"E você disse: - Eu sei que isso irá doer,
mas se eu não quebrar seu coração,
as coisas só irão piorar.
Se a carga estiver muito pesada para carregar,
lembre-se:
O final justificará a dor que foi necessária para nos trazer aqui.”
Relient K - Let It All Out
mas se eu não quebrar seu coração,
as coisas só irão piorar.
Se a carga estiver muito pesada para carregar,
lembre-se:
O final justificará a dor que foi necessária para nos trazer aqui.”
Relient K - Let It All Out
Conversar. Ele disse que queria conversar. E no meu interior, eu já sabia o que ele queria conversar, e talvez eu não devesse ir. Eu não queria ir, eu não queria ouvir, não queria saber. Quem sabe se eu não fosse, ele teria mais tempo pra pensar, não é?
Talvez não, pra quem eu estava mentindo? No fundo, eu sempre soube. Eu sempre soube que na verdade tudo aquilo seria passageiro, momentâneo. Fogo. Que queima, arde, deixa sua marca, mas é apagado... E as cinzas, são só as cinzas, que você varre e esquece depois de um tempo. Talvez pra ele. Não para mim.
Eu sempre soube também, que apesar das tentativas de me corresponder, os sentimentos não eram iguais. E eu me questiono, será que eu sou tão ruim a ponto de não conseguir cativá-lo para permanecer comigo?
Porém, talvez não seja minha culpa... Porque eu também sei, que mesmo não mais comentando sobre ele, aquele antigo sentimento ainda permanece dentro dele. O outro amor, na verdade, o verdadeiro amor, e talvez seja impossível de vencê-lo... pelo menos agora, a curto prazo, no momento que o sentimento está forte em mim.
Talvez ele nunca acabe, e eu me oferecerei a esperar, esperar por tudo que ele está passando, não sei se ele irá aceitar, mas eu sei que o que eu sinto existe a muito tempo e não será agora que irá acabar.
Mas teria que acontecer algo. Eu teria que enfrentar a verdade, conversar. Cada passo que eu dava para ir até onde ele me esperava, era mais curto, querendo aumentar a distância, distanciar-me do fim. Chegando mais perto, eu já o via sentado, de costas, no banco. Aquele mesmo banco de sempre, um círculo de bancos todos iguais, mas nós sempre estávamos no mesmo, era sagrado. Ele estava sentado no encosto, com as costas curvadas, e os cotovelos apoiados nos joelhos, com os pés sobre o assento. Eu sorri, ele sempre do mesmo jeito. Tão lindo, mesmo de costas.
Chegando até ele, abracei-o por trás, e ele veio com o corpo e encostou suas costas no meu peito, e de olhos fechados, encostou seus lábios nos meus. Tentei prosseguir com o beijo, mas ele não permitiu, distanciando sua boca da minha. Olhou pra mim com um olhar que não pertencia ao garoto feliz e amável que estava sempre ao meu lado, mas a alguém cansado, triste, se sentindo bastante pra baixo... Era assim que eu via ele, e isso aumentou ainda mais o meu medo do que viesse a acontecer. Ele pegou na minha mão, e pediu para que eu ficasse na frente dele, e sem rodeios, começou a falar.
- Sabe, existem coisas que não são simples de apagar da vida de alguém. Existem coisas que aconteceram muito recentemente comigo que eu simplesmente não posso esquecer assim, num piscar de olhos. Eu sei, eu sinto que o que você sente por mim é verdadeiro, eu vejo que você faz por mim mais do que muitas pessoas já fizeram, mas agora eu simplesmente não posso te retribuir, eu não consigo. Me desculpa, mas por enquanto, eu não posso estar contigo. Não tenho forças, nem sentimentos, pra responder os teus 'Eu te Amo' dizendo 'Eu também' olhando nos teus olhos.
Eu, que pensei em propôr algumas coisas a ele, me vi então sem palavras. Apenas abracei-o, e ele então me beijou. Talvez o último, talvez a despedida. Ali, abraçado com ele, eu queria ficar pra sempre. Queria prendê-lo comigo e poder mudar tudo, mas sei que é impossível. Olhei nos olhos dele, e vi seus olhos marejados. Esbocei um sorriso, bem pequeno, pra que ele se acalmasse. Segurei suas duas mãos, as apertei, e saí, sem dizer uma palavra.
Ele voltou a posição de antes, com os cotovelos sobre os joelhos, e eu tomei o caminho de volta. A uma certa distância, as lágrimas começaram a correr silenciosas pelo meu rosto, e eu sentia, passando por todo meu corpo, a dor, como se um veneno muito forte estivesse correndo em minhas veias. Eu que nunca pensei que o que eu sentia poderia ser algo mais, acabo vendo que ultrapassava todos os sentidos do que eu esperava.
Talvez não, pra quem eu estava mentindo? No fundo, eu sempre soube. Eu sempre soube que na verdade tudo aquilo seria passageiro, momentâneo. Fogo. Que queima, arde, deixa sua marca, mas é apagado... E as cinzas, são só as cinzas, que você varre e esquece depois de um tempo. Talvez pra ele. Não para mim.
