Olho tudo e não compreendo
Como eu pude me permitir a tanto.
Se quando tudo fica bem, eu vejo algo e lembro
Algo que machuca e me leva de volta ao pranto.
Não é sua culpa, eu sei,
Feridas ficam até cicatrizar,
Tudo que acontece não é algo escolhido,
Mas talvez voce possa mudar o que está escrito.
Foi minha decisão,
Que eu vi como resolução
Entrar nesse jogo pra tentar ganhar,
Viver esse mistério a fim de solucionar.
Cada confim da sua alma,
Cada toque da sua palma,
Cada jeito do seu ser,
Cada rastro do seu viver.
E como em território desconhecido
Dando passos leves com medo que o inimigo
Tenha enterrado a bomba em qualquer lugar
Pra que eu possa pisar e em mim ela estourar.
Se olhar em meus olhos você poderá ver
Que tudo que eu quero é poder fazer
O melhor, ser tudo que pode voltar a te fazer sorrir,
Algo bom que em ti realmente pode existir.
Mas o que dói continua a residir
Em sua vida, o passado vem a persistir
E o presente que eu vim pra contigo vivenciar
Parece apenas coadjuvar.
Que meu toque não te faça lembrar dele,
Que o que eu faça seja único real,
Que quando você sinta minha pele,
Saiba que é fiel, é leal.
Cada confim da minha alma,
Cada toque da minha palma,
Cada atitude do meu ser,
E agora é por ti meu viver.
Porém, continuo em território desconhecido,
Ainda sentindo a presença do inimigo
Que posicinou explosivos em todo seu ser
Pra que o que existe entre nós não queira viver.
Mas eu vou persistir, eu vou conhecer
Este inimigo invisível, e vou querer vencer.
Como um soldado num campo minado
Eu vou atravessar este deserto passando por cada obstáculo.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
A Saída
Morte.
É tão fácil ver isso como solução. Um caminho sem volta, que aparentemente te livra de todos os seus problemas, sem pensar na dor que pode causar a outros, sem nada disso. É uma dor momentânea, que te livra de todos os outros sofrimentos. Eu acredito que pelo menos uma vez na vida todas as pessoas já pensaram nisso, em até, quem sabe, tirar a própria vida. Mas aí exige coragem, exige sangue frio, exigem vários pontos que nem todos alcançam.
Mas morrer, talvez seja um caminho mais fácil do que lutar pelo que se quer. O problema é, e se talvez, em vez de desistir, e colocando só um pouco mais de esforço, se alcançasse tudo aquilo que tanto se sofreu para conquistar, e ainda, isso levasse a muitas outras benéfices?
Aí fica a dúvida, e aquilo de nunca saber o que poderia realmente acontecer no restante da vida, e aí, causa-se uma nova dor.
Dor, sofrimento, problemas... o alicerce da vida de qualquer pessoa, mesmo daquele cujo sorriso não sai da sua cara. Talvez, por trás daquela máscara-sorriso, esteja uma dor que você jamais suportaria.
É tão fácil ver isso como solução. Um caminho sem volta, que aparentemente te livra de todos os seus problemas, sem pensar na dor que pode causar a outros, sem nada disso. É uma dor momentânea, que te livra de todos os outros sofrimentos. Eu acredito que pelo menos uma vez na vida todas as pessoas já pensaram nisso, em até, quem sabe, tirar a própria vida. Mas aí exige coragem, exige sangue frio, exigem vários pontos que nem todos alcançam.
Mas morrer, talvez seja um caminho mais fácil do que lutar pelo que se quer. O problema é, e se talvez, em vez de desistir, e colocando só um pouco mais de esforço, se alcançasse tudo aquilo que tanto se sofreu para conquistar, e ainda, isso levasse a muitas outras benéfices?
Aí fica a dúvida, e aquilo de nunca saber o que poderia realmente acontecer no restante da vida, e aí, causa-se uma nova dor.
Dor, sofrimento, problemas... o alicerce da vida de qualquer pessoa, mesmo daquele cujo sorriso não sai da sua cara. Talvez, por trás daquela máscara-sorriso, esteja uma dor que você jamais suportaria.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Um Único Pensamento
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Sufoca-me em Ti
De tudo que uma pessoa pode oferecer a alguém,
tudo que eu te peço é um abraço.
Um abraço apertado, daqueles que só você pode me dar.
Abraço carinho, afeto,
Abraço proteção.
Bem apertado, como se nunca fosse soltar,
e, se quiser, nunca me solte.
Se você quiser, eu não faço objeção,
eu me deixo segurar, eu me deixo prender,
eu me deixo ficar entre seus braços,
seus braços, abraço.
Meu rosto em seu ombro, sinto o perfume em seu pescoço,
enquanto suas mãos acariciam minhas costas,
O seu carinho. O seu abraço.
Me proteja, me guarde, me faça seu,
Faça de mim o que quiser.
Serei seu,
Por um preço bem singelo.
Um sorriso, um abrigo.
Um abraço.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Apenas Mais Um
Joguete, marionete, existência vazia, pronta pra ser manipulada, modelada, completamente modificada.
Pessoa perdida em devaneios, sem anseios, sem desejos.
