Pisei com receio nas pedras
Ouvi as tuas verdades incertas
Desci a rampa, com medo
E desenhei teus olhos vagos
Numa folha de papel qualquer
Tentei colocar ali alguma cor
quarta-feira, 9 de julho de 2014
domingo, 6 de julho de 2014
Me deixa ser o rio.
Quando entrei na água corrente, pretendia apenas molhar os pés, ainda assim, com certo desgosto. Nunca imaginei, porém, que já no primeiro passo, eu mergulharia inteiramente na correnteza dos teus detalhes. Jamais imaginei, realmente, que me veria entregue com apenas um olhar de canto e um sorriso tímido, até de leve espanto ou desgosto inicial com minha presença. E agora, me encontro, então, afogado em tuas verdades e em tuas dúvidas.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Um Dia Como Outro Qualquer
Seria um dia como outro qualquer, querida. Apenas virar a página do calendário e seguir em frente, não é? Apenas olhar os ponteiros do relógio correndo, não é, querida? Porque estávamos tão acostumados com a rotina dos dias parados, que as nossas retinas já nem mais precisavam receber a luz para saber a imagem que estaria sendo decodificada e derramada em nossos olhos. Nós estávamos tão acostumados com o frio das paredes protegidas do sol pelas cortinas grossas que nos incomodava muito quando o sol invadia nossos cômodos e ousava trazer um pouco de sua luz quente para mudar a temperatura ambiente que criamos com tanto esmero aqui, em nosso lar.
Assinar:
Postagens (Atom)