domingo, 5 de junho de 2011

Era mas não é.

Restos, ao alcance das mãos. Ficou pra trás abandonado largado. Inteiro sem manchas nem podres mas abandonado. Apalpa leva deixa não deixa não leva traz. Alimenta alma corpo alimenta boca mastiga forte. Arrasta contorce envenena veneno vômito gangrena. Ria chora sofre comemora ama demora. Perante os olhos por trás dos olhos por dentro por fora revolta revive rememora mora morra morre recomeça.
Órgão pulsante, pura ilusão. Não bomba amor não bomba sangue fluído e só. Arrancado tirado estraçalhado inteiro jogado. Corpo não há, apenas a bomba vital o órgão no chão o sangue do mundo a pulsar e esperar. Nas mãos, restos que pulsam, que tremem, que sugam expulsam sugam expulsam. No alcance do rosto, mancha face enche a boca preenche os vazios traz de volta tudo que não sou. Mas mato a fome.

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