Seguindo em frente apenas porque continua a respirar.
Não vê futuro, apenas os passos que dá para chegar em qualquer lugar, para ali ficar, apenas por estar, para mostrar que vive, que sonha, que tenta, que faz... Que nada, não faz é coisa alguma.
Os outros mostram suas garras, ele se deixa arranhar, e a falta de caráter dos que o rodeiam parece nunca o machucar.
Mas é que lá dentro dele, ele tentava guardar, todas as dores, problemas, raivas e decepções, mantendo todo o rancor incubado, guardado, inexplorado pensando no dia em que fosse explodir de tanta fúria, e dor, e mágoa, e pavor.
Ele guardou e manteve tudo escondido, silenciado, guardado lá nos confins dele mesmo,
e de tanto prender, esconder, ele acabou se perdendo em si mesmo.
Agora ele é só um fruto do silêncio, da escuridão. Não mais vive, apenas existe, habita, respira, se alimenta.
Sem propósitos, sem objetivos, sem sonhos, sem explicação de ser.
Ele é vazio, oco, sem perspectiva, sem vida. Ele deixa que os outros façam dele o que quiserem, não reage contra, apenas age a favor daqueles que querem o destruir, que querem vê-lo reagir. Ele não reagirá, pois é joguete, marionete, existência vazia, pronta pra ser manipulada, modelada, completamente modificada.
E assim permanecerá.
domingo, 24 de agosto de 2008
Eu Me Transformo em Outros
Às vezes eu acho que eu tenho algum distúrbio emocional, pois em questão de minutos, eu passo de uma euforia suprema para uma tristeza incontrolável. Eu não tenho controle sobre mim mesmo, algo que eu queria ter, de verdade. Vejo tantas pessoas que sabem disfarçar quando estão bem, mal, incomodadas, a vontade, sabem fingir muito bem. Eu não. Meus olhos me entregam, meus atos me revelam, eu não sei me controlar. Mesmo que não seja pessoalmente, é mais forte do que eu. Eu me denuncio.
É estranho como aquilo que me faz sorrir é tão facilmente nublado por aquilo que me deixa pra baixo, e vice-e-versa, tão fácil trocar uma sensação por outra, trocar um sentimento por outro, tão simples. Não que eu seja volúvel, de esquecer paixões, anseios e desejos como se não significassem nada. Não, não é nesse sentido que me refiro. Me refiro àquelas sensações, aquelas coisas causadas por atos, e que despertam em nós diferentes sentimentos. Porém, as pessoas costumam manter aquele humor, aquele semblante. Em mim não, ele evanesce e é substituído como se nunca tivesse sequer existido.
Bipolaridade, talvez seja esse o nome. Ou não algo tão grave, mas enfim. Um dia eu me descontrolo, um dia eu me compreendo, um dia eu acho um ponto de equilíbrio. Ou quem sabe, um dia eu me divida em vários dentro de um só. E cuidado, nesse dia eu talvez não lembre mais seu nome.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Tudo Que Não Tem Conserto
"E você disse: - Eu sei que isso irá doer,
mas se eu não quebrar seu coração,
as coisas só irão piorar.
Se a carga estiver muito pesada para carregar,
lembre-se:
O final justificará a dor que foi necessária para nos trazer aqui.”
Relient K - Let It All Out
mas se eu não quebrar seu coração,
as coisas só irão piorar.
Se a carga estiver muito pesada para carregar,
lembre-se:
O final justificará a dor que foi necessária para nos trazer aqui.”
Relient K - Let It All Out
Conversar. Ele disse que queria conversar. E no meu interior, eu já sabia o que ele queria conversar, e talvez eu não devesse ir. Eu não queria ir, eu não queria ouvir, não queria saber. Quem sabe se eu não fosse, ele teria mais tempo pra pensar, não é?
Talvez não, pra quem eu estava mentindo? No fundo, eu sempre soube. Eu sempre soube que na verdade tudo aquilo seria passageiro, momentâneo. Fogo. Que queima, arde, deixa sua marca, mas é apagado... E as cinzas, são só as cinzas, que você varre e esquece depois de um tempo. Talvez pra ele. Não para mim.
Eu sempre soube também, que apesar das tentativas de me corresponder, os sentimentos não eram iguais. E eu me questiono, será que eu sou tão ruim a ponto de não conseguir cativá-lo para permanecer comigo?
Porém, talvez não seja minha culpa... Porque eu também sei, que mesmo não mais comentando sobre ele, aquele antigo sentimento ainda permanece dentro dele. O outro amor, na verdade, o verdadeiro amor, e talvez seja impossível de vencê-lo... pelo menos agora, a curto prazo, no momento que o sentimento está forte em mim.
Talvez ele nunca acabe, e eu me oferecerei a esperar, esperar por tudo que ele está passando, não sei se ele irá aceitar, mas eu sei que o que eu sinto existe a muito tempo e não será agora que irá acabar.
Mas teria que acontecer algo. Eu teria que enfrentar a verdade, conversar. Cada passo que eu dava para ir até onde ele me esperava, era mais curto, querendo aumentar a distância, distanciar-me do fim. Chegando mais perto, eu já o via sentado, de costas, no banco. Aquele mesmo banco de sempre, um círculo de bancos todos iguais, mas nós sempre estávamos no mesmo, era sagrado. Ele estava sentado no encosto, com as costas curvadas, e os cotovelos apoiados nos joelhos, com os pés sobre o assento. Eu sorri, ele sempre do mesmo jeito. Tão lindo, mesmo de costas.
