Eu ainda me lembro como tudo começou, sei até o dia em que eu vi pela primeira vez.
Minha primeira impressão foi de alguém totalmente sem graça, uma pessoa fechada, sem assunto. Enfim, estranha. Não conversamos nesse primeiro dia, até porque essa pessoa arranjou algo mais importante pra fazer.
Passado alguns dias, nos reencontramos. E nesse dia, foi tudo diferente. Conversamos, trocamos risadas, comentários pessoais, e inclusive um que nunca saiu da minha cabeça. Aliás, por causa dele eu comecei o meu (suposto) jogo.
De início, eu apenas pensava em seduzir, tentar ver o que aconteceria, mas não havia um real sentimento. Apenas fogo. Apenas vontade de ter o proibido, de ter alguém que já tem um compromisso. Sim, havia um compromisso entre isso. Havia outra pessoa que era um obstáculo.
E chegou um dia, que tudo veio à tona. E a pessoa que participava do jogo, junto a mim, disse que não queria nada, que apenas fazia isso pra ver até onde eu iria.
Pois bem, eu relevei. Deixei para lá. Esqueci, não significava nada mesmo.
Porém, hoje é alguém que me faz tão bem, alguém que me faz feliz com as mais simples conversas, assuntos bobos, que me faz sorrir sem muito esforço.
E hoje, eu volto a tentar algo, eu volto a querer. Hoje, a outra pessoa com quem existe um compromisso deixou de ser um simples obstáculo, mas alguém que me afasta da minha felicidade.
O que eu realmente gostaria era de poder dizer o que eu sinto, de poder mostrar que, desta vez, o meu sentimento é verdadeiro, e se existe uma proximidade tão grande entre nós, que talvez haja um sentimento, mesmo que ínfimo, que venha de lá para mim também.
Eu só queria poder dizer que desta vez, a minha intenção é fazer feliz, e não ver no que vai dar.
Que o sentimento existe, e que dói de verdade, como uma ferida que se nega a fechar.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Os Prêmios
Hoje eu fui indicado pra dois prêmios de blog, "Esse blog vale a pena conferir", e "Eu tenho blog de elite". Então, vou arrumar um de cada vez.
agradecendo a Carla do http://deliciasocultas.blogspot.com/, por ter me indicado alii ! Fico muito honrado! E agora, indicar mais cinco.
Do Sétimo Andar: http://dosetimo.blogspot.com/
Inutilismo: http://inutilismo.blogspot.com/
Suffocating Words of Sorrow: http://suffocatingwordsofsorrow.blogspot.com/
Indizível Mencionado: http://indizivelmencionado.blogspot.com/
Critical Watcher: http://criticalwatcher.blogspot.com/
e agora, agradecendo a Janaina Lellis do http://inutilismo.blogspot.com/ , que me indicou também ! Obrigado gêê !
E agora, eu tenho que indicar mais 5 e justificá-los.
Bom, então vamos lá.
Semiprosa http://semiprosa.blogspot.com/: utilizando coisas do dia-a-dia, a renata faz nos seus textos uma reflexão de cada pedaço da sociedade, pedaços até qu talvez nunca notariamos.
O Demônio do Meio Dia http://odemoniodomeiodia.blogspot.com/: dizendo coisas que talvez não queremos, ela crítica a sociedade e nos toca profundamente com seus textos.
Suffocating Words of Sorrow: http://suffocatingwordsofsorrow.blogspot.com/: Sentimentos, problemas, verdades... a vida escrita em contos belíssimos
Amenidadess http://amenidadess.blogspot.com/: coisas pequenas que se transformam em coisas grandes, pequenos momentos que se transformam em grandes textos !
Delicias Ocultas http://deliciasocultas.blogspot.com/: trechos de livros e textos ótimos, sempre !
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Em Memória De Um Talento Que Se Vai
Eu não costumo tratar sobre ídolos, pessoas famosas, e coisas do gênero aqui, mas, devido ao acontecido ultimamente, eu me sinto obrigado.
Um dos atores jovens mais consagrados ultimamente, reconhecido por papéis que vão desde a comédia romântica (10 Coisas que eu Odeio em Você) até em dramas (Brokeback Mountain), e ainda, seu último papel, o Coringa no mais novo filme da série de Batman, é encontrado morto na tarde de terça-feira, dia 22 de Janeiro de 2008.
