quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Inexistência

alguém que não faz nem nunca fez questão de entender seus motivos pra não mais estar, mas que está aprendendo a viver com você cada dia mais longe de mim, e mesmo assim ainda dói. dói por que a minha ignorância acredita que talvez você possa voltar, mas não vai. eu sei que não vai. então agora eu volto a viver com ou sem você pra talvez poder te ver apenas como alguém muito importante numa amizade que eu pretendo levar pra sempre. estou me habituando, mas não se afaste, não vá, não me deixe sem notícias.
amigos eu tenho, graças a Deus, que me ajudam, me levantam, me animam, e sem eles eu não sei o que eu seria.
sem você eu não sei o que eu seria.
sem mim mesmo, talvez eu não existisse.
e talvez eu não sofresse.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Quem Eu Não Deveria Ser

eu faço aquele tipo idiota. que acredita em tudo o que você diz sem avaliar se é verdade ou não.
e me deixo levar por tudo isso.
eu sei que eu sou assim. e mesmo assim, eu não aprendi a mudar.
eu faço aquele tipo vulnerável. que você sabe muito bem como manipular. fazer que a sua verdade seja a minha verdade.
eu faço aquele tipo fácil. que você sabe que vai ter sempre. mesmo que eu tenha raiva durante algum tempo, você sabe que eu sempre volto.
eu faço aquele tipo idiota. e eu não sei por que eu nunca aprendo. talvez por que você seja tudo aquilo que eu sempre quis. pena que eu não sou tudo aquilo que você precisa.

domingo, 7 de outubro de 2007

Venha Até Aqui

e você sempre está longe de mim...
será que você só me quer porque a distância nos separa?
que só me deixa te desejar porque talvez nós não nos vejamos nunca mais?
que só me faz esperar por você porque te faz bem saber que alguém precisa tanto de você como eu preciso?
será que você não sabe que com isso você me deixa cada vez pior?
e que mesmo assim você não sai da minha cabeça, mesmo eu fazendo de tudo pra que isso aconteça?
o que você está ganhando com isso?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Faça Me Sentir Melhor

Ele acreditava no amor, e acreditava nos sentimentos que tinha.
Sabia que podia fazer o outro feliz, tão feliz quanto ele merecia ser. E sabia também que tudo seria perfeito ao lado dele.
Mas ele não era o único em sua vida.
Ele acreditava no amor, e sabia do fogo que lhe acendia toda a vez que via aquela garota, aquela linda garota que fazia de tudo para lhe enlouquecer, para fazê-lo perder a compostura, para fazer com que ele passe por coisas ridículas apenas para tê-la em seus braços, para sentir o calor ofegante que sai de sua boca aquecer delicadamente seu pescoço.
Ele acreditava no amor, e queria muito conhecer aquele outro garoto, garoto este que era um mistério para ele. Nunca haviam se falado, se visto, nem nada, mas um sabia da existencia do outro. Era tudo um jogo de cartas trocadas, combinações, que teria um fim indefinido, mas prazeroso de qualquer.
Ele andava de volta pra casa, e pensava: Eu acredito no amor, e acredito no que sinto.
Ele acreditava no amor, e acreditava que quem ele amava jamais seria dele. E mesmo assim ele não o esquecia, e chegando em casa, ele liga o som na mesma música de sempre, pega a mesma foto que está sempre sobre sua cabeceira, e fica a remoer as poucas lembranças que eles tiveram juntos.
- When you're gone, the pieces of my heart are missing you... - cantarolava ele, passando a mão sobre o rosto do outro na foto, contando nos dedos os dias que talvez pudessem se ver de novo