Eu sempre soube também, que apesar das tentativas de me corresponder, os sentimentos não eram iguais. E eu me questiono, será que eu sou tão ruim a ponto de não conseguir cativá-lo para permanecer comigo?
Porém, talvez não seja minha culpa... Porque eu também sei, que mesmo não mais comentando sobre ele, aquele antigo sentimento ainda permanece dentro dele. O outro amor, na verdade, o verdadeiro amor, e talvez seja impossível de vencê-lo... pelo menos agora, a curto prazo, no momento que o sentimento está forte em mim.
Talvez ele nunca acabe, e eu me oferecerei a esperar, esperar por tudo que ele está passando, não sei se ele irá aceitar, mas eu sei que o que eu sinto existe a muito tempo e não será agora que irá acabar.
Mas teria que acontecer algo. Eu teria que enfrentar a verdade, conversar. Cada passo que eu dava para ir até onde ele me esperava, era mais curto, querendo aumentar a distância, distanciar-me do fim. Chegando mais perto, eu já o via sentado, de costas, no banco. Aquele mesmo banco de sempre, um círculo de bancos todos iguais, mas nós sempre estávamos no mesmo, era sagrado. Ele estava sentado no encosto, com as costas curvadas, e os cotovelos apoiados nos joelhos, com os pés sobre o assento. Eu sorri, ele sempre do mesmo jeito. Tão lindo, mesmo de costas.
Chegando até ele, abracei-o por trás, e ele veio com o corpo e encostou suas costas no meu peito, e de olhos fechados, encostou seus lábios nos meus. Tentei prosseguir com o beijo, mas ele não permitiu, distanciando sua boca da minha. Olhou pra mim com um olhar que não pertencia ao garoto feliz e amável que estava sempre ao meu lado, mas a alguém cansado, triste, se sentindo bastante pra baixo... Era assim que eu via ele, e isso aumentou ainda mais o meu medo do que viesse a acontecer. Ele pegou na minha mão, e pediu para que eu ficasse na frente dele, e sem rodeios, começou a falar.
- Sabe, existem coisas que não são simples de apagar da vida de alguém. Existem coisas que aconteceram muito recentemente comigo que eu simplesmente não posso esquecer assim, num piscar de olhos. Eu sei, eu sinto que o que você sente por mim é verdadeiro, eu vejo que você faz por mim mais do que muitas pessoas já fizeram, mas agora eu simplesmente não posso te retribuir, eu não consigo. Me desculpa, mas por enquanto, eu não posso estar contigo. Não tenho forças, nem sentimentos, pra responder os teus 'Eu te Amo' dizendo 'Eu também' olhando nos teus olhos.
Eu, que pensei em propôr algumas coisas a ele, me vi então sem palavras. Apenas abracei-o, e ele então me beijou. Talvez o último, talvez a despedida. Ali, abraçado com ele, eu queria ficar pra sempre. Queria prendê-lo comigo e poder mudar tudo, mas sei que é impossível. Olhei nos olhos dele, e vi seus olhos marejados. Esbocei um sorriso, bem pequeno, pra que ele se acalmasse. Segurei suas duas mãos, as apertei, e saí, sem dizer uma palavra.
Ele voltou a posição de antes, com os cotovelos sobre os joelhos, e eu tomei o caminho de volta. A uma certa distância, as lágrimas começaram a correr silenciosas pelo meu rosto, e eu sentia, passando por todo meu corpo, a dor, como se um veneno muito forte estivesse correndo em minhas veias. Eu que nunca pensei que o que eu sentia poderia ser algo mais, acabo vendo que ultrapassava todos os sentidos do que eu esperava.
"Eu estive querendo, esperando, com esperanças, rezando
Eu sinto como se eu estivesse sufocando mas não a nada que resta pra perder
Se tudo aquilo que eu tenho é a mais doce negação,
se tudo que eu posso dar é o resto da minha vida
Então eu estou fingindo que eu posso sobreviver sem você
Eu pensava que eu era mais forte que o amor
mas eu acho que ninguém é imune"
Melanie C - Immune
Eu sinto como se eu estivesse sufocando mas não a nada que resta pra perder
Se tudo aquilo que eu tenho é a mais doce negação,
se tudo que eu posso dar é o resto da minha vida
Então eu estou fingindo que eu posso sobreviver sem você
Eu pensava que eu era mais forte que o amor
mas eu acho que ninguém é imune"
Melanie C - Immune
Alguém que também gosta de Relient K. Ressaltando ainda, Melanie C, que é fantastico.
ResponderExcluirBom gosto, como esse seu, que geram trechos e textos lindos como esse acima.
o pior é que quando escrevo textos assim, fico com um tanto triste... talvez porque não passo de um "cold fish"...
ResponderExcluirnão sei se te parabenizo pelo texto ou se te dou meus pesames, se o texto for baseado num fato verídico.
adorei seu comentario,
ResponderExcluirfoi exatamente isso que quis dizer.
engraçado como as vezes entendem a gente!
eu tb jah quebrei o coração pras coisas naum piorarem... inclusive foi o meu!
abs
Hey man, Mudei de blog;
ResponderExcluirvo te linkar aqui ~
linka aê tbm, esse novo