Heath Ledger, de 28 anos, deixa uma filha de 2 anos, do seu casamento com a também atriz Michelle Williams, de quem ele se separou no ano passado. Deixa também, uma legião de fãs que realmente acreditavam no futuro da carreira do ator, que mostrava um desempenho que melhorava de filme a filme.
O seu rosto, seu sorriso, seu jeito cativante, sua facilidade em se adaptar a cada papel, como se fosse o primeiro (ou último) de sua vida, para que pudesse fazer sempre o melhor, era algo difícil de se encontrar em vários atores.
Muitos se destacam por uma ou outra qualidade, porém Heath vinha crescendo na carreira de forma estonteante, vinha mostrando ao mundo que merecia espaço e reconhecimento, e que queria abrir caminho para continuar a sua carreira, e brilhar durante muito tempo.
Porém, ele vem agora, e nos deixa. Deixa um vácuo no mundo do cinema, deixa um vácuo no coração de amigos, companheiros de trabalho. De fãs, que vão para sempre lembrar de tudo que ele fez.
Alguns dizem sobre suicídio, sobre overdose, enfim, auto-destruição. Talvez seja essa mesmo a causa, e isso mostra mais ainda o seu profissionalismo. Talvez ele estivesse com tanta dor, tantos problemas, tantas coisas ruins na vida pessoal dele, e mesmo assim, ele até seu ultimo momento, nunca desistiu de dar o melhor de si em seu trabalho, para ver o sorriso e o reconhecimento de seus fãs.
Mas para ele, talvez tivesse chego ao limite, e mesmo que talvez ele tivesse sido egoísta em não pensar em quem ele estava deixando pra trás, a dor que ele sentia o venceu. Ninguém está aqui para julgar os atos dele. Agora, já foi.
Mas, seja como um garoto detestável, seja como um padre exorcista, seja como um cowboy homossexual, ou seja como alguém que se deixou vencer pela dor, Heath Ledger vai ficar para sempre na memória daqueles que o admiravam, que o amavam, e com certeza, o seu sorriso e seus olhos cativantes jamais serão esquecidos, e ele com certeza se foi, sabendo que aqui, ele deixaria pessoas que se lembrariam com muita ternura, respeito e admiração por ele.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Juízo Final e O Que Ele Proporcionará (Se Chegar a Acontecer)
Quando o dia chegar, ninguém vai saber como reagir.
Todo mundo diz que um dia o mundo vai acabar, que vai aparecer alguém pra nos julgar, e então, pare e pense: O que é que você vai falar?
Que não fez nada de errado, que sempre tentou ser bom.
e Cabuf !
Abre um buraco no seu pé, e você cai no inferno.
HaHa ! Você mentiu !
Nunca é muito forte pra você usar.
Ninguém é perfeito, ninguém jamais foi nem jamais será.
Erros são normais, você aprende com eles.
E aí, vão aparecer aqueles que vão dizer que sempre erraram, que não serviram para nada, que são inúteis no mundo.
E também vão pro inferno, mentira também !
Ninguém é tão ruim a ponto de nunca ter feito nada bom.
Aí, pergunta. Quem vai pro céu?
Ninguém né, ninguém vai contar toda a verdade, ninguém mesmo.
Se em vida a verdade nunca vem totalmente a tona, quem dirá depois de morto?
Por isso é que eu não penso em fim de mundo, em julgamento.
Eu só quero saber é do meu caixãozinho bem bonitinho e das traças devorando os meus restos mortais, depois que o meu vão coração decidir parar de bater.
Todo mundo diz que um dia o mundo vai acabar, que vai aparecer alguém pra nos julgar, e então, pare e pense: O que é que você vai falar?
Que não fez nada de errado, que sempre tentou ser bom.
e Cabuf !
Abre um buraco no seu pé, e você cai no inferno.
HaHa ! Você mentiu !
Nunca é muito forte pra você usar.
Ninguém é perfeito, ninguém jamais foi nem jamais será.
Erros são normais, você aprende com eles.
E aí, vão aparecer aqueles que vão dizer que sempre erraram, que não serviram para nada, que são inúteis no mundo.
E também vão pro inferno, mentira também !
Ninguém é tão ruim a ponto de nunca ter feito nada bom.
Aí, pergunta. Quem vai pro céu?
Ninguém né, ninguém vai contar toda a verdade, ninguém mesmo.
Se em vida a verdade nunca vem totalmente a tona, quem dirá depois de morto?
Por isso é que eu não penso em fim de mundo, em julgamento.
