terça-feira, 19 de maio de 2015

Multiplying Chills

Até.
A tua última palavra de que eu tenho registro é um até.
Solto, sozinho, abandonado.
Até.
Me pergunto até quando permaneço com um até.
Se esse até é até depois. Até amanhã. Até semana que vem.
Até a próxima ressoma, talvez.
Até a próxima oportunidade.
Ou até nunca mais.
Foi só um. Até.
Solto, sozinho, abandonado.
E por mais que eu não queria aceitar, creio que parte da culpa desse 'até' estar sem prazo de validade, grande parte dela é minha.
Porque talvez eu tenha interpretado tudo errado, talvez eu escolhi ver as coisas da forma que eu vi.
Me precipitei em conclusões, escrevi minhas próprias páginas baseadas em verdades puramente empíricas e imaginárias, sem uma comprovação real. Sem consultar o teu manual.
Sem ouvir da tua boca o que tudo queria dizer. O que tudo significava.
Atirei minhas certezas ao universo como o suicida no precipício. E permaneço com a lembrança e com os resquícios de um até.
Até breve, mon amour.
E se ouvir meu nome, cante ele ao som de Lo-Fang.
A melodia, é aquela antiga, só que um pouco mais lenta.

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