidade federal não é para qualquer um. Porém, existem exceções. Por exemplo, quando o sonho dessa garota é estudar Museologia, um curso que acabou de abrir na faculdade e só permitirá trabalhar como professora de história e museológa. Ou seja, guia de museu com nível superior (isso se conseguir um cargo alto).
Então, imagine. Sair de Foz do Iguaçu, cujo nível de vida não é tão alto, para morar em Porto Alegre, onde tudo é exorbitantemente mais caro, para estudar Museologia.
Curso integral, nem trabalhar pode.
E ainda, gastando no mínimo R$2.000,00 por mês. Isso só pra pagar aluguel, contas, comida e coisas do curso, livros e coisas do tipo. Pode esquecer saídas, roupas, sapatos, enfim... mordomias.
Serão 5 anos de vidinha mais ou menos, pra depois ir para São Paulo, conseguir um emprego do Masp.
Interessante não? Mas como com certeza o Masp não vai despedir o Curador do museu pra colocar uma recém-formada num curso de primeira turma, e com certeza devem ter pessoas pré-escolhidas pra substituir o atual curador, o trabalho dela vai ser:
Acordar de manhã, fazer o coque no cabelo, colocar o uniforme, ir para o trabalho, sentar atrás do balcão, e decorar a seguinte frase:
- Bem Vindos ao Masp!
Depois disso, pegar as coisas das pessoas, colocar no guarda volumes, entregar o cartãozinho, desejar um Bom Passeio, e esperar acabarem de andar por dentro do museu.
E foi aí que ela enfiou 5 anos de estudos e R$120.000,00.
Que sonho !
Que futuro brilhante !

E eu ainda sou obrigado a ouvir pessoas que falam que isso vai ser diferente...
Por favor !

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

É como diz o ditado...

...meu passado me condena.

Eu andei pensando muito em fazer um outro blog, pra postar as coisas que eu escrevia antigamente, quando eu costumava escrever somente em ingles. Quero dizer, as coisas boas (que pelo menos eu e minhas amigas considerávamos boas) só fluiam em ingles. Português não existia pra mim, não pra usar a imaginação. Ainda bem que isso mudou, e apesar de ainda algumas pessoas me considerarem péssimo, a única coisa que eu faço e que eu gosto muito é a escrita. Críticas construtivas? Agradeço. Não construtivas. Enfie-as aonde bem entender.
Mas, voltando ao assunto, eu fiz o bendito do outro blog, postei um texto mais recente (na verdade, poema. Eu fazia na maioria poemas) e fui em busca dos meus antigos textos.
Quando os encontro, ponho-me a lê-los, um por um. Quanto mais antigo eles eram, mais... nossa, pessimistas, melosos, dramáticos... aiai, emo eles vão ficando. Eu comecei a pensar, o que demônios passava pela minha cabeça naquela época? Afinal, nossa ! como pode alguém pensar tanta coisa ruim?
Mas enfim, eu fiz o maldito do blog. Tinha colocado com um nome, quando postei o primeiro texto. Tinha sido Advantages of Living, bem bonitinho até. Mas, depois da deprimencia, da melação, enfim... se expremer só sai lágrimas e sangue, eu mudei. Comatose Imagination, afinal de contas, esse meu lado imaginativo (graças a todas as energias do universo) está em coma, adormecido, pelo menos eu acho. É tudo tão estranho, que ali onde fica escrito por Gabz, eu coloquei vomited by Gabz. Não que os textos sejam ruins, eu realmente gosto deles, mas... são tristes demais.
Quer dizer, eu ainda sou meloso, falo de sentimentos, e tudo mais, mas eu não fico falando em morte [?], em trevas [?], em fim do mundo [?] e coisas obscuras do gênero... aliás, eu era um emo-gótico na minha escrita, pensa no estrago.
Mas tá, ele tá lá feito, e se alguém estiver afim de ver o meu lado negro do passado, de alguns 2, 1 ano atrás (éé, meio próximo isso...), pode ir lá.
http://comatoseimagination.blogspot.com/
Sejam bem vindos ao mundo do deprimente.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Nem Sempre o Natal Pode Ser Perfeito

Vendo duas amigas minhas, uma de longe, de outra cidade, e outra daqui de foz mesmo, juntas, tão felizes, tão bem, dando tudo certo para elas, me dá uma vontade gigante de ser eu ali.
Ver que apesar da distância, dos problemas, de tudo que elas estão tendo que passar e já passaram, elas conseguem estar juntas, felizes, me faz pensar se talvez algum dia nós vamos poder estar por perto, com os mesmos sorrisos que eu vejo nos rostos delas.

No sábado, quando a garota de longe chegou, eu dormi na mesma casa que elas. Enquanto elas estavam em outro colchão, juntas, eu as via acariciando, beijando, e eu lembrava dos momentos que passamos juntos. Sentia inveja, sim, o que eu posso fazer? Me deu uma vontade gigante de ligar, falar que eu amo, mas eu não sei se nós vamos um dia dar certo. Já ficamos, sim. Mas algo sério, eu não sei.

Hoje, dia de natal, passamos todos juntos, e elas puderam se abraçar, cumprimentar, desejar feliz natal, passarem juntas, e eu tentei ligar a quem eu queria, e a ligação não completava. Eu gostaria apenas de ouvir a voz de presente de natal, já que não podia ganhar um simples abraço. E nem isso eu consegui. E isso me machuca muito.

A distância delas é bem maior que a nossa, e mesmo assim, elas estão aqui, juntas. E a gente, já se viu duas vezes e nem sabe quando vai se ver de novo, se vai se ver de novo. E eu que apenas quero um abraço, um beijo, e quem sabe um dia, poder sussurar no seu ouvido um Eu te amo, e poder receber ao pé do meu ouvido apenas um, Eu também.

sábado, 22 de dezembro de 2007

A Vontade de Estar

Vai passar.
Eu sei que tudo vai mudar.
E quando entrarmos em colisão, você vai estar na minha mão.
Porque o destino já foi traçado, os caminhos já estão cruzados, e a gente vai correndo na contra mão, cada um indo em direção do outro, numa velocidade lenta mas constante.
As memórias não deixam passar, os lugares só ajudam a lembrar, as fotos mantêm tudo tão importante, a vontade de viver tudo de novo é constante.
Vai passar.
Esse momento vai passar.
E a distância vai diminuir, porque isso tudo vai mudar.
E quando nossas vidas se reencontrarem,
quando entrarmos em colisão,
você vai estar na minha mão,
e eu vou estar totalmente em você.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ingênua Solidão

E, sentado sobre a montanha, ele tinha a melhor visão. E ele acreditava que dali, ele via o mundo inteiro. E ali, sentado sobre a mais alta montanha que ele conhecia, ele nunca foi incomodado. Saiu de casa muito cedo, cansado da pressão que a familia, a sociedade e o mundo lhe infringiam. Dali onde ele estava, ele conseguia ver a casa ainda, um pontinho perdido ao leste, entre tantas outras casas.
Ali, sentado sobre a montanha, sozinho e soberano, ele via muito, e acreditava que conseguia ver todo o mundo. Que o dominava. E ali, sentado, sozinho, soberano e auto-suficiente, o espaço dele nunca foi invadido.
Até o dia em que um homem, um simples viajante, chegou ao topo da montanha, desconhecendo o fato de que ali vivia um homem, rapaz ou velho, quem se importava? Só viu ali um homem, olhando para o horizonte com um grande sorriso.
- Por que sorri tanto?
- Porque, daqui aonde eu estou, eu vejo todo o mundo, todas as fronteiras, e todo o mundo está sob meu poder, pois eu sou muito melhor do que todos.
O viajante olhou para ele, e com um certo receio, mas convicto do que diria, respondeu.
- Lamento lhe informar que o que você vê, não é nem a metade de todo o mundo, é um minúsculo pedaço de tudo que existe. E é impossível o mundo todo estar sob seu poder, sendo que você nada faz para tê-lo assim, apenas fica aqui sentado, esperando o tempo passar, e imaginando que tudo isto te pertence. Nada isto te pertencerá se aqui você continuar.
O viajante abaixou a cabeça, e começou o seu caminho de volta. Alguns minutos depois, não se surpreendeu quando começou a ouvir passos, e o outro homem chegou ao seu lado.
- Me leve para o mundo então, porque eu ainda não perdi as esperanças de que eu posso fazer a diferença.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um Jogo de Você (Discussão Irracional sobre Ética e Moral [2])

E é como eu estivesse tendo um daqueles sonhos engraçados, como pode um simples olhar diferente e comentários que não saíram da minha cabeça... ( - Você tem cara de safado; - Um dia você descobre que não é só a cara ) estar levando a discussões por blog.
E ainda, eu sinto que um terceiro personagem está sendo envolvido na história. Aliás, o terceiro já estava envolvido, mas agora começa a mostrar a sua opinião e a sua ira !
Mas ele não é quem me interessa. O que realmente me interessa, é questionar. Se pede tanto que a verdade seja dita, que isso e aquilo, mas será que gostaria que eu contasse toda a história? eu não sei mais o que pensar, só sei que isso é um jogo, como já foi dito, e está se tornando um labirinto, aonde eu cruzo o caminho dos outros sem medo, porém, andam pensando, como foi dito por alguém, que estou usando minha ilusão, mas na verdade, eu estou me baseando em coisas concretas pra continuar, o que falta é todas as partes saberem de todos os detalhes, e se eu receber permissão, pode ter certeza, a verdade vem a tona, e eu não tenho medo.
Minha consciência tem um furo no fundo, o que não deixa nada ficar lá dentro pra que possa pesar.