Eu só quero saber é do meu caixãozinho bem bonitinho e das traças devorando os meus restos mortais, depois que o meu vão coração decidir parar de bater.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A Real Deficiência
Ilusões do Amanhã
Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim Esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver,
Se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
Eu fiz brotar a flor,
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.
Alexandre Lemos - 28 anos, aluno da APAE
Alexandre Lemos - 28 anos, aluno da APAE
.
Existem pessoas que acreditam que uma pessoa com necessidades especiais não sabem o que se passa no mundo, não sentem quando são menosprezados, ou algo do gênero, pelo simples fato de terem certas diferenças genéticas.
Pois vejam, este garoto, de 28 anos, e que devido a Sindrome de Down, tem idade mental de 15 anos, foi capaz de expressar em palavras sentimentos de dor em relação a sua própria vida, em relação ao mundo, e ainda demonstra, no final, que sim, ele tem esperanças que tudo mude.
Muitas vezes perdemos as esperanças, e nem tentamos pensar em alguma forma de lutar.
E nós, que somos, aparentemente, normais.
E ele, o incessantemente intitulado pela sociedade como deficiente, mostra toda sua indignação, sua revolta, e sente sim, como o mundo o trata com indiferença.
Será então, que a deficiência está nele, ou nas outras pessoas, que só sabem ver o valor das outras pessoas pela aparência física e pelo que se veste no corpo?
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Parte do E-mail a R.
Tudo o que você me disse, todos os abraços, palavras, momentos...
Eu ainda não esqueci nenhum.
Eu voltei pra foz, pensando ainda mais em ti.
Às vezes eu me pergunto se é o melhor pra mim, continuar gostando de ti nessa distancia.
Aí eu lembro de tudo de bom que eu passo contigo, de todas as alegrias que tu já me proporcionou, e que, apesar da distancia, dos problemas, da nossa situação... eu ainda pretendo continuar contigo, se tu assim quiser.
Às vezes eu penso em deixar pra lá, porque vai saber aonde tudo isso vai acabar? Mas, eu sinto que eu não vou estar bem se eu pensar que da próxima vez que eu te ver, eu não poder "estar" contigo, se é que tu me entende...
Só oque eu queria saber, é se, pra você, eu também tenho certa importancia.
E assim como eu disse no fotolog, esta é a última vez que eu menciono este sentimento.
Eu não sei mais o que eu quero pra mim, mas o quanto menos eu lembrar dele, eu creio que vá ser melhor para mim.
Eu ainda não esqueci nenhum.
Eu voltei pra foz, pensando ainda mais em ti.
Às vezes eu me pergunto se é o melhor pra mim, continuar gostando de ti nessa distancia.
Aí eu lembro de tudo de bom que eu passo contigo, de todas as alegrias que tu já me proporcionou, e que, apesar da distancia, dos problemas, da nossa situação... eu ainda pretendo continuar contigo, se tu assim quiser.
Às vezes eu penso em deixar pra lá, porque vai saber aonde tudo isso vai acabar? Mas, eu sinto que eu não vou estar bem se eu pensar que da próxima vez que eu te ver, eu não poder "estar" contigo, se é que tu me entende...
Só oque eu queria saber, é se, pra você, eu também tenho certa importancia.
E assim como eu disse no fotolog, esta é a última vez que eu menciono este sentimento.
Eu não sei mais o que eu quero pra mim, mas o quanto menos eu lembrar dele, eu creio que vá ser melhor para mim.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Do Fundo de um Sentimento Incompreensível
Existem coisas que eu não consigo entender.
Porque às vezes eu me sinto tão bem em pensar, e às vezes me dói tanto.
A espera de meses e meses pra ver alguém que eu nem sei se um dia sentiu por mim tudo o que eu sinto.
Já tentei me conter, já tentei dizer não a tudo que acontece, mas quando aqueles olhos encaram os meus, eu não consigo me conter, quando aquele sorriso é estampado naquele rosto, só o que me dá vontade de fazer é abraçar e dizer como eu senti falta, como me faz bem. Mas eu nunca disse eu te amo.
Com medo de talvez não ser aceito, ou de ser considerado um imbecil.
Às vezes eu não entendo como pode haver tanta frieza de sentimento, e em outras horas me mostrar tanto sentimento, tanto carinho. Mas será que esse carinho é amor, ou algum dia será?
E será que se eu admitir que amo, vai aproximar ou afastar mais ainda de mim?
Será que vai chegar um dia em que eu entenderei o que se passa entre nós?