Chegando até ele, abracei-o por trás, e ele veio com o corpo e encostou suas costas no meu peito, e de olhos fechados, encostou seus lábios nos meus. Tentei prosseguir com o beijo, mas ele não permitiu, distanciando sua boca da minha. Olhou pra mim com um olhar que não pertencia ao garoto feliz e amável que estava sempre ao meu lado, mas a alguém cansado, triste, se sentindo bastante pra baixo... Era assim que eu via ele, e isso aumentou ainda mais o meu medo do que viesse a acontecer. Ele pegou na minha mão, e pediu para que eu ficasse na frente dele, e sem rodeios, começou a falar.
- Sabe, existem coisas que não são simples de apagar da vida de alguém. Existem coisas que aconteceram muito recentemente comigo que eu simplesmente não posso esquecer assim, num piscar de olhos. Eu sei, eu sinto que o que você sente por mim é verdadeiro, eu vejo que você faz por mim mais do que muitas pessoas já fizeram, mas agora eu simplesmente não posso te retribuir, eu não consigo. Me desculpa, mas por enquanto, eu não posso estar contigo. Não tenho forças, nem sentimentos, pra responder os teus 'Eu te Amo' dizendo 'Eu também' olhando nos teus olhos.
Eu, que pensei em propôr algumas coisas a ele, me vi então sem palavras. Apenas abracei-o, e ele então me beijou. Talvez o último, talvez a despedida. Ali, abraçado com ele, eu queria ficar pra sempre. Queria prendê-lo comigo e poder mudar tudo, mas sei que é impossível. Olhei nos olhos dele, e vi seus olhos marejados. Esbocei um sorriso, bem pequeno, pra que ele se acalmasse. Segurei suas duas mãos, as apertei, e saí, sem dizer uma palavra.
Ele voltou a posição de antes, com os cotovelos sobre os joelhos, e eu tomei o caminho de volta. A uma certa distância, as lágrimas começaram a correr silenciosas pelo meu rosto, e eu sentia, passando por todo meu corpo, a dor, como se um veneno muito forte estivesse correndo em minhas veias. Eu que nunca pensei que o que eu sentia poderia ser algo mais, acabo vendo que ultrapassava todos os sentidos do que eu esperava.
Talvez não, pra quem eu estava mentindo? No fundo, eu sempre soube. Eu sempre soube que na verdade tudo aquilo seria passageiro, momentâneo. Fogo. Que queima, arde, deixa sua marca, mas é apagado... E as cinzas, são só as cinzas, que você varre e esquece depois de um tempo. Talvez pra ele. Não para mim.
Eu sempre soube também, que apesar das tentativas de me corresponder, os sentimentos não eram iguais. E eu me questiono, será que eu sou tão ruim a ponto de não conseguir cativá-lo para permanecer comigo?
Porém, talvez não seja minha culpa... Porque eu também sei, que mesmo não mais comentando sobre ele, aquele antigo sentimento ainda permanece dentro dele. O outro amor, na verdade, o verdadeiro amor, e talvez seja impossível de vencê-lo... pelo menos agora, a curto prazo, no momento que o sentimento está forte em mim.
Talvez ele nunca acabe, e eu me oferecerei a esperar, esperar por tudo que ele está passando, não sei se ele irá aceitar, mas eu sei que o que eu sinto existe a muito tempo e não será agora que irá acabar.
Mas teria que acontecer algo. Eu teria que enfrentar a verdade, conversar. Cada passo que eu dava para ir até onde ele me esperava, era mais curto, querendo aumentar a distância, distanciar-me do fim. Chegando mais perto, eu já o via sentado, de costas, no banco. Aquele mesmo banco de sempre, um círculo de bancos todos iguais, mas nós sempre estávamos no mesmo, era sagrado. Ele estava sentado no encosto, com as costas curvadas, e os cotovelos apoiados nos joelhos, com os pés sobre o assento. Eu sorri, ele sempre do mesmo jeito. Tão lindo, mesmo de costas.
Chegando até ele, abracei-o por trás, e ele veio com o corpo e encostou suas costas no meu peito, e de olhos fechados, encostou seus lábios nos meus. Tentei prosseguir com o beijo, mas ele não permitiu, distanciando sua boca da minha. Olhou pra mim com um olhar que não pertencia ao garoto feliz e amável que estava sempre ao meu lado, mas a alguém cansado, triste, se sentindo bastante pra baixo... Era assim que eu via ele, e isso aumentou ainda mais o meu medo do que viesse a acontecer. Ele pegou na minha mão, e pediu para que eu ficasse na frente dele, e sem rodeios, começou a falar.