Discussão Irracional sobre Ética e Moral [1]

Se você quiser declarar guerra contra algo ou alguém, que o faça, mas tenha coragem de assumir seus atos...
(...)
Será que é tão dificil procurar a própria felicidade e deixar a dos outros em paz? Ou o difícil mesmo é reconheçer a derrota? O orgulho é como um tiro no escuro, você nunca sabe em quem pode acertar. Quem sabe a pessoa ferida resolva retribuir o tiro? Nossa vida é feita de ações e reações, é uma questão de carater assumir seus atos e encarar as reações.
- excerto de texto extraído de um blog -

É extremamente engraçado ver algo que começou entre duas pessoas ter toda "culpa" (se é que se pode chamar isso de culpa) sendo jogada para cima de apenas uma.
É claro que alguém sempre começa, no caso, este que aqui vos fala. Porém, não existe continuidade sem abertura, isso indica que esta abertura ocorreu.
Não considero o que faço uma declaração de uma guerra, realmente porque não considero uma batalha de importância tão, profunda porém superficial, uma guerra. É mais uma peleja entre garotos após uma discussão sobre alguma coisa que no futuro será motivo de risadas.
Sim, eu vou rir algum dia quando eu ver isto de novo, eu sou consciente disso.
E assumir atos? Eu assumo tudo o que faço, sem medo de reações. Já disse previamente, eu faço o que tenho que fazer sem pensar no depois, e isso indica que eu faço tudo de cabeça erguida, consciente comigo mesmo, e deixando o mundo ciente das minhas ações.
E, eu estou procurando a minha felicidade, não importa aonde, em quais situações, em quais braços. Derrota, eu não vejo porque assumir derrota que eu ainda não vi acontecer, afinal de contas, eu não vejo a desistência do outro lado. Pelo contrário, eu vejo até uma certa continuidade que eu não esperava.
E sim, eu sou orgulhoso. E persistente. E eu sei que essa persistência é que está levando a lugares que eu nunca imaginei. Começando por cópias de excertos de textos para contra-respostas, até por divagações em dupla que tomam rumos que, para quem está tentando dar lições de moral por minha suposta falta de moral, não deveria deixar tomar. Mas eu não reclamo, é como eu sempre digo, eu A-D-O-R-O.
Eu continuo passando por cima de obstáculos, continuo vendo aonde isso vai levar, continuo com aquela vontade de seguir em frente, e eu continuo acreditando que no final, eu vou rir de tudo isso, sim, bem alto, com a certeza de que eu fiz o que eu achava certo, sem medo de repressões, discussões, e qualquer outra coisa.
Eu vou sair por cima, como eu sempre saio. Eu vou estar sempre melhor, como eu sempre estou. Eu vou sair ganhando, sozinho, ou acompanhado.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Panfobia

E se você não mede esforços para ter o que quer, não costuma ver o estrago que está causando, está na hora de rever seus conceitos a respeito da perspectiva humana, pois se você diz que é contra a vida futil que a humanidade leva, não seja mais uma pessoa nessa estatística...
- excerto de texto extraído de um blog -

As vezes, pra que se medir previamente o que acontece? Se a vida tivesse que ser totalmente planejada, não haveria o elemento surpresa, não haveria a graça de viver.
Eu sei que sou inconsequente, mas, até hoje, a minha coragem de seguir em frente mesmo de olhos fechados, a minha petulância e minha inconsequência nunca me deixaram passar por problemas.
Pra que se prender numa falsa verdade (aos olhos dos outros, é a verdade... por trás, ela não é mais que uma mentira) ?
Pra que planejar tudo previamente, e já imaginar o resultado final, sendo que o destino e o futuro são coisas imprevisíveis?
Se for pra viver sem saber o final, então eu vivo sem saber o começo também, pois, eu tenho consciência de que no final, tudo vai dar certo.
Porque eu luto pelo meu bem, é egoísmo, eu sei, mas ninguém nunca pensou em mim nem por mim, eu sempre tive que fazer tudo sozinho, então, pelo meu bem estar e felicidade, eu atropelo todo e qualquer obstáculo que apareça na minha frente, e assim, eu sei, eu vou construir a vida que eu sempre sonhei, para mim, e somente para mim.
Se as coisas as vezes dão errado, eu apenas cantarolo em minha cabeça: se ainda não deu certo é porque não chegou no fim...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O Guia das Imperfeições

É difícil de acreditar, mas certas coisas que são tidas como boas, aceitáveis, nunca se concretizam.
Fidelidade, amizade, segredos... ninguém nunca segue a risca o conceito de cada um.
Não existe no mundo alguém que foi totalmente fiel a um relacionamento... pelo menos, em palavras, trocas de olhares, já ouve alguma traição... não existe amor inquebrável...
Não existe algum amigo que, com algum ato, nunca tenha decepcionado o outro. Mesmo que a reclamação não seja expressa, sempre há decepção em algum momento.
Não existe segredo, pois, como diria Mário Quintana, não confie no teu amigo, pois ele outro amigo tem, e o amigo de teu amigo, tem outro amigo também. Não é por mal, é verdade... as vezes acontece como um simples comentário, a história é repassada sem menção de nomes, ou, após certo tempo, quando se considera a tal história sem tanta importância mais, que seja, mas, sempre passa pra frente.
Não há porque também se demonstrar surpresa ao ler o que está aqui escrito. Sim, eu já cometi erros, e admito.
Alguns ainda comito, venho cometendo, e vou mentir se me arrependo deles.
Se forem a tona, podem causar dor a outros, eu sei.
Mas, enquanto acontecem na surdina, não há porque me preocupar...

Perdoe meus pecados, mesmo que eu não me arrependa tanto assim deles...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ambiguidade

se era pra ter sido tudo assim, tão rápido. por que você permitiu começar?
se era pra ter sido tudo assim, tão ilusório. por que você disse querer?
se era pra ter sido tudo assim, tão passageiro. por que permitiu que fosse uma passagem tão profunda?
se era pra ter sido tudo assim, tão doloroso. por que você não simplesmente sumiu?
eu sentiria falta, sim. mas depois esqueceria. esqueceria o que sentimos.
ou talvez não. talvez eu te procurasse mais.
talvez eu até passasse a te querer mais.
então não, não suma.
pelo menos uma parte de você pode permanecer. deve permanecer.
por que se eu não posso te chamar de meu,
eu espero que pelo menos em você eu tenho um ombro no qual eu possa chorar
um amigo em quem confiar.
porque em você eu confio, e eu não quero te ver assim.
mais longe de mim do que você já está.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Até Aonde o Mundo te Levou

passou o tempo e ele nem notou.
o medo veio mas ele já não sente.
perdeu o pavor e o pudor.
deixou pra trás o que era certo ou errado.
esqueceu de toda a moral.
ética e bons costumes desapareceram do seu vocabulário que um dia foi tão correto e direto e tão certo de que ser bom era o que era o melhor.
não teme mais viver ou morrer, na luz ou na escuridão.
aos amigos, entes queridos, ele espera que todos se virem como ele foi obrigado a aprender a viver sem apoio de ninguém.
o que o mundo lhe proporcionou?
será que a culpa é toda dele?
será que era assim que quando criança ele sonhou ser?
ou será que nada mais lhe deu chance de ser diferente?
ele não sabe mais qual caminho seguir
guiado pelo acaso ele vai sem nem ao menos poder pedir ajuda
ele espera um dia encontrar o final
mesmo que ele seja doloroso, pois não há mais com o que sentir
não há mais porque sentir
ele só quer lembrar que viveu, quem sabe da melhor forma que pode
melhor ou pior se misturam numa vida que quem sabe nunca tenha valido a pena.
ele não é mal, perverso,
ele é corrompido.
o meio o levou para o nada, com muito gosto, obrigado.
agora, questiona-se se o meio algum dia tentará tirá-lo de lá
ou vai simplesmente apontar o seu dedo imundo a ele
e julgá-lo como a mais profunda escória
que se corrompeu, assim dirá o meio, por si mesmo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Duras Lições

aprendi que algumas amizades são relativas. as vezes, esses amigos relativos estão aqui, ao lado, e em outras vezes eles não estão mais. em alguns momentos eles dão a mão, em outros, as costas.aprendi que amor não existe. existe sim uma forma camuflada de parecer simpático e carinhoso para usar do que a outra pessoa tem de melhor. e sentimentos menos intensos, como paixão, atração, são simplesmente ignorados, desprezados pela pessoa que nos interessa.
aprendi que sofrer ou não, chorar ou não, odiar ou não, apenas machuca a quem sente, e não afeta em nada a causa. enquanto você pára de viver para se martirizar, o mundo continua a rodar e você não age de forma alguma para tentar mudar.
aprendi que a pior raça que existe no mundo é o ser humano. tentam se aproveitar ao máximo uns dos outros. fazem você se deslocar e te deixam na mão pelo simples prazer de ver que você fez algo por ele. não tem sentimento algum em relação a ninguém e a nada. vivem em sociedade para poderem difamarem a vida alheia da forma mais inexcrupulosa que puderem.