Ou eu terei que me esforçar mais do que me esforço para esquecer, e fingir que nada disso nunca passou na minha vida?
Eu só queria entender, eu só queria poder pensar, que, mesmo longe, eu poderia poder dizer:
- Você está do meu lado. Eu te amo.
Porque às vezes eu me sinto tão bem em pensar, e às vezes me dói tanto.
A espera de meses e meses pra ver alguém que eu nem sei se um dia sentiu por mim tudo o que eu sinto.
Já tentei me conter, já tentei dizer não a tudo que acontece, mas quando aqueles olhos encaram os meus, eu não consigo me conter, quando aquele sorriso é estampado naquele rosto, só o que me dá vontade de fazer é abraçar e dizer como eu senti falta, como me faz bem. Mas eu nunca disse eu te amo.
Com medo de talvez não ser aceito, ou de ser considerado um imbecil.
Às vezes eu não entendo como pode haver tanta frieza de sentimento, e em outras horas me mostrar tanto sentimento, tanto carinho. Mas será que esse carinho é amor, ou algum dia será?
E será que se eu admitir que amo, vai aproximar ou afastar mais ainda de mim?
Será que vai chegar um dia em que eu entenderei o que se passa entre nós?
Ou eu terei que me esforçar mais do que me esforço para esquecer, e fingir que nada disso nunca passou na minha vida?
Eu só queria entender, eu só queria poder pensar, que, mesmo longe, eu poderia poder dizer:
- Você está do meu lado. Eu te amo.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Cumprimento Equivocado Pós-Moderno
"Shot through the heart, and you're to blame
Darling, you give love a bad name..."
Alguém ensine para essa geração, que Eu te Amo não é Bom Dia.
Não é uma frase qualquer que você pode usar com qualquer um que você encontra na esquina, que acabou de conhecer.
Amor tem toda uma essência, toda uma ligação, que ninguém mais parece compreender. Você conhece a pessoa em um dia, a considera uma boa pessoa, uma pessoa legal, e já diz que ama, que é tudo pra você. Mesmo com amizades, não use Eu te Amo precipitadamente.
A frase Eu te Amo é um vínculo, uma ligação espiritual que muita gente parece não entender, achar que não existe, ou até querer que não exista.
Se diz Eu te Amo para qualquer pessoa, para o desconhecido que foi legal contigo, ou que te deu um sorrisinho simpático, e muitos, nesse vazio que virou a existência humana, acham que já é um grande amigo, e dizem: Eu te Amo (por sorrir pra mim).
Não se pode usar qualquer palavra em qualquer hora. Não se pode dizer Eu te Amo para qualquer coisa, em qualquer momento.
Eu te Amo é para ser sussurado a um amante quando se está só, para ser dito em um abraço apertado a um amigo que realmente mostre seu valor, para ser expresso com ações de respeito a familiares que o mereçam receber.
Eu te Amo, meus caros, não é uma nova forma de dizer olá, ou adeus.
Eu te Amo, é muito mais antigo do que qualquer um de nós, e muito mais complexo do que a existência de vários dos nossos conterrâneos terráqueos.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Desprezo
Sabe, existem horas que a gente nota que, na verdade, o que realmente importa para os outros é seu próprio mundo, a sua própria felicidade.
Quando eu digo isso, que eu penso em mim primeiro, muitos me entitulam egoísta.
Porém, eu digo isso, mas acabo pensando mais nos outros do que em mim.
Em compensação, os que me entitulam de egoísta, egocentrico, são os que mais pensam somente neles mesmos.
Então, aprenda.
É facil de me persuadir.
É facil de me usar.
É facil de me levar.
É só colocar um sorriso no rosto, e dizer que quer o meu bem.
Quando eu digo isso, que eu penso em mim primeiro, muitos me entitulam egoísta.
Porém, eu digo isso, mas acabo pensando mais nos outros do que em mim.
Em compensação, os que me entitulam de egoísta, egocentrico, são os que mais pensam somente neles mesmos.
Então, aprenda.
É facil de me persuadir.
É facil de me usar.
É facil de me levar.
É só colocar um sorriso no rosto, e dizer que quer o meu bem.
Eu acredito nas pessoas, mesmo que na minha cabeça, o ser humano ainda seja a criatura mais desprezível que exista, a salvo pouquíssimas exceções.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Eu Que Nem Me Conheço Mais
Ele acordou, no mesmo horário de todos os dias, e como sempre, se enrolou um pouco em sua cama, pensando em como seria o seu dia. Se levantou, seguiu ao banheiro, lavou seu rosto, e se olhou no espelho. Sorriu. O seu sorriso era algo que ele se obrigava a treinar diariamente, para, ao fim de suas conversas, na verdade, monólogos que usava para se vangloriar, sorrir, e mostrar que, sim, ele era um homem auto confiante.
