O amor saiu pela porta de trás, em silêncio.
Deixou em cima da mesa uma carta, e uma embalagem.
Na carta deixou as lembranças, na embalagem, a saudade.
E junto com a saudade, um cartão que me questionava:
Me mostra o caminho de volta?
Sentei em um canto de sala com as lembranças em uma mão, com a saudade no colo e com a pergunta em outra, e enquanto isso as lágrimas percorriam meu rosto de forma lenta e silenciosa, montando uma máscara de solidão, agonia e sem a menor idéia de como proceder.
Olhei para cima, escancarei minha boca e puxei todo o ar que foi necessário para preencher meus pulmões afogados.
Deixei as lembranças e a questão no chão, então as guardei na caixa junto com a saudade.
Peguei a escada, a tempos guardada no canto escuro da garagem, e guardei no armário mais alto do almoxarifado.
Por mais que doa, por mais que eu saiba que eu voltarei a olhar o que o amor deixou, eu não vou, mais uma vez, pegar em sua mão e te fazer voltar.
Também já fui amor, misturado com paciência, por vezes com medo, em outras com carência, e ultimamente, vício, necessidade, mas após esta partida, só consigo ver no espelho alguém que chamo de orgulho.
Gostei muito do teu blog. Vou passar a visitar mais.
ResponderExcluirAbraço. :]
Perfeito.
ResponderExcluirTodos sofremos muito quando alguém que amamos nos deixa. Sofremos tanto, que chegamos ao ponto de não querer amar mais. Pra não sofrer novamente, eu acho. Nada anormal.
Mas o amor acontece. E sempre terá um novo alguém que o despertará em nós novamente. E aí o ciclo recomeça.