- Sabe, existem coisas que não são simples de apagar da vida de alguém. Existem coisas que aconteceram muito recentemente comigo que eu simplesmente não posso esquecer assim, num piscar de olhos. Eu sei, eu sinto que o que você sente por mim é verdadeiro, eu vejo que você faz por mim mais do que muitas pessoas já fizeram, mas agora eu simplesmente não posso te retribuir, eu não consigo. Me desculpa, mas por enquanto, eu não posso estar contigo. Não tenho forças, nem sentimentos, pra responder os teus 'Eu te Amo' dizendo 'Eu também' olhando nos teus olhos.
Eu, que pensei em propôr algumas coisas a ele, me vi então sem palavras. Apenas abracei-o, e ele então me beijou. Talvez o último, talvez a despedida. Ali, abraçado com ele, eu queria ficar pra sempre. Queria prendê-lo comigo e poder mudar tudo, mas sei que é impossível. Olhei nos olhos dele, e vi seus olhos marejados. Esbocei um sorriso, bem pequeno, pra que ele se acalmasse. Segurei suas duas mãos, as apertei, e saí, sem dizer uma palavra.
Ele voltou a posição de antes, com os cotovelos sobre os joelhos, e eu tomei o caminho de volta. A uma certa distância, as lágrimas começaram a correr silenciosas pelo meu rosto, e eu sentia, passando por todo meu corpo, a dor, como se um veneno muito forte estivesse correndo em minhas veias. Eu que nunca pensei que o que eu sentia poderia ser algo mais, acabo vendo que ultrapassava todos os sentidos do que eu esperava.
"Eu estive querendo, esperando, com esperanças, rezando
Eu sinto como se eu estivesse sufocando mas não a nada que resta pra perder
Se tudo aquilo que eu tenho é a mais doce negação,
se tudo que eu posso dar é o resto da minha vida
Então eu estou fingindo que eu posso sobreviver sem você
Eu pensava que eu era mais forte que o amor
mas eu acho que ninguém é imune"
Melanie C - Immune
Eu sinto como se eu estivesse sufocando mas não a nada que resta pra perder
Se tudo aquilo que eu tenho é a mais doce negação,
se tudo que eu posso dar é o resto da minha vida
Então eu estou fingindo que eu posso sobreviver sem você
Eu pensava que eu era mais forte que o amor
mas eu acho que ninguém é imune"
Melanie C - Immune
domingo, 17 de agosto de 2008
Contatos
Conhecer pessoas é algo tão estranho. Em um primeiro momento, no primeiro olhar, nós, inconscientemente, fazemos uma imagem da pessoa. Tentamos imaginar como ela é, ou simplesmente, elaboramos um preconceito sobre aquela pessoa, e mantemos essa imagem, algumas vezes, errada sobre, por um bom tempo, ou para sempre.
Quando então nos aproximamos, vemos de verdade, o jeito, a personalidade, os gostos, as qualidades e defeitos de cada um, e nos afeiçoamos, ou não, por aquela pessoa. Com algumas pessoas nos damos melhores, com outras menos, isso é natural. Porém, existem algumas que, apesar de, de início, nós obtermos uma imagem distorcida, depois acabam se tornando essenciais.
Aquela pessoa que nos preocupamos, que queremos o bem acima de tudo, que pegamos raiva, ódio, de qualquer pessoa que o machuque, que entre em seu caminho, que o faça sentir mal. Aquela pessoa, cujo sorriso ilumina um dia inteiro, cujo olhar dentro dos nossos olhos faz com que nos sintamos preenchidos por algo inexplicavelmente maravilhoso, cujo toque nos faz sentir protegidos, cujo abraço nos faz sentir leve, livre de qualquer outro pensamento que não seja a proximidade de tal pessoa, tão perfeita.
Aquela pessoa, cuja nossa existência parece necessitar acima de tudo para que esteja completa, cujo todas as palavras, todos os momentos, por mais singelos que sejam, se tornam únicos, especiais.
Muitas vezes, nós levamos esse tipo de relação, essas pessoas, como amigos, os melhores amigos, aquela pessoa que você confia para qualquer momento, para qualquer problema, para qualquer coisa que aconteça.
Porém, em alguns momentos, essa pessoa começa a fazer mais parte do que parecia dever, quando esses sentimentos passam a aflorar de uma forma bastante incontrolável, quando pensar nessa pessoa é mais frequente do que pensar em si mesmo.
É nessa hora, que o choque entre sentimentos entra, e a partir daí, só o tempo dirá o que poderá acontecer...
Quando então nos aproximamos, vemos de verdade, o jeito, a personalidade, os gostos, as qualidades e defeitos de cada um, e nos afeiçoamos, ou não, por aquela pessoa. Com algumas pessoas nos damos melhores, com outras menos, isso é natural. Porém, existem algumas que, apesar de, de início, nós obtermos uma imagem distorcida, depois acabam se tornando essenciais.
Aquela pessoa que nos preocupamos, que queremos o bem acima de tudo, que pegamos raiva, ódio, de qualquer pessoa que o machuque, que entre em seu caminho, que o faça sentir mal. Aquela pessoa, cujo sorriso ilumina um dia inteiro, cujo olhar dentro dos nossos olhos faz com que nos sintamos preenchidos por algo inexplicavelmente maravilhoso, cujo toque nos faz sentir protegidos, cujo abraço nos faz sentir leve, livre de qualquer outro pensamento que não seja a proximidade de tal pessoa, tão perfeita.