Um homem. Causou tantos problemas a sua família, e a todos ao seu redor, que foi obrigado a se tornar um homem. Sair de casa, sair da cidade. Mudar de vida. Começou a estudar. Faculdade de Publicidade. E o que ele mais fazia, era estudar para aprender a se vender.
É verdade, ele conseguia muito bem, sendo o possuidor de uma lábia fenomenal.
Ninguém jamais soube da sua real verdade, da origem de sua família. Dizia ser filho de um homem rico, possuidor de empresas espalhadas por vários lugares do país, que cuidavam desde negócios com Bolsa de Valores até com Importação e Exportação de alimentos. Era filho único, e vivia num apartamento que o pai comprara para ele na metrópole paulista, aonde foi morar.
Para todos, ele havia escolhido viver ali pois, a cidade era grande, assim como ele próprio.
Ninguém sabia, que, toda manhã, quando ele se olhava no espelho, e sorria, ele via por trás do sorriso aquele garoto que sofreu, por ter vergonha da família que possuía. Um pai que trabalhava a anos na mesma empresa, no mesmo cargo, e não fazia nada para mudar.
Ele tinha vergonha da falta de esforço do pai, e raiva por ter tomado essa estagnação como herança.
Ele não queria mais ser quem ele era. Estudou muito para entrar numa faculdade pública, para gastar o dinheiro que o pai lhe mandava, com muito custo, diga-se de passagem, com roupas, aparencia.
O apartamento onde morava, era deprimente, mesmo dizendo aos outros que era luxuoso. É claro, ninguém jamais pisaria lá. Além dele próprio.
Ele se odiava, mas tinha que parecer confiante. Ele tinha que vencer na vida. Se esforçar, se ultrapassar, parecer melhor, para que talvez, um dia, ele mesmo consiga se orgulhar dele. Ele, até mais do que seu desejo de mostrar aos outros seu triunfo, queria provar para si mesmo que ele podia, quem sabe, ser bom.
E assim ele começava seu dia. Sorrindo, e mentindo. Porque, com o passar do tempo, a sua mentira se torna verdade, e o seu sorriso forçado, um sorriso real.
Era nisso que ele queria acreditar, e por isso ele lutava sem cessar.
Nem toda a mentira é pecado. Nem toda a omissão é em vão. Nem todos nós seríamos totalmente compreendidos se toda nossa verdade viesse à tona.
Um homem. Causou tantos problemas a sua família, e a todos ao seu redor, que foi obrigado a se tornar um homem. Sair de casa, sair da cidade. Mudar de vida. Começou a estudar. Faculdade de Publicidade. E o que ele mais fazia, era estudar para aprender a se vender.
É verdade, ele conseguia muito bem, sendo o possuidor de uma lábia fenomenal.
Ninguém jamais soube da sua real verdade, da origem de sua família. Dizia ser filho de um homem rico, possuidor de empresas espalhadas por vários lugares do país, que cuidavam desde negócios com Bolsa de Valores até com Importação e Exportação de alimentos. Era filho único, e vivia num apartamento que o pai comprara para ele na metrópole paulista, aonde foi morar.
Para todos, ele havia escolhido viver ali pois, a cidade era grande, assim como ele próprio.
Ninguém sabia, que, toda manhã, quando ele se olhava no espelho, e sorria, ele via por trás do sorriso aquele garoto que sofreu, por ter vergonha da família que possuía. Um pai que trabalhava a anos na mesma empresa, no mesmo cargo, e não fazia nada para mudar.
Ele tinha vergonha da falta de esforço do pai, e raiva por ter tomado essa estagnação como herança.
Ele não queria mais ser quem ele era. Estudou muito para entrar numa faculdade pública, para gastar o dinheiro que o pai lhe mandava, com muito custo, diga-se de passagem, com roupas, aparencia.
O apartamento onde morava, era deprimente, mesmo dizendo aos outros que era luxuoso. É claro, ninguém jamais pisaria lá. Além dele próprio.
