No próximo ato ele irá abraça-la. Ternamente.
Colocará a mão direita em suas costas e, segurando em sua mão esquerda, fará
com que ela incline seu tronco para trás, inclinando seu próprio sobre o dela,
como se dançassem. Mas estão parados, ambos.
Os olhos vidrados. Um encarando o outro. Os
dois corpos imóveis, como estátuas. Como que enfeitiçados, esperando que o
feiticeiro que os petrificou os tire daquela situação.
Como se presos aos olhos um do outro.
Reinavam solitários na sala vazia. As
paredes, o teto e o chão completamente brancos, assim como suas vestes e a pele
de ambos.
As primeiras gotas que chegaram ao chão eram
de um tom diferente do chão. Ou do teto. Ou das vestes de ambos.