Aquela pessoa, cuja nossa existência parece necessitar acima de tudo para que esteja completa, cujo todas as palavras, todos os momentos, por mais singelos que sejam, se tornam únicos, especiais.
Muitas vezes, nós levamos esse tipo de relação, essas pessoas, como amigos, os melhores amigos, aquela pessoa que você confia para qualquer momento, para qualquer problema, para qualquer coisa que aconteça.
Porém, em alguns momentos, essa pessoa começa a fazer mais parte do que parecia dever, quando esses sentimentos passam a aflorar de uma forma bastante incontrolável, quando pensar nessa pessoa é mais frequente do que pensar em si mesmo.
É nessa hora, que o choque entre sentimentos entra, e a partir daí, só o tempo dirá o que poderá acontecer...
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Hobbes, Sobre a Paixão
Trecho de:
Leviatã
ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil
Primeira Parte: Do Homem
6. Sobre a origem interna dos movimentos voluntários chamados paixões e a linguagem que os exprime.
[...]
Paixões simples, como as chamadas apetite, desejo, amor, aversão, ódio, alegria e tristeza recebem nomes diversos conforme a maneira como são consideradas. Em primeiro lugar, quando uma sucede à outra, são designadas de maneiras diversas conforme a opinião que os homens têm da possibilidade de conseguir o que desejam. Em segundo lugar, do objeto amado ou odiado. Em terceiro lugar, da consideração de muitas delas em conjunto. E em quarto lugar, da alteração da própria sucessão. Paixões simples, como as chamadas apetite, desejo, amor, aversão, ódio, alegria e tristeza recebem nomes diversos conforme a maneira como são consideradas. Em primeiro lugar, quando uma sucede à outra, são designadas de maneiras diversas conforme a opinião que os homens têm da possibilidade de conseguir o que desejam. Em segundo lugar, do objeto amado ou odiado. Em terceiro lugar, da consideração de muitas delas em conjunto. E em quarto lugar, da alteração da própria sucessão.
Chama-se esperança o apetite ligado à crença de conseguir.
Sem essa crença, o apetite se chama desespero.
Chama-se medo a opinião ligada a crença de dano proveniente do objeto.
Chama-se cólera a coragem súbita.
Chama-se confiança em si mesmo a esperança constante.
Chama-se indignação a cólera perante um grande dano feito a outrem, quando pensamos que este foi feito por injúria.
Chama-se benevolência, boa vontade, caridade o desejo do bem dos outros. Chama-se bondade natural se for do bem do homem em geral.
Chama-se cobiça o desejo do bem dos outros, palavra que é sempre usada em tom de censura, porque os homens que lutam por elas vêem com desagrado que os outros as consigam; embora o desejo em si mesmo deva ser censurado ou permitido conforme a maneira como se procura conseguir essas riquezas.
Chama-se ambição o desejo de cargos ou de preeminência, nome usado também no pior sentido, pela razão acima referida.
Chama-se pusilanimidade o desejo de coisas que só contribuem um pouco para nossos fins e o medo das coisas que constituem apenas um pequeno impedimento.
Chama-se magnanimidade o desprezo pelas pequenas ajudas e impedimentos.
Chama-se coragem ou valentia a magnanimidade, em perigo de morte ou de ferimentos.
Chama-se liberalidade a magnanimidade no uso das riquezas.
Chama-se mesquinhez a pusilanimidade quanto a esse mesmo uso, conforme dela se goste ou não.
Chama-se amabilidade o amor pelas pessoas, sob o aspecto da convivência social.
Chama-se concupiscência natural o amor pelas pessoas apenas sob o aspecto dos prazeres dos sentidos.
Chama-se luxúria o amor pelas pessoas adquirido por reminiscência obsessiva, isto é, por imaginação do prazer passado.
Chama-se paixão do amor o amor por uma só pessoa, junto ao desejo de ser amado com exclusividade. Chama-se ciúme o amor junto com o receio de que esse amor não seja recíproco.
Chama-se ânsia de vingança o desejo de causar dano a outrem, a fim de levá-lo a lamentar qualquer de seus atos.
O porquê, o como e o desejo de saber chama-se curiosidade, e não existe em qualquer criatura viva a não ser no homem. Dessa forma, não é só por sua razão que o homem se distingue dos outros animais, mas também por esta singular paixão.
[...]
Leviatã
ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil
Primeira Parte: Do Homem
6. Sobre a origem interna dos movimentos voluntários chamados paixões e a linguagem que os exprime.
[...]
Paixões simples, como as chamadas apetite, desejo, amor, aversão, ódio, alegria e tristeza recebem nomes diversos conforme a maneira como são consideradas. Em primeiro lugar, quando uma sucede à outra, são designadas de maneiras diversas conforme a opinião que os homens têm da possibilidade de conseguir o que desejam. Em segundo lugar, do objeto amado ou odiado. Em terceiro lugar, da consideração de muitas delas em conjunto. E em quarto lugar, da alteração da própria sucessão. Paixões simples, como as chamadas apetite, desejo, amor, aversão, ódio, alegria e tristeza recebem nomes diversos conforme a maneira como são consideradas. Em primeiro lugar, quando uma sucede à outra, são designadas de maneiras diversas conforme a opinião que os homens têm da possibilidade de conseguir o que desejam. Em segundo lugar, do objeto amado ou odiado. Em terceiro lugar, da consideração de muitas delas em conjunto. E em quarto lugar, da alteração da própria sucessão.
