domingo, 16 de agosto de 2015

Da Lua até Vênus

São todos esses dias
Aproximadamente 5, ou 6 - tenho preferido não contar pra não parecerem mais longos do que já os percebo
Todos esse acumulados de segundos que dão lar e espaço para incontáveis sentimentos atravessados
Anseio e espero pelo pior, com uma religiosidade absurda
Um culto ao pessimismo que me martiriza e que é alimentado diariamente por mim
Uma tendência muito grande - e pontuada pelas pessoas que rodeiam mais do que por mim mesmo - a iniciar discussões em decorrência das verdades que existem apenas naquilo que eu acredito ser a realidade
Sendo apenas Gabriel, sem o Garcia Marquez, não vivo um Amor em Tempos de Cólera, mas moldo bem o que eu acredito ser o amor nas curvas da minha ira e de todo o meu catálogo de traumas sociais
Repito que compreendo que você não os gerou e nem foi culpado por nenhum deles - visto o curto espaço de tempo que você faz parte do meu cotidiano
Mas espero que você possa entender que isso faz parte de mim e que me é bastante difícil me desprender dessa minha crença do que é o amor e de como tudo isso que trago de carga comigo influencia nessa minha visão
Pois, você bem sabe e já bem notou, que durante esses dias - aproximadamente 5 ou 6 (prefiro não contar mais com exatidão) - existe um certo descontrole e uma certa angústia que me são característicos
Que isso não faz do meu sentimento maior nem menor - se é que há possibilidade de mensurar algo tão abstrato e intangível como qualquer demonstração de sentimento
E que todos os espaços vazios que foram deixados - no lado da cama nos nós dos meus dedos no interior dos meus abraços - esperam ansiosamente pra que esse (alguns) dias terminem, para que então eles possam ser, novamente, preenchidos com você

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