Ele se odiava, mas tinha que parecer confiante. Ele tinha que vencer na vida. Se esforçar, se ultrapassar, parecer melhor, para que talvez, um dia, ele mesmo consiga se orgulhar dele. Ele, até mais do que seu desejo de mostrar aos outros seu triunfo, queria provar para si mesmo que ele podia, quem sabe, ser bom.
E assim ele começava seu dia. Sorrindo, e mentindo. Porque, com o passar do tempo, a sua mentira se torna verdade, e o seu sorriso forçado, um sorriso real.
Era nisso que ele queria acreditar, e por isso ele lutava sem cessar.
Nem toda a mentira é pecado. Nem toda a omissão é em vão. Nem todos nós seríamos totalmente compreendidos se toda nossa verdade viesse à tona.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Repetição
É engraçado como somos insatisfeitos.
Quando está calor, nós queremos o frio, e quando está frio, ansiamos loucamente pela chegada do verão.
E, quando estamos ocupados, pedimos por férias todos os dias. E quando estamos de férias, não vemos a hora de voltar a rotina.
A rotina. Tudo sempre igual. Todos os dias.
Pode parecer tedioso, mas as vezes é o melhor. O inesperado as vezes assusta. A falta do que fazer, de ter que criar algo para passar o tempo, é cansativo.
É claro, assim se teria uma vida diferente, talvez até boa, mas, é muito ruim ter sempre de pensar no que se fazer.
A rotina é mais fácil. Com tanto o que se pensar, tantos problemas, tantas coisas a se resolver, a se fazer, não se pode sobrar tempo para ficar se pensando besteiras, criando problemas, e se martirizando. Se pensa e se faz apenas o que a rotina pede, e assim, machuca-se bem menos.
A rotina. É tão tediosa quanto o incerto, ou o nada pra fazer.
É a vida. Se tudo fosse fácil, não haveria graça de se viver. Se tudo fosse complicado demais, não se sentiria prazer nenhum em se continuar vivo.
É por isso que se criou um equilíbrio entre isso. A rotina, que lhe permite, e lhe proibe.
Quando está calor, nós queremos o frio, e quando está frio, ansiamos loucamente pela chegada do verão.
E, quando estamos ocupados, pedimos por férias todos os dias. E quando estamos de férias, não vemos a hora de voltar a rotina.
A rotina. Tudo sempre igual. Todos os dias.
Pode parecer tedioso, mas as vezes é o melhor. O inesperado as vezes assusta. A falta do que fazer, de ter que criar algo para passar o tempo, é cansativo.
É claro, assim se teria uma vida diferente, talvez até boa, mas, é muito ruim ter sempre de pensar no que se fazer.
A rotina é mais fácil. Com tanto o que se pensar, tantos problemas, tantas coisas a se resolver, a se fazer, não se pode sobrar tempo para ficar se pensando besteiras, criando problemas, e se martirizando. Se pensa e se faz apenas o que a rotina pede, e assim, machuca-se bem menos.
A rotina. É tão tediosa quanto o incerto, ou o nada pra fazer.
É a vida. Se tudo fosse fácil, não haveria graça de se viver. Se tudo fosse complicado demais, não se sentiria prazer nenhum em se continuar vivo.
É por isso que se criou um equilíbrio entre isso. A rotina, que lhe permite, e lhe proibe.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Recomeço?
Mais um ano começou.
Sinceramente, eu não entendo por que festejar ano novo.
Pra mim, dia primeiro é um dia normal, como qualquer outro.
E ano novo só serve pra acabar as férias e pra ficar mais velho.
Meio frio pensar assim né, mas fazer o que?
Apesar de que esse ano começou diferente, muita coisa boa tá acontencendo.
Então, talvez a maré de sorte de inicio de ano esteja batendo na minha porta,
e ela que ouse ir embora tão cedo...
E é isso, que seja bem vindo 2008, e toda e qualquer coisa que ele tenha a trazer.
Ps: o blog em ingles foi fechado. vergonhoso demais ;x
Sinceramente, eu não entendo por que festejar ano novo.
Pra mim, dia primeiro é um dia normal, como qualquer outro.
E ano novo só serve pra acabar as férias e pra ficar mais velho.
Meio frio pensar assim né, mas fazer o que?
Apesar de que esse ano começou diferente, muita coisa boa tá acontencendo.
Então, talvez a maré de sorte de inicio de ano esteja batendo na minha porta,
e ela que ouse ir embora tão cedo...
E é isso, que seja bem vindo 2008, e toda e qualquer coisa que ele tenha a trazer.
Ps: o blog em ingles foi fechado. vergonhoso demais ;x
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