Chama-se esperança o apetite ligado à crença de conseguir.
Sem essa crença, o apetite se chama desespero.
Chama-se medo a opinião ligada a crença de dano proveniente do objeto.
Chama-se cólera a coragem súbita.
Chama-se confiança em si mesmo a esperança constante.
Chama-se indignação a cólera perante um grande dano feito a outrem, quando pensamos que este foi feito por injúria.
Chama-se benevolência, boa vontade, caridade o desejo do bem dos outros. Chama-se bondade natural se for do bem do homem em geral.
Chama-se cobiça o desejo do bem dos outros, palavra que é sempre usada em tom de censura, porque os homens que lutam por elas vêem com desagrado que os outros as consigam; embora o desejo em si mesmo deva ser censurado ou permitido conforme a maneira como se procura conseguir essas riquezas.
Chama-se ambição o desejo de cargos ou de preeminência, nome usado também no pior sentido, pela razão acima referida.
Chama-se pusilanimidade o desejo de coisas que só contribuem um pouco para nossos fins e o medo das coisas que constituem apenas um pequeno impedimento.
Chama-se magnanimidade o desprezo pelas pequenas ajudas e impedimentos.
Chama-se coragem ou valentia a magnanimidade, em perigo de morte ou de ferimentos.
Chama-se liberalidade a magnanimidade no uso das riquezas.
Chama-se mesquinhez a pusilanimidade quanto a esse mesmo uso, conforme dela se goste ou não.
Chama-se amabilidade o amor pelas pessoas, sob o aspecto da convivência social.
Chama-se concupiscência natural o amor pelas pessoas apenas sob o aspecto dos prazeres dos sentidos.
Chama-se luxúria o amor pelas pessoas adquirido por reminiscência obsessiva, isto é, por imaginação do prazer passado.
Chama-se paixão do amor o amor por uma só pessoa, junto ao desejo de ser amado com exclusividade. Chama-se ciúme o amor junto com o receio de que esse amor não seja recíproco.
Chama-se ânsia de vingança o desejo de causar dano a outrem, a fim de levá-lo a lamentar qualquer de seus atos.
O porquê, o como e o desejo de saber chama-se curiosidade, e não existe em qualquer criatura viva a não ser no homem. Dessa forma, não é só por sua razão que o homem se distingue dos outros animais, mas também por esta singular paixão.
[...]
domingo, 13 de julho de 2008
Hemorragia
Será que é justo que enquanto a vida passa, eu seja apenas a platéia do ato que eu queria ser o protagonista?
Será que é certo eu ser levado a esperar pela esperança de que esperar é a única forma de ver o que eu quero acontecer?
Uma ferida que eu já vi quase fechar, mas que insiste em aparecer e me mostrar que sim, está viva, e ainda sangra, me cortando profundamente mais uma vez e me mostrando que sim, vai permanecer ali até que eu a cubra.
A cubra... tantas vezes eu já tentei cobrir, já senti que seriam formas de esquecer e seguir feliz, que eu lutaria para seguir esquecendo a dor que já passou.
Mas, com erros que não foram meus, eu sei, eu devo dizer, com coisas que não são de minha culpa, eu perdia... perdia essas chances, e a ferida, exatamente nesse momento de perda, volta a sangrar, volta a expelir seu sangue tão dolorido e tão... tão especial para mim, que eu tanto amo no momento em que ele aquece a minha pele, mas depois ele seca e congela tudo que fez.
E eu sei que ele congela, mas eu não me preocupo, porque enquanto ele corre ele é meu, só meu! E que se importa o depois...
E no depois, eu fico aqui, a esperar que o destino me diga se eu vou aprender a sangrar, ou se vou ter que viver pra sempre com essa quase cicatriz que não consegue se fechar.
Será que é certo eu ser levado a esperar pela esperança de que esperar é a única forma de ver o que eu quero acontecer?
Uma ferida que eu já vi quase fechar, mas que insiste em aparecer e me mostrar que sim, está viva, e ainda sangra, me cortando profundamente mais uma vez e me mostrando que sim, vai permanecer ali até que eu a cubra.
A cubra... tantas vezes eu já tentei cobrir, já senti que seriam formas de esquecer e seguir feliz, que eu lutaria para seguir esquecendo a dor que já passou.
Mas, com erros que não foram meus, eu sei, eu devo dizer, com coisas que não são de minha culpa, eu perdia... perdia essas chances, e a ferida, exatamente nesse momento de perda, volta a sangrar, volta a expelir seu sangue tão dolorido e tão... tão especial para mim, que eu tanto amo no momento em que ele aquece a minha pele, mas depois ele seca e congela tudo que fez.
E eu sei que ele congela, mas eu não me preocupo, porque enquanto ele corre ele é meu, só meu! E que se importa o depois...