aprendi.
que a única pessoa que realmente importa nesse mundo, que é a quem eu devo satisfação, a quem eu devo agradar, com quem eu devo me preocupar em fazer bem ou não, sou eu mesmo.pode parecer egocentrismo, egoísmo, ou qualquer ismo que queira usar para definir que o meu mundo gira em torno de mim.
mas saiba que sim, isso eu aprendi. e é assim que eu escrevo as minhas regras, faço o meu mundo, e te deixo para trás esperando para fazer parte dele. mas, agora eu vejo, vai demorar muito até aparecer alguém para se fazer merecedor de tudo que eu sou capaz de oferecer.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Reino em Luxúria

o rei retorna ao castelo. a rainha volta a seu lugar. nada mais de traições. nada mais de concunbinos e serventes e guardas e camponeses levados ao seu leito. não mais, seu marido retornou.
e o rei não é ingênuo, ele sabe do que acontece as suas costas. e sabe também o porquê disso acontecer. ele passava tempos de mais em guerras, batalhas, viagens diplomáticas, comerciais. em resumo, muito tempo fora de casa. porém, a solidão que sua rainha sentia não era a unica causa dela ser infiel.
a verdadeira causa era que, enquanto longe, o rei não precisava fingir amar a rainha, casamento arranjado por seus pais para selar paz entre dois povos. não, ele podia amar a quem ele sempre amou, desde sua juventude. seu melhor amigo, seu companheiro, seu braço direito, seu amante, seu tudo.
porque, nessa vida, nem todas as coisas podem ser reveladas, nem tudo pode ser feito abertamente, mesmo que isso seja o que realmente move a sua vida, o que te faz feliz e com vontade de seguir em frente.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Garotos Perdidos

- o que eu posso fazer se eu sei que não vou me sentir bem lá?
- qual é o problema?
- o problema é que.... é que...
- diga ! por favor !
- o problema é que talvez eu não gostaria de acompanhá-los, e andar com outra pessoa enquanto você está com ele. talvez eu...

silêncio constrangedor. ao redor deles, não existe nada. existem apenas os móveis, existe apenas o silêncio.

- talvez você?
coragem tomada. era agora ou nunca. em sua cabeça, a música retornava.
I wanna be there for you, someone you can come to...
- talvez eu queira ser a pessoa que esteja com você.
- mas, você sabe. eu tenho medo de ter algo contigo, pois eu costumo passar a evitar as pessoas que eu fico.
- e porque você não evita a ele?
- porque... porque eu o amei.
it runs deeper than my bones....
- mas você não se disporia nem a dar uma chance para alguém que sabe tudo o que você sente, e faria de tudo pra te fazer feliz?

silêncio constrangedor novamente. olhares que se encontram e desencontram a cada segundo. lágrimas que se preparam para correr.

- não sei, acho melhor não. não agora.
...i wanna be there for you!
- o que eu posso dizer. eu te amo, e saiba, amigos, namorados, ou nada. eu vou te amar, para sempre, pois isto é algo bem mais forte do que eu.

e ele sai, sai de cena, sai de sua própria existencia e de sua vontade de seguir em frente.
não sabe como vai ser ver a quem ele ama com outro, outro que esse amava.
sabe que não vai ser fácil.
mas, ele é capaz de suportar. (?)
sim, ele é.
é melhor tê-lo como amigo,
do que não tê-lo.

"...toda dor um dia acaba, toda ferida um dia fecha. todo sentimento um dia cessa..."

sábado, 10 de novembro de 2007

Vários Ângulos de uma Mesma Visão

um desvio de conduta e um medo de ser igual a todos nesse mundo me levam a um caminho que talvez eu devesse desconsiderar, porém eu sei que agora já é tarde demais. eu já estou a muito tempo seguindo num caminho que eu não sei como voltar, talvez até porque não sinta vontade de retornar.
as vezes é tão bom ser assim, porém as vezes é tão dificil ser eu.
mas, eu persisto e sigo em frente, e se um dia eu sucumbir, pode ter certeza que eu vou sucumbir consciente do que me levou ao fim.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Inexistência

alguém que não faz nem nunca fez questão de entender seus motivos pra não mais estar, mas que está aprendendo a viver com você cada dia mais longe de mim, e mesmo assim ainda dói. dói por que a minha ignorância acredita que talvez você possa voltar, mas não vai. eu sei que não vai. então agora eu volto a viver com ou sem você pra talvez poder te ver apenas como alguém muito importante numa amizade que eu pretendo levar pra sempre. estou me habituando, mas não se afaste, não vá, não me deixe sem notícias.
amigos eu tenho, graças a Deus, que me ajudam, me levantam, me animam, e sem eles eu não sei o que eu seria.
sem você eu não sei o que eu seria.
sem mim mesmo, talvez eu não existisse.
e talvez eu não sofresse.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Quem Eu Não Deveria Ser

eu faço aquele tipo idiota. que acredita em tudo o que você diz sem avaliar se é verdade ou não.
e me deixo levar por tudo isso.
eu sei que eu sou assim. e mesmo assim, eu não aprendi a mudar.
eu faço aquele tipo vulnerável. que você sabe muito bem como manipular. fazer que a sua verdade seja a minha verdade.
eu faço aquele tipo fácil. que você sabe que vai ter sempre. mesmo que eu tenha raiva durante algum tempo, você sabe que eu sempre volto.
eu faço aquele tipo idiota. e eu não sei por que eu nunca aprendo. talvez por que você seja tudo aquilo que eu sempre quis. pena que eu não sou tudo aquilo que você precisa.

domingo, 7 de outubro de 2007

Venha Até Aqui

e você sempre está longe de mim...
será que você só me quer porque a distância nos separa?
que só me deixa te desejar porque talvez nós não nos vejamos nunca mais?
que só me faz esperar por você porque te faz bem saber que alguém precisa tanto de você como eu preciso?
será que você não sabe que com isso você me deixa cada vez pior?
e que mesmo assim você não sai da minha cabeça, mesmo eu fazendo de tudo pra que isso aconteça?
o que você está ganhando com isso?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Faça Me Sentir Melhor

Ele acreditava no amor, e acreditava nos sentimentos que tinha.
Sabia que podia fazer o outro feliz, tão feliz quanto ele merecia ser. E sabia também que tudo seria perfeito ao lado dele.
Mas ele não era o único em sua vida.
Ele acreditava no amor, e sabia do fogo que lhe acendia toda a vez que via aquela garota, aquela linda garota que fazia de tudo para lhe enlouquecer, para fazê-lo perder a compostura, para fazer com que ele passe por coisas ridículas apenas para tê-la em seus braços, para sentir o calor ofegante que sai de sua boca aquecer delicadamente seu pescoço.
Ele acreditava no amor, e queria muito conhecer aquele outro garoto, garoto este que era um mistério para ele. Nunca haviam se falado, se visto, nem nada, mas um sabia da existencia do outro. Era tudo um jogo de cartas trocadas, combinações, que teria um fim indefinido, mas prazeroso de qualquer.
Ele andava de volta pra casa, e pensava: Eu acredito no amor, e acredito no que sinto.
Ele acreditava no amor, e acreditava que quem ele amava jamais seria dele. E mesmo assim ele não o esquecia, e chegando em casa, ele liga o som na mesma música de sempre, pega a mesma foto que está sempre sobre sua cabeceira, e fica a remoer as poucas lembranças que eles tiveram juntos.
- When you're gone, the pieces of my heart are missing you... - cantarolava ele, passando a mão sobre o rosto do outro na foto, contando nos dedos os dias que talvez pudessem se ver de novo

domingo, 30 de setembro de 2007

Vida: Viva-a ou Deixe-a

parte daquilo que você considera a escória do mundo (que na verdade é a parte a qual você pertence), uma parte de tudo aquilo que você renega. uma parte de tudo aquilo que você preferiria que não existisse no seu mundo.
participante das coisas que você tem medo, das coisas que você odeia, das coisas que você diz que jamais faria (mas que no fundo realmente deseja fazer).
construindo um mundo diferente, avançado, mas que abala as estruturas do que você considera normal, e que você talvez jamais se habitue.
seleção natural - enquanto o mundo muda, e alguns se adaptam ao avanço, você e sua merda de cabeça vazia são deixadas ao acaso, para trás, perecendo em sua amada ignorância.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Esperanças de que o Nosso Tempo Virá

focalizado em um só instante.
em uma só lembrança.
e aonde olhar, vai haver sempre uma lembrança
e na cabeça, apenas um pensamento
e esperar, como eu odeio esperar
mas, eu espero, eu aguento
eu sinto falta, mas eu persisto...
focalizado em um só instante.
quando eu talvez possa ser tudo que talvez você precisa

sábado, 22 de setembro de 2007

Tudo que Você Fez Crescer em Mim

sua dor me cativa.
seus medos me amedrontam.
seus sonhos me amedrontam mais ainda.
os meios para alcançá-los, então, quase me fazem morrer.
e mesmo assim, eu não consigo me distanciar
toda a sua dor me faz ter vontade de te proteger
de te abraçar e implorar, mandar todos os seus medos, seus anseios e seus complexos sumirem.
por que você está nos meus braços, e eu te dou certeza que perto de mim você está protegido.
de te levar pra casa e fazer meu, meu protegido, minha coisa importante que eu cuidarei com tanto zelo.
e por que você me conquistou, me fez aprender a te amar, e agora, tudo que você faz, diz, quer, se torna importante para mim.
porque agora eu te amo.
e isso eu não posso controlar.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Conceitos

uma parte.
desista !
duas partes.
desista !!
três partes.
desista !!!
quatro partes.
desista !!!!
infinitas partes.
desista !!!!!!!!!!....




