segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Auto Retrospectiva

Mais um ano está prestes a acabar, e hoje eu parei pra pensar em tudo que me aconteceu neste ano. Um ano extremamente cheio de coisas novas, tanto coisas boas, quanto ruins. Alegrias e problemas novos que fizeram deste ano inesquecível.
Conheci pessoas que eu pretendo levar para a vida toda, que me fizeram mais feliz do que eu jamais pensei que eu poderia ser. Me reaproximei de pessoas que também fizeram da minha felicidade possível. Reatei amizades um dia infelizmente perdidas, aprendi a gostar de pessoas que um dia não suportei. Vivi histórias que eu jamais vou conseguir esquecer.
Viajei, para um lugar aonde eu vivi dias perfeitos, com pessoas perfeitas, que eu nunca, na minha vida, vou esquecer.
Tive momentos lindos, com pessoas que fazem parte da minha história. E vão ficar pra sempre na minha memória, aqueles hotéis, aquele restaurante, aquelas ruas, aquele salão, aquela escola, aquela faculdade, aquele quarto, aquele shopping. E sim, os rostos das pessoas que passaram isso comigo, e suas vozes, seus toques, vão também ficar pra sempre guardados em mim.
E os problemas, sim, pois não existe como viver sem. A dor de talvez não poder ter a quem eu queria, de perder alguém de uma forma tão imbecil, de ver um amigo passar por problemas com ele mesmo, ou de outro amigo sofrendo sempre pelos mesmos erros, ou ainda, de viver num meio onde ninguém aceita totalmente a minha forma de viver, de uma família intolerante e desunida que não ajuda a ninguém nunca.
Mas, apesar de tudo, eu posso dizer que o que vai prevalecer na minha memória são as coisas boas, os amigos, as paixões, as alegrias, o amor... E que talvez tudo seja melhor, ou pior, em 2008.
Um ano de mudanças, sim. Entrando na faculdade, vivendo uma vida diferente, com pessoas diferentes, que com certeza vão estar ali somente para somar algo a minha existência.
Mas, também, mantendo em mim tudo e todos aqueles que me fizeram tão bem em 2007, e em todos os anos antes dele.
Que a alegria e a paz prevaleçam nesse ano que se inicia.
E que, acima de tudo, os desejos que façamos tornem-se realidade, mas, que não fiquemos esperando por milagres, e sim, que lutemos para torná-los reais.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A Importância de Ser Pé-no-chão

E após uma vida inteira de boas escolas particulares, mordomias e curtições, a garota sonha em estudar na UFRGS. Um orgulho para qualquer família esse sonho, afinal de contas, universidade federal não é para qualquer um. Porém, existem exceções. Por exemplo, quando o sonho dessa garota é estudar Museologia, um curso que acabou de abrir na faculdade e só permitirá trabalhar como professora de história e museológa. Ou seja, guia de museu com nível superior (isso se conseguir um cargo alto).
Então, imagine. Sair de Foz do Iguaçu, cujo nível de vida não é tão alto, para morar em Porto Alegre, onde tudo é exorbitantemente mais caro, para estudar Museologia.
Curso integral, nem trabalhar pode.
E ainda, gastando no mínimo R$2.000,00 por mês. Isso só pra pagar aluguel, contas, comida e coisas do curso, livros e coisas do tipo. Pode esquecer saídas, roupas, sapatos, enfim... mordomias.
Serão 5 anos de vidinha mais ou menos, pra depois ir para São Paulo, conseguir um emprego do Masp.
Interessante não? Mas como com certeza o Masp não vai despedir o Curador do museu pra colocar uma recém-formada num curso de primeira turma, e com certeza devem ter pessoas pré-escolhidas pra substituir o atual curador, o trabalho dela vai ser:
Acordar de manhã, fazer o coque no cabelo, colocar o uniforme, ir para o trabalho, sentar atrás do balcão, e decorar a seguinte frase:
- Bem Vindos ao Masp!
Depois disso, pegar as coisas das pessoas, colocar no guarda volumes, entregar o cartãozinho, desejar um Bom Passeio, e esperar acabarem de andar por dentro do museu.
E foi aí que ela enfiou 5 anos de estudos e R$120.000,00.
Que sonho !
Que futuro brilhante !

E eu ainda sou obrigado a ouvir pessoas que falam que isso vai ser diferente...
Por favor !

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

É como diz o ditado...

...meu passado me condena.