E no depois, eu fico aqui, a esperar que o destino me diga se eu vou aprender a sangrar, ou se vou ter que viver pra sempre com essa quase cicatriz que não consegue se fechar.
domingo, 29 de junho de 2008
Salão de (Dolorosas) Memórias
Passos. Ouço passos em minha direção. Será? Será que é ele voltando para onde ele realmente pertence? Voltando para onde ele nunca deveria ter saído?
Faz um ano que cruzou meu caminho, que seus primeiros passos ressoaram no piso da minha vida. Um piso tão frágil, que qualquer passo mais firme pode quebrar. Ande com calma, meu bem. Não seja tão rígido contigo, não seja tão duro comigo. Eu preciso de você, pode acreditar.
Um ano que a sua vida faz parte da minha vida e eu sofro em silêncio por algo que nem sei no que vai dar. Personagem eterno de uma história sem fim. E mentalmente, eu ainda sinto as pulseiras do seu braço roçando em meu braço, o seu olho encarando meus olhos e dizendo tudo que você tinha pra me dizer.
Um ano. Quantos anos mais eu vou ter que fechar os olhos e ver os seus? Sei que não é culpa sua, talvez seja minha por querer acreditar que esses passos que eu ouço tão próximos sejam os seus. Os passos que te trazem de volta a mim. Venha por trás de mim, feche meus olhos com suas mãos, e sussurre no meu ouvido que agora tudo vai ser diferente.
Então, eu acordo. Os passos, e todas essas lembranças, apenas frutos do que a minha mente queria que fosse realidade. Porque sonhar não custa nada, e é apenas isso que me resta.
Faz um ano que cruzou meu caminho, que seus primeiros passos ressoaram no piso da minha vida. Um piso tão frágil, que qualquer passo mais firme pode quebrar. Ande com calma, meu bem. Não seja tão rígido contigo, não seja tão duro comigo. Eu preciso de você, pode acreditar.
Um ano que a sua vida faz parte da minha vida e eu sofro em silêncio por algo que nem sei no que vai dar. Personagem eterno de uma história sem fim. E mentalmente, eu ainda sinto as pulseiras do seu braço roçando em meu braço, o seu olho encarando meus olhos e dizendo tudo que você tinha pra me dizer.
Um ano. Quantos anos mais eu vou ter que fechar os olhos e ver os seus? Sei que não é culpa sua, talvez seja minha por querer acreditar que esses passos que eu ouço tão próximos sejam os seus. Os passos que te trazem de volta a mim. Venha por trás de mim, feche meus olhos com suas mãos, e sussurre no meu ouvido que agora tudo vai ser diferente.
Então, eu acordo. Os passos, e todas essas lembranças, apenas frutos do que a minha mente queria que fosse realidade. Porque sonhar não custa nada, e é apenas isso que me resta.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Questionamento ao Questionamento
A vida é feita de escolhas, em um leque tão vasto de opções que muitas vezes eu me vejo perdido.
Ir não ir, ficar não ficar, ser não ser, estar não estar. Fazer não fazer. O que fazer? O que realmente fazer? São tantas dúvidas, tantas visões diferentes do mesmo fato, tantas saídas que na hora são as melhores e depois acabam de mostrando ineficazes, tantas problemáticas, e nenhum apoio. Nenhum apoio. Chega um momento na vida, que mesmo com todas as mãos amigas que você receba, você acaba tendo que se decidir sozinho, e mesmo conselhos que pareçam os melhores, se confundem nas divagações e se perdem no tempo, e, no final, a decisão acaba sendo uma só: a que nós fizermos.
Não importa o que aconteça, ou quem quer que seja, chega uma hora que todos os pilares que te sustentam são retirados e voce tem que se equilibrar por si só.
Vida, por favor, não me empurre de sua corda bamba.
Ir não ir, ficar não ficar, ser não ser, estar não estar. Fazer não fazer. O que fazer? O que realmente fazer? São tantas dúvidas, tantas visões diferentes do mesmo fato, tantas saídas que na hora são as melhores e depois acabam de mostrando ineficazes, tantas problemáticas, e nenhum apoio. Nenhum apoio. Chega um momento na vida, que mesmo com todas as mãos amigas que você receba, você acaba tendo que se decidir sozinho, e mesmo conselhos que pareçam os melhores, se confundem nas divagações e se perdem no tempo, e, no final, a decisão acaba sendo uma só: a que nós fizermos.
Não importa o que aconteça, ou quem quer que seja, chega uma hora que todos os pilares que te sustentam são retirados e voce tem que se equilibrar por si só.
Vida, por favor, não me empurre de sua corda bamba.
domingo, 27 de abril de 2008
Em Colapso
Sabe quando você faz 12, 13 anos, que você tem a sensação de que o mundo está vindo todo de uma vez pra cima de você ?
Que você começa a reparar que as coisas realmente vão, uma hora ou outra, cair sobre sua cabeça ?
Que você começa a querer amar, beijar, abraçar, não se sentir mais sozinho ?
Que você se acha senhor de si pra decidir seu futuro, e acha que suas escolhas estão sempre certas, e depois que elas não estão, você não sabe mais o que fazer ?
Então, parece que, mesmo com 18 (enfim, 17, quase 18, quem se importa ??) anos na cara, eu ainda estou nessa fase.