outra parte.
Você por acaso já pensou em ao menos tentar?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Guie-me para a Luz

tudo fora de rumo. que caminho seguir. por onde ir? eu me sinto tão só. tão vazio. tão desviado do meu real caminho. será que, talvez agora, eu estou começando a ter medo do que eu escolhi pra mim? e se talvez eu tentasse voltar? será que ainda dá tempo? mas e se eu me arrepender de voltar? talvez o caminho que eu estou seguindo seja errado, mas é hipocrisia dizer que eu não gosto totalmente dele. eu gosto dele. ele me faz sentir bem, me faz sentir... completo, de alguma forma. "preenchido", se é que você me entende.
talvez eu nem deva continuar, nem voltar atrás. parar aonde eu estou. não digo em dar um fim em tudo isso (idéia que por sinal já passou pela cabeça). mas, simplesmente parar. parar esse caminho. começar um novo. novos objetivos. nova vida.
será que é possível? o que passou, passou. não tem como mudar. já me acostumei com essa verdade. MENTIRA! não me acostumei, mas aceito relutantemente. então, que tal mudar a partir de agora?
que tal fazer um esforço sobrenatural pra talvez conseguir? que tal?

sábado, 15 de setembro de 2007

Balançado

continue a fazer isso.
enlouqueça minha cabeça.
me deixe louco.
você não respeita meus sentimentos mais.
você acha que pode me deixar pra trás, depois voltar como se nada tivesse acontecido.
isso.
faça isso.
mostre quão má, quão manipuladora você pode ser.
eu juro que vou te esquecer.
e é só você voltar a sorrir pra mim
que eu esqueço a promessa que fiz
e volto a me apaixonar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Destino, ou Algo tão Terrível Quanto

não.
você jamais vai encontrar tudo o que precisa. jamais vai encontrar alguém que seja exatamente aquilo que você procura. jamais vai realizar cem por cento dos seus sonhos. jamais vai encontrar a perfeição. jamais vai ter o suficiente. jamais vai se sentir completamente bem. jamais vai deixar de ter vontade de alguma coisa. jamais vai encontrar toda a felicidade aonde acreditava que encontraria. jamais vai poder ser tudo que você planejou. jamais vai querer ter aquilo que sempre almejou para sempre, tudo cansa um dia. jamais vai saber o que é bom e o que é ruim. jamas vai estar totalmente certo em suas decisões. jamais vai poder voltar atrás. jamais vai conhecer o lado bom da vida. jamais vai ir tão fundo nas suas coisas, boas ou ruins. jamais vai ser aquilo que te disseram que seria. jamais vai se satisfazer nem satisfazer a alguém completamente. jamais vai se amar completamente.

jamais.
jamais vai viver sem algum peso sobre suas costas para prejudicar sua caminhada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Tudo o que Eu Preciso sou Eu Mesmo

Eu sei que, na minha vida, eu só preciso de mim mesmo. Dos meus esforços, das minhas tentativas, da minha vontade, da minha luta. E no final, eu sei que eu vou alcançar o meu objetivo.
Muitos já tentaram me derrubar, me destruir, fazer com que eu me sinta inferior, ridicularizado, esquecido, mas eu continuo, com ou sem pessoas ao meu redor. Eu continuo lutando pela minha vida, pelas minhas coisas, pelos meus intuitos.
- Hey, você, garoto estranho ! É, você mesmo, por que você acha que é tão melhor que todo mundo?
Eu sinto que é isso que os outros pensam de mim. Mas, na verdade, foram eles que me fizeram assim.
Por muito tempo, eu me deixei levar pelo que os outros me diziam, seguia os caminhos que pessoas me indicavam, fazia tudo que me diziam pra fazer, sem avaliar o quão bom ou ruim aquilo seria para mim. Até o dia em que eu notei, que todos os objetivos que eu tinha alcançado, todos os desejos que eu havia realizado, nenhum deles era realmente meu.
Então, eu decidi que eu viveria para mim mesmo. Avaliaria cada ato meu antes de fazer, seguiria o melhor caminho para mim, lutaria pelos meus sonhos, ambições e desejos.
Às vezes acho que sou muito frio com os outros, mas então noto que talvez seja melhor assim. Pois, no final, quando eu tiver minha vida construída, com base nos melhores alicerces que eu mesmo projetei, eu os aceitarei de volta, agora, como pessoas que tentarão me fazer bem, que serão de alguma forma importantes para minha vida, e eu tentarei aceitá-los então, pois, se eu sei que eu consigo tudo o que quero sem me deixar influenciar, os outros serão apenas personagens passageiros no caminho da minha próspera vida.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O Produtor Produz (Coisas Boas e Ruins)

abra suas asas e voe sobre mim. voe sobre minha cabeça. faça eu me sentir muito menor, muito menor. faça tudo aquilo que eu não sou nem nunca fui capaz de fazer.
tente me diminuir, me destruir, me aprisionar no meu próprio pessimismo
me coloque no menor dos patamares de existência.
me faça desacreditar em todos os meus atos, bons e ruins.
me faça deixar de querer estar aqui, usufruir do meu espaço, como alguém normal.
me veja, me aponte, ria de mim.
você, que está tão acima de mim.
eu, que sou apenas mais um na pobre multidão.
obstáculo.
eu, que me deixo destruir cada dia mais por qualquer coisa, palavra, ação, movimento vindo de você.
você, que não é maior e melhor por seu próprio mérito, mas que eu deixei subir nas minhas costas para se sobressair.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A Negação

deixe estar. deixe ser. não vá. se for, não volte. não tente. não desista. não faça. não olhe. não insista. não evite. não regrida. não continue. não pare. não se mova. não viva. não morra. não seja. não esteja. não negue. não não. não nunca. não.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A Vida Soa Assim Para Mim

a verdade está escondida por detrás do que você realmente vê. você deve lutar por ela. procurá-la. ser forte para suportá-la.
se for capaz de fazer todas estas coisas, vá emfrente. agora, se você não for capaz de lutar pela verdade que tanto quer, é melhor esquece-lá, viver a mentira, a falsidade do mundo, pois a vida é muito mais simples quando não é real.

domingo, 2 de setembro de 2007

Dói Diariamente

Memórias, fragmentos de vida que já passou, deveriam realmente ficar para trás. Para que nosso cérebro guarda momentos que nos machucam tanto? Se ele realmente sabe que isto dói até de ser mantido, para que ele deixa que as imagens desse momento voltem a figurar em sonhos e pensamentos? Memórias deveriam ser opcionais, deveria nos ser dada a opção de escolher o que vai ser guardado para sempre, e obviamente, seriam guardados somente os momentos bons, aqueles que nos dão prazer de serem lembrados, que ainda nos fazem rir, remontar perfeitamente os momentos, e não aqueles momentos que nos deixam marcas eternas de dor e decepção.
Por que alguém precisa lembrar que um dia foi deixado de lado por ser pobre, ou feio, ou impopular? Qual é a importância daquele dia em que você foi humilhado perante todos os seus colegas de classe por ser o pior aluno em tudo? Como alguém pode viver com a lembrança de que nunca teve reais amigos, mas apenas pessoas que cruzaram o seu caminho porque precisavam de alguma coisas que podia fornecer?
Não, isto realmente não é necessário ser mantido por ninguém, qualquer pessoa que possui memórias assim as odeia muito. Principalmente quando essas memórias e outros vários momentos começam a perturbar-lhe o sono.

sábado, 1 de setembro de 2007

Não tão Estranho

Ela estava ali de novo. Parada. Estática. Parecia nem respirar, nem piscar. Era tão fria, tão centrada nela mesma, que parecia esquecer de que seu corpo necessitava de oxigênio e que seu olho precisava ser umedecido regularmente. Ela estava ali de novo. Como já fazia a dias. Parada, apoiada no balcão. Ninguém a conhecia ali. Era uma estranha. E era linda.
Até eu, que nunca reparava em ninguém, que me mostrava indiferente aos outros, notei nela. Já faziam 5 dias que ela ali aparecia. Se apoiava no mesmo ponto do balcão, olhava para a porta, e ficava um bom tempo, de 1 a 2 horas, apenas olhando, sem pedir nada, sem se mover.
No primeiro dia, o balconista chegou e perguntou se ela queria alguma coisa. Ela nem se moveu. E desde o primeiro dia que a vi, eu acumulava pontos de coragem para chegar e conversar com ela. E agora, eu sentia que já tinha a coragem necessária.
Fui andando até ela, e todos os outros me acompanhavam com o olhar, talvez apenas querendo ver o que eu iria fazer, talvez querendo me ver desgraçado ou ignorado, por inveja da minha coragem, ou por simples desgostode viver.
E eu cheguei nela, parei em sua frente, abri um sorriso
- Olá.
Ela, pela primeira vez, piscou seus olhos, olhos estes que encararam os meus, e, para minha surpresa, a dona destes mesmos olhos fizera a fenda de sua boca se abrir e se transformar num belo sorriso.
- Olá! Como vai?
E desta ação dela, pude notar que sim, pela primeira vez, eu pude notar que talvez eu não fosse um total idiota, e que eu fizera alguma coisa certa. Que talvez nós pudéssemos dar certo...

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A Sua Verdadeira Forma

tente. tente de novo. não desista de tentar.
Não Não Não !!
Por que você tem que sempre ser assim?
Não !!
eu não vou admitir que você consiga o que quer atropelando outros !
volte ! volte e comece de novo !
você ainda pode voltar, ainda tem chances de corrigir tudo isso !
volte! tente! tente de novo! eu apenas te imploro,
não desista de tentar ser você mesmo !!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tudo que Eu Nunca Consigo

sabe qnd uma pessoa tem vocação pra ser idiota?
sabe?
qnd parece q gosta de sofrer, gosta de ver as coisas que mais quer escapar entre seus dedos sem fazer nada?
sabe?
qnd vc deixa uma brincadera se transformar num sentimento q vc não consegue mais controlar?
uma coisas q vc passa o dia inteiro a pensar e a sofrer?
sabe?
sabe qnd vc pensa q vai, pelo menos uma vez na vida, conseguir oq realmente deseja e então percebe q não, vc perdeu de novo?
sabe?
realmente sabe?
ou sou apenas eu lendo de novo o que eu acabei de escrever?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Existência Eclipsada

tudo perdido, corrompido.
eu me escondo em mim mesmo pra não ter que dizer que sou eu que estou fazendo tudo errado.
tudo largado, deixado pra trás.
de uma forma que ninguém saiba realmente quem está aqui.
minhas forças se perdem quando eu tento voltar.
não há forma de voltar atrás.
tudo tem que seguir seu rumo.
tudo vai do seu próprio jeito.
não há forma de corrigir isso.
não.
só o tempo dirá se há salvação ou se tudo vai continuar errado.
até o dia em que tudo vai estar tão errado,
que até o errado vai parecer o certo.




