domingo, 29 de junho de 2008

Salão de (Dolorosas) Memórias

Passos. Ouço passos em minha direção. Será? Será que é ele voltando para onde ele realmente pertence? Voltando para onde ele nunca deveria ter saído?
Faz um ano que cruzou meu caminho, que seus primeiros passos ressoaram no piso da minha vida. Um piso tão frágil, que qualquer passo mais firme pode quebrar. Ande com calma, meu bem. Não seja tão rígido contigo, não seja tão duro comigo. Eu preciso de você, pode acreditar.
Um ano que a sua vida faz parte da minha vida e eu sofro em silêncio por algo que nem sei no que vai dar. Personagem eterno de uma história sem fim. E mentalmente, eu ainda sinto as pulseiras do seu braço roçando em meu braço, o seu olho encarando meus olhos e dizendo tudo que você tinha pra me dizer.
Um ano. Quantos anos mais eu vou ter que fechar os olhos e ver os seus? Sei que não é culpa sua, talvez seja minha por querer acreditar que esses passos que eu ouço tão próximos sejam os seus. Os passos que te trazem de volta a mim. Venha por trás de mim, feche meus olhos com suas mãos, e sussurre no meu ouvido que agora tudo vai ser diferente.
Então, eu acordo. Os passos, e todas essas lembranças, apenas frutos do que a minha mente queria que fosse realidade. Porque sonhar não custa nada, e é apenas isso que me resta.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Questionamento ao Questionamento

A vida é feita de escolhas, em um leque tão vasto de opções que muitas vezes eu me vejo perdido.
Ir não ir, ficar não ficar, ser não ser, estar não estar. Fazer não fazer. O que fazer? O que realmente fazer? São tantas dúvidas, tantas visões diferentes do mesmo fato, tantas saídas que na hora são as melhores e depois acabam de mostrando ineficazes, tantas problemáticas, e nenhum apoio. Nenhum apoio. Chega um momento na vida, que mesmo com todas as mãos amigas que você receba, você acaba tendo que se decidir sozinho, e mesmo conselhos que pareçam os melhores, se confundem nas divagações e se perdem no tempo, e, no final, a decisão acaba sendo uma só: a que nós fizermos.
Não importa o que aconteça, ou quem quer que seja, chega uma hora que todos os pilares que te sustentam são retirados e voce tem que se equilibrar por si só.
Vida, por favor, não me empurre de sua corda bamba.