Eu andei pensando muito em fazer um outro blog, pra postar as coisas que eu escrevia antigamente, quando eu costumava escrever somente em ingles. Quero dizer, as coisas boas (que pelo menos eu e minhas amigas considerávamos boas) só fluiam em ingles. Português não existia pra mim, não pra usar a imaginação. Ainda bem que isso mudou, e apesar de ainda algumas pessoas me considerarem péssimo, a única coisa que eu faço e que eu gosto muito é a escrita. Críticas construtivas? Agradeço. Não construtivas. Enfie-as aonde bem entender.
Mas, voltando ao assunto, eu fiz o bendito do outro blog, postei um texto mais recente (na verdade, poema. Eu fazia na maioria poemas) e fui em busca dos meus antigos textos.
Quando os encontro, ponho-me a lê-los, um por um. Quanto mais antigo eles eram, mais... nossa, pessimistas, melosos, dramáticos... aiai, emo eles vão ficando. Eu comecei a pensar, o que demônios passava pela minha cabeça naquela época? Afinal, nossa ! como pode alguém pensar tanta coisa ruim?
Mas enfim, eu fiz o maldito do blog. Tinha colocado com um nome, quando postei o primeiro texto. Tinha sido Advantages of Living, bem bonitinho até. Mas, depois da deprimencia, da melação, enfim... se expremer só sai lágrimas e sangue, eu mudei. Comatose Imagination, afinal de contas, esse meu lado imaginativo (graças a todas as energias do universo) está em coma, adormecido, pelo menos eu acho. É tudo tão estranho, que ali onde fica escrito por Gabz, eu coloquei vomited by Gabz. Não que os textos sejam ruins, eu realmente gosto deles, mas... são tristes demais.
Quer dizer, eu ainda sou meloso, falo de sentimentos, e tudo mais, mas eu não fico falando em morte [?], em trevas [?], em fim do mundo [?] e coisas obscuras do gênero... aliás, eu era um emo-gótico na minha escrita, pensa no estrago.
Mas tá, ele tá lá feito, e se alguém estiver afim de ver o meu lado negro do passado, de alguns 2, 1 ano atrás (éé, meio próximo isso...), pode ir lá.
http://comatoseimagination.blogspot.com/
Sejam bem vindos ao mundo do deprimente.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Nem Sempre o Natal Pode Ser Perfeito

Vendo duas amigas minhas, uma de longe, de outra cidade, e outra daqui de foz mesmo, juntas, tão felizes, tão bem, dando tudo certo para elas, me dá uma vontade gigante de ser eu ali.
Ver que apesar da distância, dos problemas, de tudo que elas estão tendo que passar e já passaram, elas conseguem estar juntas, felizes, me faz pensar se talvez algum dia nós vamos poder estar por perto, com os mesmos sorrisos que eu vejo nos rostos delas.

No sábado, quando a garota de longe chegou, eu dormi na mesma casa que elas. Enquanto elas estavam em outro colchão, juntas, eu as via acariciando, beijando, e eu lembrava dos momentos que passamos juntos. Sentia inveja, sim, o que eu posso fazer? Me deu uma vontade gigante de ligar, falar que eu amo, mas eu não sei se nós vamos um dia dar certo. Já ficamos, sim. Mas algo sério, eu não sei.

Hoje, dia de natal, passamos todos juntos, e elas puderam se abraçar, cumprimentar, desejar feliz natal, passarem juntas, e eu tentei ligar a quem eu queria, e a ligação não completava. Eu gostaria apenas de ouvir a voz de presente de natal, já que não podia ganhar um simples abraço. E nem isso eu consegui. E isso me machuca muito.

A distância delas é bem maior que a nossa, e mesmo assim, elas estão aqui, juntas. E a gente, já se viu duas vezes e nem sabe quando vai se ver de novo, se vai se ver de novo. E eu que apenas quero um abraço, um beijo, e quem sabe um dia, poder sussurar no seu ouvido um Eu te amo, e poder receber ao pé do meu ouvido apenas um, Eu também.

sábado, 22 de dezembro de 2007

A Vontade de Estar

Vai passar.
Eu sei que tudo vai mudar.
E quando entrarmos em colisão, você vai estar na minha mão.
Porque o destino já foi traçado, os caminhos já estão cruzados, e a gente vai correndo na contra mão, cada um indo em direção do outro, numa velocidade lenta mas constante.
As memórias não deixam passar, os lugares só ajudam a lembrar, as fotos mantêm tudo tão importante, a vontade de viver tudo de novo é constante.
Vai passar.
Esse momento vai passar.
E a distância vai diminuir, porque isso tudo vai mudar.
E quando nossas vidas se reencontrarem,
quando entrarmos em colisão,
você vai estar na minha mão,
e eu vou estar totalmente em você.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ingênua Solidão

