medo de lugares fechados. medo de lugares vazios. medo de aranha. medo de escuro. medo de fogo. medo de água. medo de se sentir esquecido. medo de ser perseguido. medo de fracassar. medo de cair. medo de sangue. medo de remédio. medo de rejeição. medo de sentir medo.
tudo isso e mais um pouco, era tudo o que ele podia dizer que sentia.
mas continuava a viver. até um dia já pensou em fazer uma bolha para não ter que entrar em contato com o resto do mundo. mas ele tinha medo de se sentir sufocado. e medo de que a bolha estourasse e ele não conseguisse sair de dentro dos restos dela. e medo de que os outros zombassem dele.
medo. de que adianta se viver com medo? ele então pensou em se matar. mas ele tinha medo da dor, e tinha medo do inferno. e decidiu continuar a viver. mas ele tinha medo de continuar vivo tendo que respirar o ar e comer o alimento e beber a água poluída deste mundo.
medo. ele não sabia mais o que fazer. e isso era um problema. ele tinha medo da indecisão.
procurou um psicologo e não falou nada. ele tinha medo de se expor.
e mesmo se a porta de um futuro promissor se abrisse perante ele, ele simplesmente teria medo de seguir ao desconhecido, mesmo sabendo que tudo melhoraria daquele dia em diante.
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