[The Fray - Over My Head]
I never knew that everything was falling through
That everyone I knew was waiting on a cue to turn and run when all I needed was the truth
But that's how it's got to be
It's coming down to nothing more than apathy
I'd rather run the other way than stay and see
The smoke and who's still standing when it clears… and
Everyone knows I'm in over my head
With eight seconds left in overtime
She's on your mind

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Não se Importe

os seus gostos. eles são só seus. não minta que você não gosta de algo só para se enquadrar. se você gosta, mostre, diga, não importa o que os outros vão achaar. a vida é sua. é você que vê, ouve, lê, faz, come, joga, vive. se te julgarem por isso, deixe que julguem. jamais mude por alguém. por que as pessoas, assim como vem, sempre vão. e quando a pessoa for, você não lembrará mais quem você era antes dela te mudar.




[Avril Lavigne - The Best Damn Thing]
I'm sick of your shit, don't deny, you're a waste of time
I'm sick of your shit, don't ask why

I hate you now, so go away from me
You're gone, so long
I can do better, I can do better

Hey, Hey you, I found myself again
That's why, you're gone
I can do better, I can do better

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Situação Perfeita

se todo o silêncio terminasse.
ele saberia que ali era o lugar dele.
se todo o medo se rompesse.
ele conseguiria se encaixar em algo que ele gosta.
se todo a aversão explodisse.
ele poderia se sentir alguém desejado em um meio.
se todas as pessoas sumissem.
ele se sentiria tão bem de não ter que conviver com pessoas que sempre o deixam pior só pelo fato de ter que dividir do seu ar.



[Lacrimosa - Copycat]
I know, it might sound funny to tell you what I felt, I mean, I really loved you
It's a shame - my fault - I know
But why are you so stupid?

Fuck you and your killing lies
I hate your pissing attitude
Why did you have to go so low
Truler - Copycat

What if I break the silence?
What if I do forgive the past?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Protótipo de um Desejo

tantas pessoas esperam por oportunidades.
ele não, ele cria suas próprias oportunidades.
qualquer fresta que ele veja e acha que vale a pena, ele se infiltra.
não tem medo do desconhecido.
não pensa, apenas faz acreditando que vai dar certo.
ele é extremamente autoconfiante, nunca achou que precisava de alguém.
ele se auto satisfaz, não sente falta de uma pessoa ao seu lado.
o nome dessa pessoa, é ninguém.
ele é único, peça exclusiva.
ninguém é assim.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Te Pedindo pra Ficar

eu só queria saber porque de tão longe tenho que ter noticias suas
só queria entender porque o que está tão perto de você não te satisfaz
só gostaria de poder te ter em meus braços uma vez
e mostrar que mesmo eu não seja tão bonito, tão atraente, tão interessante como você,
posso te surpreender com oque sou capaz de fazer...


[Martjin Ten Velden - I Wish You Would]
By the way I wish you would, I wish you would
Come and play, I wish you could, I wish you could
By the way I wish you would, I wish you would
Be wiith me

It's you I want
It's you I want
It's you

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Gostaria de Saber Como te Esquecer

e talvez você ainda seja o fantasma
ainda seja a vontade mais profunda
ainda permaneça nos piores sonhos e melhores lembranças
você ainda é o desejo
o desejo de me entregar
o desejo de me declarar seu
mas não...
os requisitos necessários para tal objetivo estão longe do meu alcance.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Tempos Tempestuosos

Mais um dos meus contos...

Tormentos

A Verdade Foi Contada
Os Segredos Revelados
As Amizades Mantidas
Os Laços Fortalecidos
Mas Dentro de Sua Alma
Apenas a Dor Permanece