E, sentado sobre a montanha, ele tinha a melhor visão. E ele acreditava que dali, ele via o mundo inteiro. E ali, sentado sobre a mais alta montanha que ele conhecia, ele nunca foi incomodado. Saiu de casa muito cedo, cansado da pressão que a familia, a sociedade e o mundo lhe infringiam. Dali onde ele estava, ele conseguia ver a casa ainda, um pontinho perdido ao leste, entre tantas outras casas.
Ali, sentado sobre a montanha, sozinho e soberano, ele via muito, e acreditava que conseguia ver todo o mundo. Que o dominava. E ali, sentado, sozinho, soberano e auto-suficiente, o espaço dele nunca foi invadido.
Até o dia em que um homem, um simples viajante, chegou ao topo da montanha, desconhecendo o fato de que ali vivia um homem, rapaz ou velho, quem se importava? Só viu ali um homem, olhando para o horizonte com um grande sorriso.
- Por que sorri tanto?
- Porque, daqui aonde eu estou, eu vejo todo o mundo, todas as fronteiras, e todo o mundo está sob meu poder, pois eu sou muito melhor do que todos.
O viajante olhou para ele, e com um certo receio, mas convicto do que diria, respondeu.
- Lamento lhe informar que o que você vê, não é nem a metade de todo o mundo, é um minúsculo pedaço de tudo que existe. E é impossível o mundo todo estar sob seu poder, sendo que você nada faz para tê-lo assim, apenas fica aqui sentado, esperando o tempo passar, e imaginando que tudo isto te pertence. Nada isto te pertencerá se aqui você continuar.
O viajante abaixou a cabeça, e começou o seu caminho de volta. Alguns minutos depois, não se surpreendeu quando começou a ouvir passos, e o outro homem chegou ao seu lado.
- Me leve para o mundo então, porque eu ainda não perdi as esperanças de que eu posso fazer a diferença.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um Jogo de Você (Discussão Irracional sobre Ética e Moral [2])

E é como eu estivesse tendo um daqueles sonhos engraçados, como pode um simples olhar diferente e comentários que não saíram da minha cabeça... ( - Você tem cara de safado; - Um dia você descobre que não é só a cara ) estar levando a discussões por blog.
E ainda, eu sinto que um terceiro personagem está sendo envolvido na história. Aliás, o terceiro já estava envolvido, mas agora começa a mostrar a sua opinião e a sua ira !
Mas ele não é quem me interessa. O que realmente me interessa, é questionar. Se pede tanto que a verdade seja dita, que isso e aquilo, mas será que gostaria que eu contasse toda a história? eu não sei mais o que pensar, só sei que isso é um jogo, como já foi dito, e está se tornando um labirinto, aonde eu cruzo o caminho dos outros sem medo, porém, andam pensando, como foi dito por alguém, que estou usando minha ilusão, mas na verdade, eu estou me baseando em coisas concretas pra continuar, o que falta é todas as partes saberem de todos os detalhes, e se eu receber permissão, pode ter certeza, a verdade vem a tona, e eu não tenho medo.
Minha consciência tem um furo no fundo, o que não deixa nada ficar lá dentro pra que possa pesar.

Discussão Irracional sobre Ética e Moral [1]

Se você quiser declarar guerra contra algo ou alguém, que o faça, mas tenha coragem de assumir seus atos...
(...)
Será que é tão dificil procurar a própria felicidade e deixar a dos outros em paz? Ou o difícil mesmo é reconheçer a derrota? O orgulho é como um tiro no escuro, você nunca sabe em quem pode acertar. Quem sabe a pessoa ferida resolva retribuir o tiro? Nossa vida é feita de ações e reações, é uma questão de carater assumir seus atos e encarar as reações.
- excerto de texto extraído de um blog -

