terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Um jantar para estar com ele

Domingo.
00h.

Há quase 6h ela não tinha notícias de seu noivo, quando ele saiu de sua casa para voltar à dele.
Pediu um carro de aplicativo, desceu o elevador do prédio sozinho.
Não deu notícias de quando chegou em casa, nem durante a noite.
Não que ela precisasse que ele desse satisfação de cada passo, mas a completa ausência de informação a deixou preocupada.

02h.

E no meio das diversas tentativas de ligação, ela adormeceu.

09h.

Ela despertou, se sentindo muito cansada e com muita dor nas costas pela posição desconfortável em que pegou no sono.
Ainda não havia nenhuma mensagem dele, nenhuma ligação perdida, nenhum sinal de vida por nenhum meio.
Ela não hesitou. Chamou um carro para ir até o prédio dele. Não faz sentido tanto carro na rua num domingo de manhã, pensou ela, irritada com o trânsito e ansiosa pra chegar logo à casa dele. Saber se ele estava bem.

09h35.

Trinta e cinco minutos para um trajeto que nem é tão longo, e o coração dela já estava quase saindo pela boca.
Chegando no prédio, estava o porteiro que ela já conhecia. O porteiro disse que não sabia se ele estava em casa, tinha entrado no turno dele hoje às 06h da manhã. Ela agradeceu e pediu para entrar.
O elevador estava no 12º andar, e parecia que não iria chegar nunca. Uma vizinha cheia de bolsas estava saindo, bastante atrapalhada e não deixando com que ela entrasse.
Apertou o botão. 4º andar. Por sorte a cópia da chave da casa dele fica com ela.
Andando pelo corredor, ela começou então a fantasiar. E se ele estivesse morto lá dentro? E se ele estivesse com outra pessoa? E se ele só estivesse a evitando e quando ela entrasse ele chamasse a polícia? Ela abriu a porta.
E nada disso aconteceu. Ele simplesmente não estava lá.

12h.

Não havia fome alguma para almoçar. Ela não sabia o que fazer.
Ela não queria ligar para a mãe dele, que morava em outra cidade, e preocupá-la a ponto de ela se locomover tantas distâncias para procurar por alguém sem pista alguma.
Ela ligou para a polícia, e eles disseram que precisavam de 24h para considerar alguém desaparecido, por mais que ela chorasse e pedisse desesperadamente. Quando ela se exaltou e gritou ao telefone, desligaram na cara dela.

16h.

Ela andava de um lado para o outro em seu apartamento. Em algum momento, o vizinho debaixo iria reclamar dos passos ininterruptos que pareciam querer furar o teto de sua casa nas últimas 4 horas. Ela já não chorava mais, já não haviam mais lágrimas. Ela só andava de um lado para o outro, em completo desespero, esperando algum sinal dele ou o relógio marcar 18h para que enfim a polícia aceitasse seu pedido de ajudas. Caralho de 24 horas, ela pensava.
E então, seu telefone tocou. Ela correu até a mesa onde havia deixado-o e olhou para a tela. Era o contato do seu noivo ligando. Seus olhos encheram de água e ela atendeu.
- Boa tarde.
Para sua surpresa, a voz que a cumprimentou não era a voz que ela esperava ouvir. Era uma voz que ela não ouvia há 6 anos.
- O... o... o... o que... mas... o que... - ela não conseguia formular uma única frase.
- Oi, tudo bem? Você não vai perguntar como eu estou? Que falta de educação, você era mais educada antes - o homem falava com um tom calmo, e era possível escutar o sorriso malicioso na sua voz.
- CADÊ ELE? O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO COM O TELEFONE DELE? - ela então começou a gritar, assustada, desesperada, furiosa, amedrontada. Todos os sentimentos ao mesmo tempo e seu coração prestes a explodir.
- Ei ei, se acalma. Fica calma. Desse jeito não vamos conseguir conversar direito.
- E O QUE EU QUERO CONVERSAR COM VOCÊ, SEU MERDA, CADÊ ELE?
- Eu vou desligar.
E desligou.
Ela ficou incrédula. Apavorada. Sentou no sofá e começou a chorar copiosamente. Por que seu ex-namorado estava com o telefone do seu noivo? O que ele queria com ela tantos anos depois? O que ele fez com o seu noivo? Será que agora a polícia prestaria atenção nela?