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O menino estava sentado, no mesmo lugar de sempre. Porém, ele não estava ali, de forma alguma. Estava tão distante, em outra pessoa, em outro colégio. O local era tão próximo, mas o que ele queria, era tão distante das suas possibilidades. O que ele queria estava longe do seu alcance. Ele, como qualquer outra pessoa, tinha o poder de mudar coisas maleáveis, mas ele jamais poderia mudar o caráter ou a personalidade de alguém. Ele não poderia mudar a quem ele amava tanto, para que também o amasse. Sabia que teria que vivenciar aquela dor sozinho.
Porém, a hora da verdade ser revelada já havia chego. Havia adiado demais esse momento. No sábado anterior tudo teria sido contado, se o medo não tivesse tomado conta dele. E ainda, ele não poderia contar tudo sem entregar o que havia feito pensando nele. Coisas singelas, dobraduras em papel, tudo iniciado como uma brincadeira para passar o tempo, dele e de 3 de suas amigas de sala, um ensinando o outro a como fazer barcos, pássaros, estrelas, e coisas assim.
E pelo simples fato de que ele não aceitou o convite de fazer barcos com eles, tanto porque eles estudam em locais diferente, quanto porque não sabia fazer, é que os barcos se tornaram objetos que o faziam lembrar daquele que tanto amava. E com este pensamento, 30 barcos foram confeccionados, de todos os tamanhos, com inscri-ções que mostravam sentimentos e coisas assim. Com a ajuda de uma de suas amigas, a que senta atrás dele, conseguiu atingir a este número, e ainda, confeccionar um pequeno balão, uma estrela, e 3 corações, que ele, porém, não ousou entregar.
E naquela manhã, dentro de sala de aula, porém não estando, espiritualmente, ali, ele repensava o que iria dizer, lembrava de como havia sido covarde no sábado e não queria ser de novo naquele dia, e imaginando quão negativamente o outro receberia a notícia.
Imaginava o momento em que o outro olharia para ele com desprezo e o chamaria de abominável, estranho, e que seus sentimentos não eram de verdade, que era um erro de criação ou uma incurável doença neuropsicológica. E então, debru-çou-se sobre sua carteira, e sobre um triste silêncio, ele chorou.
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Enquanto o garoto chorava, ele estava a duas ruas de distância. Jamais imaginava que alguém poderia estar chorando por ele naquele exato momento. Estava sentado em seu lugar, brincando com a caneta entre os dedos. Enquanto um professor estava desesperado em frente à classe tentava dar aula, toda a classe conversava de forma escandalosa e desorganizada. Ele, como alguns poucos, estava em silêncio. Estava pensando em como continuar o conto que tinha começado a escrever. Cada uma das seqüências que dava parecia dar errado. Pensava muito, porém nada lhe ocorria.
Seu silêncio é quebrado quando um de seus melhores amigos vira para ele, chamando-o.
– Então, você vai almoçar com a gente ou não?
– Ah, claro, claro. Já está tudo marcado. Só temos que esperar o pessoal vir lá do outro colégio, por que eu não sei quem de lá que vai com a gente.
Então, ocorreu-lhe um estalo, e lembrou-se de que teria que falar com uma pessoa hoje, pois essa pessoa queria lhe contar algo, algo muito sério, ou pelas próprias palavras da pessoa na mensagem de texto escrita a 3 dias atrás, uma coisa urgente, e que só podia ser dita pessoalmente.
Ele já tinha uma certa idéia do que poderia ser, lembrando da conversa que tiveram na quinta feira anterior. Porém, poderia não ser nada daquilo. Talvez alguém tivesse dito para ele algo, algo que estivesse tentando pôr um contra o outro. Ele apenas desmentiria. Talvez, poderia ser qualquer outra coisa. Independente do tema da conversa, ele pretendia deixar tudo bem. Ele não estava a procura nem de confusão e muito menos de inimizade.
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Durante toda a aula, sua amiga de descendência nipônica, a que sentava atrás dele, o chamava algumas vezes. Certas vezes para lhe mostrar uma música, ou que ela amava tanto, ou Melissa, a música que o fazia lembrar dele, pois ele foi a primeira pessoa com quem ouviu essa música, sentados na cadeira da padaria que se encontrava na quadra seguinte ao colégio do seu tão querido alguém. Outras vezes ela o chamava para lhe dizer que estava indignada com algum de seus problemas amorosos. A amizade dos dois tem esse ponto bom, um sempre tem a paciência de ouvir o outro, e tem a cautela necessária para não serem estúpidos quando dessem conselhos, porém com a rigidez necessária para que a pessoa seja realista.
Em certo momento, os dois iniciaram uma conversa sobre o trabalho que teriam que apresentar no final daquela semana, a forma com a qual mostrariam as imagens, enfim, como seria a organização, e sem perceber, a aula havia acabado.
Então, agora, ele se preparava para ir de encontro com os seus amigos do outro colégio, e principalmente com Ele. Seriam 7 pessoas que iriam almoçar juntas, amigos que pretendiam passar um momento feliz juntos. Porém, para ele, agora seria muito difícil demonstrar alguma felicidade. O nervosismo tinha tomado conta de todo o ser dele. Seu estômago estava embrulhado. Seus olhos, marejados. Seus lábios e seus membros superiores, trêmulos. Seu semblante, apavorado.
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Ele e seus 5 amigos estavam indo em direção a padaria, para quem sabe talvez esperar durante um certo tempo as pessoas que iriam de encontro deles para almoçarem juntos. Ele, um garoto de estatura média, cabelos curtos, rosto fino e olhos serenos e penetrantes. Entre os seus 5 amigos, estavam 3 meninas e 2 garotos. Uma delas era alta, rosto oval, cabelo comprido e com detalhes em roxo, tanto na franja quanto em mechas espalhadas sobre a cabeça. A outra, uma garota de estatura baixa, de origem nipônica, cuja pele tem uma tonalidade bronzeada e cujo cabelo é médio, com uma franja mais curta. A terceira é uma garota de estatura média, rosto fino, cabelos compridos e castanho claros. Entre os garotos, um deles era alto, torso largo, com os cabelos loiros quase até os ombros. O outro era um garoto de estatura média, com os cabelos castanho médios, pele demasiadamente clara e traços infantis.
Estavam todos sentados, olhando para a direção da rua de baixo, esperando que algum de seus amigos aparecesse. Karen, a garota dos cabelos roxos, olhou então uma figura distante que se parecia com alguém que conhecia. Alto, com cabelos que passavam dos ombros, que eram largos, rosto redondo, face macilenta. Então, quando se aproximou e que pode ver seus óculos, teve certeza. Karen e Nyu, a jovem nipônica, deixaram suas coisas no chão e correram para cumprimentá-lo. Agora, que também reconheceu quem chegava, ele sabia que uma hora ou outra suas dúvidas seriam solucionadas, sua curiosidade seria sanada.
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Ele via de longe seus amigos sentados na padaria, talvez esperando para ver quem chegava. Ele sorriu ao ver que quem ele queria que estivesse ali realmente estava. Ou seja, de hoje não passaria. Desvia então seu olhar para a direita e vê que Nyu e Karen correm em sua direção. Ele sorri mais ao vê-las correr, pois amava muito aquelas pessoas que vinham até ele.
– Oi Pai! – disse Nyu, fazendo referência a família que haviam formado entre os amigos.
– Oi Irmão Du! – disse Karen, abraçando-o.
– Hey pessoas! – respondeu calorosamente – Tudo certo?
– Tudo, tudo! – responderam as 2, em uníssono.
Surgem então, atrás das 2, os 4 que tinham ficado na padaria. O jovem alto e loiro, conhecido por todos por Beto, trouxe a mochila até as meninas e estendeu a mão para ele.
– E aí, Eduardo? Tudo bom?
– Tudo certo, e com você, Beto? – respondeu, também sorrindo.
– Indo, indo...
Surge então César, pulando e rindo, tentando derrubar todo mundo, e entrando na frente de Nyu, também cumprimenta.
– Oi Eduardo? Tudo bom?
– Tudo...
– Ah! Que bom que está Bem! – interrompe César, sorridente – Eu também estou bem – diz César, que depois ri bem alto e sai pulando feliz. Nyu olha para ele, e Karen abaixa a cabeça, segurando o riso.
Eduardo abraça Aline, e então vê quem ainda falta cumprimentar. Esse cumprimento seria o último no qual eles se veriam apenas como amigos. Ou eles passariam a se ignorar de alguma forma, ou a sua amizade melhoraria, ou talvez... talvez o que Eduardo queria se tornasse realidade, o que o próprio considera muito pouco provável.
– Olá, Diego – diz Eduardo, apertando a mão de Diego.
– Olá, Du – responde Diego.
Eduardo continua a olhar para Diego, imaginando qual seria a feição daquele rosto quando dissesse o que tinha tão urgentemente que dizer. Ficou assim durante algum tempo, apenas voltou a si quando Diego soltou sua mão.
– Vamos? – chamou Diego, mostrando a Eduardo que o grupo já estava um pouco a frente deles 2.
– Claro, claro – respondeu, envergonhado – Eu nem tinha visto que eles já tinham começado a andar.
Os dois apressaram o passo e foram de encontro aos amigos. Quando se juntaram a eles, Diego foi para o lado de César e Nyu, e Eduardo para o lado de Karen. Todos eles brincavam, riam, diziam coisas engraçadas, menos Eduardo, que se mantinha sério, aflito, ansioso pelo momento, pelo seu momento.
Continuaram assim até chegarem a lanchonete aonde iriam almoçar, todos brincalhões, e Eduardo centrado no seu próprio dilema. Foram então a fila para comprar o que comer. Eduardo disse a Karen que estava tão nervoso que não pretendia comer nada, pois seu estômago estava revirado. Karen disse a ele para comprar algo, que a fome viria.
Após todos escolherem o que iriam comer, sentaram-se a mesa e enquanto esperavam, continuavam com suas brincadeiras. Eduardo sentara-se quase a frente de Diego, e ficava a fitá-lo, com tremendo fascínio. Como alguém poderia ser assim? Ele tinha consciência de que a beleza daquele que amava era diferente, porém essa diferença era tão eminente, tão visível, tão... bela, que não havia como não notar.
Foram então pegar seus lanches. Beto, que havia afirmado que estava faminto, pediu 2 sanduíches, comprovando o que havia dito. Ele tinha muita fome. Todos comeram com certa velocidade, fruto da voracidade que existe na juventude.
Após comerem, foram todos para pegar sorvete, menos Eduardo, Diego e Karen. Karen convidou-os para tirar algumas fotos, e todas ficaram horríveis, e conseqüentemente, apagadas.
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Diego não se sentia satisfeito. Também tinha muita fome, mas pedir outro sanduíche levaria muito tempo. Decidiu pedir um salgado, porém só tinha notas muito altas. Todos estavam na fila do sorvete, mas mesmo assim resolveu perguntar.
– Alguém tem 1 real trocado pra eu comprar uma coxinha?
– Eu tenho – respondeu Eduardo – mas depois que comer esta coxinha eu quero falar com você
– Ah tá, tudo bem. E obrigado – disse, pegando a moeda de 1 real com Eduardo.
Foi até lá, pegou seu lanche, e pagou, porém o preço era 60 centavos, e todo o troco foi entregue em moedas de 5 centavos.
– Toma seu troco.
– Ah, tudo de 5 centavos eu não quero.
– Então tá, é meu agora...
– Pode pegar.
Diego comeu tão rapidamente sua coxinha como comeu o sanduíche.
– Será que nós podemos conversar agora? – perguntou Eduardo.
– Claro.
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Eduardo adiou durante muito tempo, porém agora ele teria que dizer, bastante trêmulo, ele levou Diego até um lugar aonde estivessem longe do alcance da visão da maioria dos amigos.
– Primeiro, eu quero pedir desculpas por ter adiado isso até agora, por não ter dito antes e por ter deixado isso acontecer.
Eduardo olhava para Diego, e percebia que o garoto estava olhando para ele com tanta atenção que chegava a ser incômodo.
– Eu não sei se eu te conheço o suficiente, eu não sei se eu sei realmente quem você é, mas o que eu sei já foi o bastante para que isso que aconteceu acontecesse, eu acho que você sabe o que, não é?
– Sim, eu já imaginava que era isso.
– Certo, então eu não terei que dizer que...
– Não, não se faz necessário
– Tá, eu não sei se aconteceria algo ou não, como eu já disse, eu nem sei se te conheço, mas eu gostaria que nossa amizade não mudasse, que você não mudasse comigo, por que senão eu ficaria pior do que eu já estou. Então...
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Então Diego olha para seu amigo, tentando entender seus sentimentos. Ele já sabia que o garoto o amava, mas ele custava acreditar que talvez um dia ele seria corajoso o suficiente pra dizer-lhe na cara isso.
E ainda, ele não era como o menino, ele não podia dizer que o amava também. Ele não o amava, mas tinha que ser educado, pois não pretendia deixá-lo pior.
– E se continuarmos amigos?
Eduardo olhou para baixo e sussurrou algo que Diego não pode entender inteiramente.
– Por favor, diga-me o que acabou de sussurrar.
– Não é nada, bobeira.
– Se fosse bobeira não ia ter medo de falar. Você disse que ia me dizer tudo hoje. Então fale, por favor.
O garoto olha para ele de forma triste
– Nunca será o suficiente para mim... Meu amor apenas crescerá... Mas eu posso lidar com essa amizade... Eu faço tudo para estar ao seu lado.
Então, o menino sai de perto de Diego, que volta para os amigos como se nada tivesse acontecido.
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Eduardo sai andando sozinho pelas ruas, e sentasse numa escadaria. Pensa por que tinha sido tão idiota a ponto de pensar que Diego iria querer algo com ele. Mesmo se Diego fosse como ele, ele era tão feio e Diego tão bonito, ninguém jamais olhara para ele, quem dirá alguém tão belo. Não, são apenas esperanças infundadas, porém, ele não considera seu sentimento inútil, pois vê-lo, mesmo que não sendo seu, o deixava feliz, vivo, e ao mesmo tempo, triste e sozinho, mas a visão do seu amor apenas aumentava a sua vontade de viver e quem sabe um dia talvez ter alguém tão perfeito como ele.
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Karen sente seu celular vibrando e vê que Eduardo liga para ela.
– Ei garoto, aonde você foi parar?
– Eu precisava pensar... Você pode vir até a esquina agora, por favor?
– Claro, amigo... Claro.
Karen avisa aos amigos que vai encontrar Eduardo e diz que já volta.
Chega até a esquina e vê o amigo mordendo o lábio. Então, Karen sorri para ele, e Eduardo chora.
Karen o abraça, diz para se acalmar, mas nada o acalma. Karen pensa que nunca viu o amigo tão mal, principalmente por causa de alguém. Nesse momento percebe que Eduardo realmente ama Diego.
Eduardo respira, e então fala o que tinha que falar pra Karen:
– Karen, entregue isso pra ele – Eduardo abre a mochila e tira um saco plástico aonde estão as coisas que fez pensando nele – E ah, eu vou embora, por que estou muito mal.
– Tudo bem amigo, melhoras.
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Desde aquele dia, o fatídico 06/06/06, nada mais foi o mesmo. Não, não aconteceu nada do que foi previsto para o dia, nenhuma catástrofe, nenhuma morte sobrenatural, nenhuma possessão, nada. Porém, para a vida dele sim.
Diego passara a ser muito mais simpático, carinhoso, engraçado e receptivo para com Eduardo, e ele tentava retribuir a tudo isto, fingindo estar feliz, para que Diego não percebesse que na verdade estava morrendo, definhando pouco a pouco pela falta do que não veio por parte dele.
Não queria muito por parte dele, queria ao menos poder abraçá-lo. O seu abraço já acalentaria seu coração. Não necessariamente um abraço de namorados, mas um abraço forte e carinhoso de amigos. E quem sabe, ao menos uma vez, sentir os seus lábios contra os dele, mas esse momento não chegaria.
Eduardo tenta superar, tenta esquecer, mas está sendo impossível. Talvez um dia encontre alguém que possa, por um momento, fazê-lo esquecer Diego, mas apagá-lo totalmente de sua vida será impossível, pois acredita nunca ter amado tanto alguém quanto o amou, e dizem que nenhum sentimento tem a mesma intensidade que outro, e este foi forte demais para sequer ser superado.