É extremamente engraçado ver algo que começou entre duas pessoas ter toda "culpa" (se é que se pode chamar isso de culpa) sendo jogada para cima de apenas uma.
É claro que alguém sempre começa, no caso, este que aqui vos fala. Porém, não existe continuidade sem abertura, isso indica que esta abertura ocorreu.
Não considero o que faço uma declaração de uma guerra, realmente porque não considero uma batalha de importância tão, profunda porém superficial, uma guerra. É mais uma peleja entre garotos após uma discussão sobre alguma coisa que no futuro será motivo de risadas.
Sim, eu vou rir algum dia quando eu ver isto de novo, eu sou consciente disso.
E assumir atos? Eu assumo tudo o que faço, sem medo de reações. Já disse previamente, eu faço o que tenho que fazer sem pensar no depois, e isso indica que eu faço tudo de cabeça erguida, consciente comigo mesmo, e deixando o mundo ciente das minhas ações.
E, eu estou procurando a minha felicidade, não importa aonde, em quais situações, em quais braços. Derrota, eu não vejo porque assumir derrota que eu ainda não vi acontecer, afinal de contas, eu não vejo a desistência do outro lado. Pelo contrário, eu vejo até uma certa continuidade que eu não esperava.
E sim, eu sou orgulhoso. E persistente. E eu sei que essa persistência é que está levando a lugares que eu nunca imaginei. Começando por cópias de excertos de textos para contra-respostas, até por divagações em dupla que tomam rumos que, para quem está tentando dar lições de moral por minha suposta falta de moral, não deveria deixar tomar. Mas eu não reclamo, é como eu sempre digo, eu A-D-O-R-O.
Eu continuo passando por cima de obstáculos, continuo vendo aonde isso vai levar, continuo com aquela vontade de seguir em frente, e eu continuo acreditando que no final, eu vou rir de tudo isso, sim, bem alto, com a certeza de que eu fiz o que eu achava certo, sem medo de repressões, discussões, e qualquer outra coisa.
Eu vou sair por cima, como eu sempre saio. Eu vou estar sempre melhor, como eu sempre estou. Eu vou sair ganhando, sozinho, ou acompanhado.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Panfobia

E se você não mede esforços para ter o que quer, não costuma ver o estrago que está causando, está na hora de rever seus conceitos a respeito da perspectiva humana, pois se você diz que é contra a vida futil que a humanidade leva, não seja mais uma pessoa nessa estatística...
- excerto de texto extraído de um blog -

As vezes, pra que se medir previamente o que acontece? Se a vida tivesse que ser totalmente planejada, não haveria o elemento surpresa, não haveria a graça de viver.
Eu sei que sou inconsequente, mas, até hoje, a minha coragem de seguir em frente mesmo de olhos fechados, a minha petulância e minha inconsequência nunca me deixaram passar por problemas.
Pra que se prender numa falsa verdade (aos olhos dos outros, é a verdade... por trás, ela não é mais que uma mentira) ?
Pra que planejar tudo previamente, e já imaginar o resultado final, sendo que o destino e o futuro são coisas imprevisíveis?
Se for pra viver sem saber o final, então eu vivo sem saber o começo também, pois, eu tenho consciência de que no final, tudo vai dar certo.
Porque eu luto pelo meu bem, é egoísmo, eu sei, mas ninguém nunca pensou em mim nem por mim, eu sempre tive que fazer tudo sozinho, então, pelo meu bem estar e felicidade, eu atropelo todo e qualquer obstáculo que apareça na minha frente, e assim, eu sei, eu vou construir a vida que eu sempre sonhei, para mim, e somente para mim.
Se as coisas as vezes dão errado, eu apenas cantarolo em minha cabeça: se ainda não deu certo é porque não chegou no fim...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O Guia das Imperfeições

É difícil de acreditar, mas certas coisas que são tidas como boas, aceitáveis, nunca se concretizam.
Fidelidade, amizade, segredos... ninguém nunca segue a risca o conceito de cada um.
Não existe no mundo alguém que foi totalmente fiel a um relacionamento... pelo menos, em palavras, trocas de olhares, já ouve alguma traição... não existe amor inquebrável...
Não existe algum amigo que, com algum ato, nunca tenha decepcionado o outro. Mesmo que a reclamação não seja expressa, sempre há decepção em algum momento.
Não existe segredo, pois, como diria Mário Quintana, não confie no teu amigo, pois ele outro amigo tem, e o amigo de teu amigo, tem outro amigo também. Não é por mal, é verdade... as vezes acontece como um simples comentário, a história é repassada sem menção de nomes, ou, após certo tempo, quando se considera a tal história sem tanta importância mais, que seja, mas, sempre passa pra frente.
Não há porque também se demonstrar surpresa ao ler o que está aqui escrito. Sim, eu já cometi erros, e admito.
Alguns ainda comito, venho cometendo, e vou mentir se me arrependo deles.
Se forem a tona, podem causar dor a outros, eu sei.
Mas, enquanto acontecem na surdina, não há porque me preocupar...