16h10.

Antes que ela conseguisse ter alguma reação, o telefone tocou de novo.
O contato do seu noivo.
Dessa vez, quando ela atendeu, já sabia qual voz a esperava.
- Tá mais calma?
- Por favor... por favor... o que você fez com ele?
- Você tá mais calma?
- Sim, eu tô mais calma. Por favor... - a voz dela voltava a ficar embargada.
- Ele está comigo. Você logo pode estar com ele também, tá?
- T-t-tá... Tá - uma lágrima escorreu em seu rosto - O que você precisa? Eu não tenho dinheiro. Eu não sei se a família dele vai ter o suficiente para pagar um resgate.
Ele deu uma gargalhada exageradamente satisfeita do outro lado da ligação.
- Eu não quero dinheiro dele. Eu quero algo muito simples. Eu quero que você aceite que eu faça um jantar pra você.
- O QUE? - ela gritou, surpresa.
- Ei ei, calma... É muito simples. Eu quero cozinhar um jantar pra você. Hoje. 19h.
- O que te faz pensar que eu quero JANTAR, seu maluco?
- Você não quer saber do seu noivo? Então precisa jantar comigo, uma última vez antes do seu casamento. Aliás, que dia é mesmo? Dia 21 de Junho, né?
- C... C... Como você sabe? - ela ficou bastante assustada, visto que ela não havia publicado em lugar algum a data do seu casamento, e ela havia convidado literalmente 40 pessoas. Nenhuma delas tinha contato com seu ex-namorado.
- E isso interessa agora?
Um silêncio durou por quinze segundos.
- Aceita jantar comigo? Eu mando um carro te buscar. - ele perguntou novamente. - E... ah! Presta atenção, seu interfone vai tocar agora. Você vai precisar descer buscar uma caixa. Já coloca esses chinelos pretos que estão ao lado da sua porta e desce buscar, e coloca o roupão que está em cima da sua cama também, não desce com essa camisola não. Quem está de plantão hoje é aquele porteiro machista, você não gosta muito dele.
Ela estava catatônica. Ele estava vendo-a dentro da sua própria casa. Como ele conseguiu isso? Como ele fez isso? No meio do seu susto, o interfone toca. Ele desliga o telefone.
- Sim, já estou descendo. 
Ela veste o roupão e os chinelos, e desce até a portaria. Ela não sabe como suas pernas estão se movendo, está sentindo seu corpo completamente gelado e sem vida. Ele a está vigiando, há quanto tempo? Há quanto tempo ele assiste sua vida como quem vê um programa de televisão?
Na portaria, realmente está o porteiro inconveniente. Ela não olha nos olhos dele, pega a caixa e vê o bilhete escrito "Só abra quando eu te ligar". Ela sobe até seu apartamento.

16h40.