Outro Dia Qualquer Nesta Viagem

os territórios perdidos. uma nova terra que acabo de alcançar.
sem nenhum conhecimento do lugar.
sem nenhum conhecimento do povo deste lugar.
sem nenhum medo de seguir em frente.
eu devo continuar minha viagem sem destino.
pois eu sei, que quando eu chegar no final, tudo vai ter tido algum sentido.
e tudo vai ser melhor, então.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Grito Sem Fim

medo de lugares fechados. medo de lugares vazios. medo de aranha. medo de escuro. medo de fogo. medo de água. medo de se sentir esquecido. medo de ser perseguido. medo de fracassar. medo de cair. medo de sangue. medo de remédio. medo de rejeição. medo de sentir medo.
tudo isso e mais um pouco, era tudo o que ele podia dizer que sentia.
mas continuava a viver. até um dia já pensou em fazer uma bolha para não ter que entrar em contato com o resto do mundo. mas ele tinha medo de se sentir sufocado. e medo de que a bolha estourasse e ele não conseguisse sair de dentro dos restos dela. e medo de que os outros zombassem dele.
medo. de que adianta se viver com medo? ele então pensou em se matar. mas ele tinha medo da dor, e tinha medo do inferno. e decidiu continuar a viver. mas ele tinha medo de continuar vivo tendo que respirar o ar e comer o alimento e beber a água poluída deste mundo.
medo. ele não sabia mais o que fazer. e isso era um problema. ele tinha medo da indecisão.
procurou um psicologo e não falou nada. ele tinha medo de se expor.
e mesmo se a porta de um futuro promissor se abrisse perante ele, ele simplesmente teria medo de seguir ao desconhecido, mesmo sabendo que tudo melhoraria daquele dia em diante.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Do Fundo da Minha Mente

hm...
mexendo em algumas coisas aqui, encontrei alguns contos que escrevi faz um tempinho jáá, e estou disposto a postá-los aqui então...
e aí vai o primeiro ^^'

-- Sincero Repúdio --

- Vens comigo?
- Não.
- E por que?
- Nada em você me atrai.
- Direto, estúpido.
- Tudo isso, e sincero.
- Excessivamente.
- Mas é bem melhor assim.
- E você não pode nem tentar?
- Talvez.
- Então...
- Mas não hoje.
- E por que não?
- É meu direito.
- Como assim?
- É meu direito amar alguém, e ser fiel ao que eu sinto.
- E por quem é esse sentimento?
- Não por você.
- E por quem?
- Não alguém que você conheça.
- Por quem?
- Sinceramente, não te interessa.
- Você me interessa, e tudo sobre você também.
- Mas não me interessa lhe falar sobre mim.
- E não te interessa meu amor?
- Não.
- Mas já interessou?
- Um dia.
- E o que acabou com esse interesse?
- A sua vontade de me dominar.
- Eu nunca quis te dominar.
- Prendeu-me a este sentimento.
- Isso vem de você.
- Pode ser.
- Pode ser? Não! Vem de você.
- Sim? Então, se vem de mim, se é MEU, eu posso acabar com ele também.
- E por que acabar?
- Por que eu me proibi de viver, esperando você voltar.
- Isso eu nunca te pedi.
- Mas assim eu vivi, e sofri.
- Então, volte para mim, sabendo que não necessita ser assim.
- Sem volta.
- Nem minhas lágrimas te emocionam?
- A minha dor é muito maior e mais forte que suas lágrimas, e elas nunca te comoveram.
- Eu nunca soube dessa dor.
- Ela sempre esteve escrita em meus olhos.
- Eles sempre me pareceram sorrir.
- Isso mostra como você nunca me notou de verdade.
- Eu te conheço como ninguém.
- Não é o que parece.
- Eu não via tua dor, porque quando estava contigo, você se alegrava.
- Seus beijos e abraços me alegravam, mas você me machucava.
- Externamente?
- Internamente, e profundamente.
- Eu aprendi com meus erros.
- Você nunca reconheceu seus erros.
- Eu sei que não sou perfeito, me ajude a mudar. Venha comigo!
- Não mais.
- E por que não?
- Não sei mais amar.
- A pouco você me disse que estava amando alguém.
- Vês? Deixa-me tão irritado que até acaba com meus disfarces.
- O que não quer me contar?
- Nada...
- O que aconteceu?
- Eu já disse, não sei mais amar.
- E por que dizes isso?
- Tão cínico...
- Eu? O que tenho eu a ver com isso?
- Como assim o que tens a ver com isso? Tens TUDO a ver com isso! Foi por você quem sofri durante todo este tempo! Foi esse amor, esse amor que tive que compartilhar com outra pessoa! Esse amor compartilhado, do qual eu sempre recebia a menor parte!
- Podes dizer que era menor porque ficávamos pouco tempo juntos, mas sabes que é tu que amo de verdade!
- Amas? Se me amasse de verdade, a deixaria só, e viria comigo, sem medo de conseqüências.
- Eu não posso.
- Vês? É por isso que não sei mais amar. Todas essas desculpas, esses medos, essas esperas por um dia em que viveremos em paz, todo esse tempo perdido por você corroeu meu coração, minha vontade de ter alguém.
- Não digas isso, por nós, não diga isso.
- Nós? Não seja ridículo! Não existe mais “nós”. Existe apenas você, alguém que tem uma vida, um casamento e uma família para construir, e eu.
- Não é assim!
- É assim sim! Existe você, e eu, alguém que, após ter passado por tantas provações por sua causa, me tornei alguém sem sentimentos.
- Eu os acordo.
- Eu não preciso mais de você. Agora vá, e deixe padecer sozinho esse cubo de gelo que está vivendo bem melhor assim.

O Que Demônios É Isso?

Acho que isto é sobre o Inferno. Uma
versão dele onde se é condenado a fa-
zer a mesma coisa repetidamente. E-
xistencialismo, meu bem, que concei-
to; invocando Albert Camus. Existe a
idéia de que o Inferno são os outros.
Minha idéia é que pode ser a repetição.
Tudo é Eventual,
Conto: Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês,
de Stephen King.

Divulgação Oficial da Realidade

se é certo ou errado, eu não sei. já parei de ficar me perguntando se eu devo ou não seguir assim. mas eu não consigo me imaginar diferente. com uma vida diferente. foi só assim que eu encontrei a mim mesmo. é assim que eu passei a me aceitar. e não me interessa o que os outros digam. eu gosto muito disso. se é certo ou errado, eu não sei. só sei que vou persistir nesse caminho. minha vida ninguém vai definir por mim. a sociedade não vai conseguir me modelar ao contrário. se é certo ou errado, eu não sei. mas é assim que eu quero que seja. e assim vai ser.


[Beautiful - Christina Aguilera]
No matter what we do, no matter what we say
We're the song inside the tune full of beautiful mistakes
And everywhere we go, the sun will always shine
But tomorrow we might awake on the other side

'Cause we are beautiful no matter what they say
Yes, words won't bring us down
We are beautiful in every single way
Yes, words can't bring us down
So, don't you bring me down today

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A Dor Interna

♥ 13: Ao morrer, como quando a cena está fixada no rolo do filme e os cenários foram derrubados e queimados, somos fantasmas na lembrança que nossos descendentes guardam de nós. Então somos fantasmas, querido, somos mitos. Mas ainda estamos juntos, ainda somos um passado comum, um passado distante, é o que somos. Debaixo de um relógio de passado mítico ainda ouço a sua voz.

Jostein Gaarder,
Maya.

