Ele acreditava no amor, e acreditava nos sentimentos que tinha.
Sabia que podia fazer o outro feliz, tão feliz quanto ele merecia ser. E sabia também que tudo seria perfeito ao lado dele.
Mas ele não era o único em sua vida.
Ele acreditava no amor, e sabia do fogo que lhe acendia toda a vez que via aquela garota, aquela linda garota que fazia de tudo para lhe enlouquecer, para fazê-lo perder a compostura, para fazer com que ele passe por coisas ridículas apenas para tê-la em seus braços, para sentir o calor ofegante que sai de sua boca aquecer delicadamente seu pescoço.
Ele acreditava no amor, e queria muito conhecer aquele outro garoto, garoto este que era um mistério para ele. Nunca haviam se falado, se visto, nem nada, mas um sabia da existencia do outro. Era tudo um jogo de cartas trocadas, combinações, que teria um fim indefinido, mas prazeroso de qualquer.
Ele andava de volta pra casa, e pensava: Eu acredito no amor, e acredito no que sinto.
Ele acreditava no amor, e acreditava que quem ele amava jamais seria dele. E mesmo assim ele não o esquecia, e chegando em casa, ele liga o som na mesma música de sempre, pega a mesma foto que está sempre sobre sua cabeceira, e fica a remoer as poucas lembranças que eles tiveram juntos.
- When you're gone, the pieces of my heart are missing you... - cantarolava ele, passando a mão sobre o rosto do outro na foto, contando nos dedos os dias que talvez pudessem se ver de novo
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