O telefone volta a tocar.
- Está com a caixa?
- Sim - ela respondeu seca, ainda sem entender como e porquê tudo isso estava acontecendo com ela.
- Coloca ela em cima da mesa antes de abrir. Isso. Agora pode abrir. - ele dava os comandos, deixando claro que estava vendo-a fazer cada movimento.
Ela abriu a caixa e automaticamente começou a chorar desesperada. Dentro de um plástico lacrado à vacuo, estava o dedo do seu noivo com a aliança de noivado deles.
- POR FAVOR POR FAVOR NÃO MATA ELE POR FAVOR EU JANTO COM VOCÊ POR FAVOR EU JANTO COM VOCÊ.
- Ei, calma. Eu não quero que você aceite esse pedido nesse desespero. Respira um pouco... Isso... Respira. Quer um copo de água antes de continuar?
Ela respirou fundo, desviou o olhar da caixa, e continuou.
- Não. Não quero água. Eu aceito jantar com você.
- Ah, que ótimo! Eu fico muito feliz! Já sei o que vou cozinhar pra gente! - ele responde todo animado -Pelo que eu vi, seus gostos culinários não mudaram muito. A única coisa que reparei é que você deixou de ser vegetariana, juro que eu não esperava por isso. Mas, tudo bem, você vai amar o que eu vou fazer pra gente! Agora, eu preciso que você pegue esse pacote que está embaixo do pacote plástico com... bem, você já entendeu.
Ela, sem olhar para dentro da caixa, puxa lentamente o pacote preto que está embaixo do plástico com o dedo do seu noivo, e escuta quando o membro decepado toca o tampão da mesa e o pacote preto sai da caixa. Seu estômago embrulhou, ela acreditou realmente que iria vomitar. Ela abriu o pacote. Havia um vestido de cetim, verde escuro, dentro do pacote, e uma sandália de salto da mesma cor.

- Eu sempre te achei linda de verde, e pelo que eu vi, seu tamanho não mudou muito. Acredito que esse vestido vá te servir. Venha com ele, tá bem?
Ela não respondia nada.
- Ah, e não tente chamar a polícia, porque senão o restante do corpo vai chegar em uma mala pra você, tá? O carro passa te buscar às 18h40. Até mais tarde.
Ele desligou.

18h20.

Ela saiu do banho e olhou para o vestido esticado em sua cama. Após a ligação, ela tentou ligar de novo para o número. Desligado.
Ela cogitou ligar para a polícia, mas com ele vigiando-a e com o dedo do seu noivo decepado, ela temeu verdadeiramente pela vida dele. Ela temia também pela sua própria vida, mas acreditava que, naquelas circunstâncias, ir ou não ir já era correr risco de vida, com ele observando não somente dentro do seu apartamento, como também todo o seu prédio. Não havia para onde correr.
Ela colocou o vestido, os sapatos, passou uma maquiagem leve, e seu interfone tocou.
- Tem um carro esperando a senhora aqui embaixo.
Ela desceu e entrou no carro preto, que tinha uma divisória entre ela e o motorista. e as janelas completamente escuras que não a permitiam ver nada do lado de fora. Ela foi para o jantar.

19h.