Mais Um na Fila

Esperar por você.
Eu ainda vou esperar por você
e ele ficava a repetir isso, todos os dias da sua vida, olhando para aquela foto.
enquanto a pessoa que ele amava se casava, formava uma família.
enquanto a pessoa que ele amava construía um futuro.
ele se afundava em memórias e em momentos bons.
ele ficava dia-a-dia esperando o dia em que tudo seria da forma que ele queria.
ele dormia e sonhava com o dia em que tudo voltaria "ao normal".
Esperar.
Eu vou esperar por você.
O quanto for preciso.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Relembre e Reflita


e existe uma parte do caminho, a parte mais difícil do percurso, que se é obrigado a fazer sozinho.
sozinho porque é hora de refletir tudo que já fez.
mesmo que seja difícil não ter ninguém nem para dizer como está o tempo, ou dizer que está cansado, ninguém para compartilhar nada, só sozinho que se pode pensar.
durante esta parte, você avaliará tudo que já fez e o que já foi feito com você. reverá todos os momentos da sua vida.
nem pássaros sobrevoam aquela parte do caminho. você está só. no silêncio.
e refletindo, para que, quando chegar no final desta parte, a parte mais difícil, você possa decidir se vai continuar no mesmo caminho ou tomar um caminho que te leve para algum lugar melhor.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Elevador (Não me Eleve, Eu Voltarei a Cair)

e quando você encontra alguém que se acha melhor que você
ignore...
sim, ignore. esta pessoa é uma pessoa insegura, necessitada de mostrar alguma superioridade.
aliás, não ignore. se permita sentir pena de alguém assim.
pois pessoas que tentam se mostrar superiores, na verdade se sentem tão inferiores que tentam diminuir outros para se tornarem seus iguais.

[The Strokes - You Only Live Once]
Some people think that are always right
Others are quiet and uptight
Others they seem so very nice nice nice nice nice
Inside they might feel sad and wrong
Twenty nine different atributes and only seven that you like
Twenty ways to see the world or twenty ways to start a fight


Conspiração

Não olhar para trás, foi tudo que ele aprendeu.
Não remoer o passado era o sentido real do que lhe foi dito.
Não olhar para trás era oque ele nunca fazia.
Ele tinha sempre a sensação de que alguém o seguia.
Sentia que, o menor erro que cometia, já era motivo para seu extermínio.
Ele temia tudo e todos.
Sua família era, para ele, espiões que estavam simplesmente ali para vigiá-lo de uma proximidade gigantesca.
Ele tinha medo de tudo e de todos.
O espelho é um instrumento de visualização do pior dos espiões que o seguiam e o prendiam nessa vida paranóica.



[Nevermore - Never Purify]
Scrape the pain off of my lips and watch our lives unwind
When I am in the camera eye self-immolation can never purify

Look at me, I'm on display
Another animal in this zoo our creator betrayed
If you don't feel the lesson, you're blind and deaf, my son
But don't run
Look at me, I'm on the wire

terça-feira, 19 de junho de 2007

Perdendo Tempo com Outro Problema

Nenhum medo mais me atinge, nenhuma opinião me corrompe, nenhuma confusão me confunde, nenhum terror me assusta, nenhuma paixão me derruba. criar uma parede ao redor de mim mesmo para parar de sofrer e para parar de viver pelos outros. a vida é minha, e é somente a mim que ela deve interessar. nada mais de opiniões alheias, intermissões desnecessárias, comunicação involuntária. ninguém mais vai me ter da forma que quiser. um marionete a menos no mercado.


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todo o dia ele acordava assustado, achando que estava atrasado, ou que tinha acordado cedo demais.
todo o dia no trabalho ele ficava nervoso, por ter feito o trabalho muito rápido ou por estar demorando demais para completá-lo.
todo o dia na volta de casa ele ficava preocupado, por estar preso no trânsito ou por estar chegando cedo demais em casa.
todo o dia em casa ele ficava pensativo, se estava gastando demais com água e luz, ou se estava sendo muito avarento e teria que usar pelo menos mais um pouco.
todo o dia ele ficava acanhado de abraçar sua esposa, pois ela poderia não gostar de suas carícias, ou talvez ela sentisse falta.
naquele dia tudo saiu da rotina. sua mulher o deixou. seus filhos o deixaram. seus amigos o deixaram.
e de tanto ficar pensando em tudo. até a vida dele o abandonou.

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what is love but an amount of feelings mixed in a wrong way to confuse people till they get crazy with that?
then, or they'll fight to get it, or fight to forget it, or give up and drown in a loneliness addiction.
that can take this one to a place with no turning back. the lack of will to live takes people to the total lack of life.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

A Criança Amaldiçoada Tomou Outro Caminho e Cruzou o Meu

- Hey... acorde...
Era só isso que ela dizia ao rapaz ao seu lado.
Ela já tinha visto vários tipos de rapazes, homens, garotos, mas nenhum que se negasse a acordar depois de 12 horas dormindo na mesma posição. Ela sabia que o sexo dela era bom, mas nunca imaginou que ele derrubaria alguém durante tanto tempo.
Estava ficando assustada. Será que ele estava morto?
Não, ele ainda respirava, ainda tinha pulso. Mas estava desacordado a 12 horas.
Ela foi até o banheiro, e, estando em contato com a água, teve uma idéia.
Pegou um balde, encheu de água, e jogou sobre o rapaz.

Ele se mexeu um pouco, sem abrir os olhos primeiramente, depois os abriu calmamente.
- O que é tudo isso?
- Como assim?
- Que lugar é esse?
- Sua casa!
- Casa?
- Sim, aonde você mora.
Ela não entendia como uma noite de sexo podia causar amnésia, mas parece ter causado.
- Hm, mas... não é isso que quis dizer com a minha pergunta...
- O que foi então?
- O que eu estou fazendo aqui?
- Como assim?
- Hmm... quero dizer... o fato de eu ver, de respirar, de sentir... significa que eu estou vivo?
- Sim, eu acho.
E de tanta que eram os problemas, as tristezas, os medos dele, uma única noite de extremo prazer conseguira apagar tudo de ruim que ele já tinha passado. Ele esqueceu o que é viver. Passou a saber nada sobre aquilo que chamamos de vida.

Encare os Fatos

standing on the outside of the fight
all I see is blood, all I see is pain
all we see is suffering
all they can be sure is death
and, even with all these bad things
in my mind I still see the image of myself in this battle
cause while I battle, I can forget every bad thing I have to deal with everyday.

não existe legitimidade, não existe real vontade
não existe autenticidade, não existe idéia original
tudo é uma versão de algo que já foi feito antes
e que antes era uma versão de alguma outra versão
e assim por diante
então não me peça para ser eu mesmo
com certeza, algueém já teve a mesma personalidade que eu
e nada disso jamais vai pertencer somente a mim.


[ Pink Floyd - Comfortably Numb: ]
There is no pain you were receding
A distant ship locked on the horizon
You're only coming through in waves
Your lips move but I can't hear watcha saying
When I was a child I caught a fever, my hands looked like two balloons
Now I've got that feeling once again
I can't explain to you, but if our love is near, this is how I am
I've been Com-comfortably Numb

domingo, 17 de junho de 2007

Ainda Esperando o Soco me Acertar

e toda vez que eu olho para aquele rosto, me dá aquela vontade de gritar, de pedir que, se me odeia, demonstre todo seu ódio, descarregue ele.
todo esse tempo sem trocarmos uma palavra, sem nem sequer cumprimentos, acaba comigo pouco a pouco.
seria bem melhor que você chegasse na minha frente, e com toda a sua raiva, que permance aí guardada, berrasse, experneasse, fizesse um escândalo, talvez até me machucasse fisicamente, mas aí sim eu saberia o que você sente, o que permanece escondido em você.
eu ainda lhe peço que depois de tudo isso, considere o meu perdão.
que eu sei que errei, mas não posso pedir-lhe desculpas sem saber o tamanho da sua mágoa.
será como uma balança: dependendo do tamanho da sua raiva, eu apenas pedirei desculpas e apertarei sua mão ou ajoalherei em seus pés pedindo perdão desvairadamente.

Kelly Clarkson - Hear Me:
'Cause there are these nights when I sing myself to sleep
And I'm hoping my dreams bring you close to me
Are you listening'?
Hear me, I'm crying out, I'm ready now
Turn my world upside down, find me
I'm lost inside the crowd, it's getting loud
I need you to see that I'm screaming for you to please hear me
Can you hear me?

sábado, 16 de junho de 2007

Eu Posso ser Paranóico, mas Continuo sendo Humano

se em todos os momentos da sua vida, você se imagina como alguém diferente.
se você sempre procura por um motivo para se sentir assim, sozinho.
se você sempre acha que alguém ainda há de gostar de você, mesmo que você nunca chegue a sentir nada por esse alguém
se você realmente acredita que a vida pode ser muito melhor que essa merda em que você costuma chafurdar diariamente.
se algo na sua vida algum dia já foi bom e você gostaria de reviver aquele momento para o resto dos seus dias.
se você se considera realmente insatisfeito com tudo.
não adianta de nada.
tudo vai continuar da mesma forma, se você permanecer apenas reclamando.


Damien Rice - I Remember
Come all you lost, dive into moss.
I hope that my sanity covers the cost to remove the stain of my love
Paper maché
Come all you reborn, blow off my horn
I'm driving real hard, this is love, this is porn
God will forgive me but I whip myself with scorn
I wanna hear what you have to say about me and hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
I remember december
And I wanna hear what you have to say about me and hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want, what the hell do you want?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Portas Abertas

em um tempo que diários já se tornaram antiquados
e não se tem ninguém para contar o que sente
a tecnologia nos traz um porto seguro.
esse é o começo.

tudo que um dia alguém lhe disse que é certo ou errado, esqueça.
quem essa pessoa que te disse isso pensa que é?
ninguém tem o direito de dizer o que é certo ou errado.
ninguém tem certeza do que se deve ou não fazer em uma ou outra situação.
nenhuma crença, religião, filosofia ou ceita vai lhe dizer também qual é o caminho certo a seguir.
feche os olhos e siga andando. e aonde você chegar vai ser o lugar certo, o lugar que teus instintos te fizeram chegar.



Song of the Moment: No Doubt - Don't Speak