domingo, 29 de junho de 2008

Salão de (Dolorosas) Memórias

Passos. Ouço passos em minha direção. Será? Será que é ele voltando para onde ele realmente pertence? Voltando para onde ele nunca deveria ter saído?
Faz um ano que cruzou meu caminho, que seus primeiros passos ressoaram no piso da minha vida. Um piso tão frágil, que qualquer passo mais firme pode quebrar. Ande com calma, meu bem. Não seja tão rígido contigo, não seja tão duro comigo. Eu preciso de você, pode acreditar.
Um ano que a sua vida faz parte da minha vida e eu sofro em silêncio por algo que nem sei no que vai dar. Personagem eterno de uma história sem fim. E mentalmente, eu ainda sinto as pulseiras do seu braço roçando em meu braço, o seu olho encarando meus olhos e dizendo tudo que você tinha pra me dizer.
Um ano. Quantos anos mais eu vou ter que fechar os olhos e ver os seus? Sei que não é culpa sua, talvez seja minha por querer acreditar que esses passos que eu ouço tão próximos sejam os seus. Os passos que te trazem de volta a mim. Venha por trás de mim, feche meus olhos com suas mãos, e sussurre no meu ouvido que agora tudo vai ser diferente.
Então, eu acordo. Os passos, e todas essas lembranças, apenas frutos do que a minha mente queria que fosse realidade. Porque sonhar não custa nada, e é apenas isso que me resta.

Um comentário:

  1. Sim, sonhar não custa nada. Mas é preciso estar atento a realidade porque como cantou Cássia Eller “bobeira é não viver a realidade” Mesmo que os sonhos sejam mais atraentes.

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