O carro para uma vez. Ela ouve o barulho de um portão abrindo. O carro entra na garagem e para novamente. Alguém abre a porta do veículo. Era ele.
Seu ex-namorado da adolescência, com quem ela havia namorado dos 15 aos 18 anos, ele dois anos mais velho do que ela, e com quem ela terminou pois foi morar em outra cidade e não conseguiu lidar com o relacionamento a distância. Ele sofrera mais do que ela com o término, tentou procurá-la por um ano, até ela começar o seu atual relacionamento, e depois ele desapareceu. Ela nunca mais soube notícias dele. Até o presente momento.
- Boa noite! Nossa, você realmente ficou linda com esse vestido. Você sempre está linda.
- Boa noite - ela respondeu seca, mas olhou para ele. Ele continuava muito parecido, apenas com a barba mais longa. Ele nunca fora um homem feio, mas nesse momento, aos olhos dela, ele era o ser humano mais horrível do mundo.
- Vamos entrar?
Eles entram na casa, uma cabana rústica porém muito bonita, com uma sala ampla, toda de madeira, e uma mesa posta. A cozinha era conjugada com a sala, dividida apenas por um balcão longo de madeira onde já estava colocado um prato pronto.
- Como eu sei que você deve estar com fome, já que não comeu o dia todo, eu já passei o dia preparando nosso jantar.
- POR QUE VOCÊ ESTÁ... - ela começou a gritar e gesticular com raiva, mas longe dele pois não sabia do que ele era capaz.
- Eu vou precisar que você converse com calma comigo, eu não vou te responder aos gritos. - ele respondeu calmamente. - Vamos nos sentar?
Ela sentou-se em uma das pontas da mesa de 6 lugares, também toda de madeira escura. Ele veio até ela e serviu uma taça de vinho tinto, e deixou ao lado dela uma garrafa de água. Foi até o outro lado da mesa, serviu-se de vinho e foi até o balcão buscar o primeiro prato.
- Nosso jantar vai ter 3 etapas, duas entradas e um prato principal. Você lembra como eu adorava cozinhar pra você? Eu lembro que eu aprendi a cozinhar só pra poder fazer alguns pratos vegetarianos pra você, já que na nossa cidade não tinha nenhum restaurante que fizesse pratos sem carne decentes. Mas bem... agora você come carne, né, que eu sei - disse ele, dando uma risadinha de canto de boca - E para a nossa entrada, temos Carpaccio de Filé Mignon,  temperadas com azeite trufado, alcaparras, lascas de parmesão e um toque de limão siciliano, e umas torradas de pão artesanal para acompanhar.
Apesar da revolta e do medo em que se encontrava, ao olhar para o prato lindamente apresentado com mais atenção, seu estômago respondeu de forma diferente de sua razão. Ela realmente estava com muita fome, já fazia um dia inteiro que ela não se alimentava de absolutamente nada. Ela se serviu do carpaccio.
- E aí, aprovado?
Ela engole e acena com a cabeça.
- O que você quer de mim? Por favor, o que você fez com ele?
- Poxa, calma. Eu te preparei todo esse jantar e a gente só vai falar dele? Me conta de você.
- Você não sabe tudo sobre mim, já que está me vigiando dentro da minha casa?
Ele gargalhou.
- Não sei de tudo, faz só alguns meses que eu estou te acompanhando. Quero saber como foram esses 6 anos desde que nos vimos pela última vez. Como está a carreira? Terminou a faculdade?
- Eu terminei, ano passado. A carreira vai bem. Fui efetivada na agência onde fiz estágio, tenho alguns projetos interessantes.
- Terminou a faculdade ano passado e já ficou noiva. Por que a pressa?
- Não é do seu interesse.
- Claro que me interessa. Eu achei que você tinha vindo para uma cidade maior para viver sua vida, descobrir novas coisas, e agora que você não tem mais compromissos de estudar, que você poderia aproveitar muito mais tudo isso que você veio procurar quando me deixou, você vai se casar? - ele soava extremamente passivo-agressivo, porém sorria.
- Você ainda está chateado comigo por que eu não queria continuar um namoro à distância? Eu era muito nova, você também. Nossa cidade é longe, nós nos veríamos poucas vezes ao ano, não seria possível pra nenhum de...
Ele a interrompeu.
- Aceita mais vinho? - ele se levantou, serviu a taça dela - Vou pegar nosso segundo prato.

19h30.