Perdoe meus pecados, mesmo que eu não me arrependa tanto assim deles...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ambiguidade

se era pra ter sido tudo assim, tão rápido. por que você permitiu começar?
se era pra ter sido tudo assim, tão ilusório. por que você disse querer?
se era pra ter sido tudo assim, tão passageiro. por que permitiu que fosse uma passagem tão profunda?
se era pra ter sido tudo assim, tão doloroso. por que você não simplesmente sumiu?
eu sentiria falta, sim. mas depois esqueceria. esqueceria o que sentimos.
ou talvez não. talvez eu te procurasse mais.
talvez eu até passasse a te querer mais.
então não, não suma.
pelo menos uma parte de você pode permanecer. deve permanecer.
por que se eu não posso te chamar de meu,
eu espero que pelo menos em você eu tenho um ombro no qual eu possa chorar
um amigo em quem confiar.
porque em você eu confio, e eu não quero te ver assim.
mais longe de mim do que você já está.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Até Aonde o Mundo te Levou

passou o tempo e ele nem notou.
o medo veio mas ele já não sente.
perdeu o pavor e o pudor.
deixou pra trás o que era certo ou errado.
esqueceu de toda a moral.
ética e bons costumes desapareceram do seu vocabulário que um dia foi tão correto e direto e tão certo de que ser bom era o que era o melhor.
não teme mais viver ou morrer, na luz ou na escuridão.
aos amigos, entes queridos, ele espera que todos se virem como ele foi obrigado a aprender a viver sem apoio de ninguém.
o que o mundo lhe proporcionou?
será que a culpa é toda dele?
será que era assim que quando criança ele sonhou ser?
ou será que nada mais lhe deu chance de ser diferente?
ele não sabe mais qual caminho seguir
guiado pelo acaso ele vai sem nem ao menos poder pedir ajuda
ele espera um dia encontrar o final
mesmo que ele seja doloroso, pois não há mais com o que sentir
não há mais porque sentir
ele só quer lembrar que viveu, quem sabe da melhor forma que pode
melhor ou pior se misturam numa vida que quem sabe nunca tenha valido a pena.
ele não é mal, perverso,
ele é corrompido.
o meio o levou para o nada, com muito gosto, obrigado.
agora, questiona-se se o meio algum dia tentará tirá-lo de lá
ou vai simplesmente apontar o seu dedo imundo a ele
e julgá-lo como a mais profunda escória
que se corrompeu, assim dirá o meio, por si mesmo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Duras Lições

aprendi que algumas amizades são relativas. as vezes, esses amigos relativos estão aqui, ao lado, e em outras vezes eles não estão mais. em alguns momentos eles dão a mão, em outros, as costas.aprendi que amor não existe. existe sim uma forma camuflada de parecer simpático e carinhoso para usar do que a outra pessoa tem de melhor. e sentimentos menos intensos, como paixão, atração, são simplesmente ignorados, desprezados pela pessoa que nos interessa.
aprendi que sofrer ou não, chorar ou não, odiar ou não, apenas machuca a quem sente, e não afeta em nada a causa. enquanto você pára de viver para se martirizar, o mundo continua a rodar e você não age de forma alguma para tentar mudar.
aprendi que a pior raça que existe no mundo é o ser humano. tentam se aproveitar ao máximo uns dos outros. fazem você se deslocar e te deixam na mão pelo simples prazer de ver que você fez algo por ele. não tem sentimento algum em relação a ninguém e a nada. vivem em sociedade para poderem difamarem a vida alheia da forma mais inexcrupulosa que puderem.

aprendi.
que a única pessoa que realmente importa nesse mundo, que é a quem eu devo satisfação, a quem eu devo agradar, com quem eu devo me preocupar em fazer bem ou não, sou eu mesmo.pode parecer egocentrismo, egoísmo, ou qualquer ismo que queira usar para definir que o meu mundo gira em torno de mim.
mas saiba que sim, isso eu aprendi. e é assim que eu escrevo as minhas regras, faço o meu mundo, e te deixo para trás esperando para fazer parte dele. mas, agora eu vejo, vai demorar muito até aparecer alguém para se fazer merecedor de tudo que eu sou capaz de oferecer.