- Hey... acorde...
Era só isso que ela dizia ao rapaz ao seu lado.
Ela já tinha visto vários tipos de rapazes, homens, garotos, mas nenhum que se negasse a acordar depois de 12 horas dormindo na mesma posição. Ela sabia que o sexo dela era bom, mas nunca imaginou que ele derrubaria alguém durante tanto tempo.
Estava ficando assustada. Será que ele estava morto?
Não, ele ainda respirava, ainda tinha pulso. Mas estava desacordado a 12 horas.
Ela foi até o banheiro, e, estando em contato com a água, teve uma idéia.
Pegou um balde, encheu de água, e jogou sobre o rapaz.
Ele se mexeu um pouco, sem abrir os olhos primeiramente, depois os abriu calmamente.
- O que é tudo isso?
- Como assim?
- Que lugar é esse?
- Sua casa!
- Casa?
- Sim, aonde você mora.
Ela não entendia como uma noite de sexo podia causar amnésia, mas parece ter causado.
- Hm, mas... não é isso que quis dizer com a minha pergunta...
- O que foi então?
- O que eu estou fazendo aqui?
- Como assim?
- Hmm... quero dizer... o fato de eu ver, de respirar, de sentir... significa que eu estou vivo?
- Sim, eu acho.
E de tanta que eram os problemas, as tristezas, os medos dele, uma única noite de extremo prazer conseguira apagar tudo de ruim que ele já tinha passado. Ele esqueceu o que é viver. Passou a saber nada sobre aquilo que chamamos de vida.
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