Ele vai até a cozinha, e retira uma forma do forno elétrico. Volta à mesa, retira os pratos sujos e o restante do Carpaccio. Pega dois pratos fundos e serve a segunda entrada.
- Esse é um ravioli recheado com ossobuco cozido lentamente até desmanchar, servida com manteiga de sálvia e lascas de parmesão. Eu mesmo que fiz a massa.
- A cara está muito boa mesmo.
- Obrigado! Espero que você goste!
Ela dá um gole pequeno no vinho.
- Você não vai me responder?
- Eu não lembro, o que foi que você me perguntou?
- Se você ainda está chat...
Ele a interrompeu novamente.
- E como foi que você conheceu ele?
- Oi?
- Como foi que você conheceu ele, seu noivo.
- Por que você quer sab...
Ele deu um soco na mesa, um pouco do vinho derramou da taça dela e caiu sobre a mesa. Ele levantou rapidamente, pegou um pano do balcão, limpou e voltou a se sentar. Sorriu.
- Você tava contando...
Ela estava com os olhos arregalados. Foi a primeira reação violenta que ele teve desde o início do jantar, e ela percebeu que seria prudente responder ao que lhe era perguntado.
- N... Num... Num evento - ela gaguejou - Em um evento que eu fui, com a empresa, logo no início do estágio. Ele estava nesse evento, representando uma empresa de software. Nós trocamos olhares durante o dia, nos encontramos na festa do evento que teve durante à noite, e estamos juntos desde então.
- E os seus chefes não ficaram bravos que você estava flertando no horário de trabalho?
- Nós nos envolvemos somente na festa, isso não impactou no meu trabal...
- Gostoso?
- Oi? - ela ficou chocada com a pergunta.
- O ravioli. Tá gostoso?
- Ah. Sim, muito bom.
- Que bom que você gostou. Eu mesmo que fiz a massa.
Terminaram o ravioli em silêncio.
Ele se levantou, tirou os pratos sujos da mesa e foi até a cozinha. Tirou algo grande do forno. Cortou dois pedaços, serviu em dois pratos rasos, despejou um molho por cima e serviu purê de batata no prato.
Voltou à mesa, serviu mais vinho nas taças, em completo silêncio.

20h.

Ele voltou à mesa com os dois pratos.
- Agora, o principal! Faz horas que eu estou preparando esse, eu espero de verdade que você goste! Filé Wellington, servido com purê de batata-doce amanteigado e molho roti reduzido no vinho tinto. Bon appétit!
Ela cortou o filé e percebeu que a carne estava perfeitamente no ponto. Hesitou, mas provou. Era irritante admitir, mas ela nunca havia comido uma carne tão bem preparada em toda sua vida. Desde que deixou de ser vegetariana, há mais ou menos dois anos, ela ainda se acostumava com alguns preparos de carne, porém se pegou pensando que poderia comer uma tão bem preparada assim todos os dias. Quando se deu conta de quem havia preparado o prato, afastou os pensamentos da sua cabeça, mas ainda saboreava o prato.
- E você nunca mais quis voltar pra nossa cidade? - ele voltou a perguntar.
- Voltar... como assim? Minha vida está aqui, minha carreira, meu n... - agora, ela mesma se interrompeu. Ele voltou a falar.
- Mas nem para visitar, encontrei sua mãe no mercado e perguntei por você, ela disse que você não tinha mais ido até lá.
- Hoje, eu só tenho meus pais lá, e quando sentimos saudades, eles vêm me visitar aqui.
- Um pouco egoísta da sua parte, não? Ainda mais agora, uma profissional bem sucedida, e seus pais precisam pagar a viagem para cá para poder te ver. Importante demais para colocar os pés no interior?
- Não é sobre isso...
- Você sempre foi um tanto arrogante mesmo. Demais para o mundinho de onde nasceu. Até ingrata, eu diria.
- Você queria jantar comigo para quê? Para me humilhar?
- Não, claro que não. Eu te chamei para jantar para reunir você com o seu noivinho. Já esqueceu dele tão rápido assim?
- VOCÊ NÃO OUSE FALAR D... 
- Ei ei - ele a interrompeu novamente - tom baixo pra gente conversar, lembra?
Ela respirou fundo. Deu a última garfada do filé. Tomou um gole do vinho. Respirou fundo novamente.
- Já que eu estou aqui para me reunir com o meu noivo, você vai me dizer onde ele está?
- Como assim? Que dúvida é essa?
Ela não entendeu a pergunta.
- Você. Sequestrou. Meu. Noivo. - ela falava em tom baixo, mas pausadamente, contendo a vontade de bradar e virar a mesa em cima do homem sentado do outro lado. - Onde ele está?
- Ele está com você. Eu não entendi sua pergunta.

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