Com sentimentos retorcidos, mal resolvidos, lembranças de como as coisas eram boas quando eu era uma criança que só queria brincar, ou a nostalgia dos bons momentos que passaram, dos anos em que eu era um estudante de ensino médio, que eu achava que tudo ia ser as mil maravilhas, sem perceber que aquele foi o melhor tempo da minha vida.
Com a sensação de que a escolha que eu supostamente fiz pro meu futuro é a escolha errada, e que as escolhas que me fariam felizes, também são erradas, então eu me vejo num beco sem saída.
12, 13 anos. Uma cabecinha tão recém-iniciada que nem sabe como prosseguir, proceder, então só faz tropeçar.
Parece que eu não peguei o jeito de pular os obstáculos, então até quando eu vou cair quando passar por eles?
Quando eu vou aprender que nem sempre o que a gente quer é o que acontece ? Ou melhor, quando eu vou aprender a aceitar que o mundo é assim ?
Por favor, encontrem um jeito de me fazer voltar para a fase de neném de colo. Eu não quero ter que pensar.
Que você começa a reparar que as coisas realmente vão, uma hora ou outra, cair sobre sua cabeça ?
Que você começa a querer amar, beijar, abraçar, não se sentir mais sozinho ?
Que você se acha senhor de si pra decidir seu futuro, e acha que suas escolhas estão sempre certas, e depois que elas não estão, você não sabe mais o que fazer ?
Então, parece que, mesmo com 18 (enfim, 17, quase 18, quem se importa ??) anos na cara, eu ainda estou nessa fase.
Com sentimentos retorcidos, mal resolvidos, lembranças de como as coisas eram boas quando eu era uma criança que só queria brincar, ou a nostalgia dos bons momentos que passaram, dos anos em que eu era um estudante de ensino médio, que eu achava que tudo ia ser as mil maravilhas, sem perceber que aquele foi o melhor tempo da minha vida.
Com a sensação de que a escolha que eu supostamente fiz pro meu futuro é a escolha errada, e que as escolhas que me fariam felizes, também são erradas, então eu me vejo num beco sem saída.
12, 13 anos. Uma cabecinha tão recém-iniciada que nem sabe como prosseguir, proceder, então só faz tropeçar.
Parece que eu não peguei o jeito de pular os obstáculos, então até quando eu vou cair quando passar por eles?
Quando eu vou aprender que nem sempre o que a gente quer é o que acontece ? Ou melhor, quando eu vou aprender a aceitar que o mundo é assim ?
Por favor, encontrem um jeito de me fazer voltar para a fase de neném de colo. Eu não quero ter que pensar.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Distância que Corrói
Saudade...
Quer sentimento que dói mais do que a saudade ?
Revendo fotos, relembrando momentos, ouvindo músicas, ouvindo vozes, tendo conversas, revendo na mente tudo que já se passou em algum lugar, ou com alguma pessoa...
Saudade, tudo isso faz aumentar a saudade.
E existem tantas pessoas que eu sinto falta, que chega a doer. Que eu sinto os olhos encherem de lágrimas, uma pontada no peito, e um medo de nunca mais ver essas pessoas.
Amigos, pessoas especiais que marcaram minha vida de uma forma maior do que eles podem imaginar. Que eu amo, amo mesmo, apesar de já ter cometido erros com uns ou outros, eu amo, do fundo do meu coração.
Não digo que amo porque são importantes pra mim hoje, não. Digo porque realmente o sinto, porque mesmo que fiquemos um ano sem nos falarmos, o momento em que o fizermos será especial, será único, será como se tivéssemos conversado ontem, e que a vida continuou conosco unidos, colados uns nos outros.
Saudades...
Ela está me corroendo a cada dia mais, mas eu espero em breve sanar essa dor que tanto me machuca...
Quer sentimento que dói mais do que a saudade ?
Revendo fotos, relembrando momentos, ouvindo músicas, ouvindo vozes, tendo conversas, revendo na mente tudo que já se passou em algum lugar, ou com alguma pessoa...
Saudade, tudo isso faz aumentar a saudade.
E existem tantas pessoas que eu sinto falta, que chega a doer. Que eu sinto os olhos encherem de lágrimas, uma pontada no peito, e um medo de nunca mais ver essas pessoas.
Amigos, pessoas especiais que marcaram minha vida de uma forma maior do que eles podem imaginar. Que eu amo, amo mesmo, apesar de já ter cometido erros com uns ou outros, eu amo, do fundo do meu coração.
Não digo que amo porque são importantes pra mim hoje, não. Digo porque realmente o sinto, porque mesmo que fiquemos um ano sem nos falarmos, o momento em que o fizermos será especial, será único, será como se tivéssemos conversado ontem, e que a vida continuou conosco unidos, colados uns nos outros.
Saudades...
Ela está me corroendo a cada dia mais, mas eu espero em breve sanar essa dor que tanto me machuca...
quarta-feira, 19 de março de 2008
Persistência
Eu vou tentar, mais uma vez eu vou tentar. Apesar de você ter me dado as costas uma vez, eu estou voltando para a sua vida, e novamente eu vou tentar. Tentar ser o amigo, companheiro, a pessoa que te compreende. Aliás, eu sempre te compreendi, sempre aceitei e admirei sua sinceridade, aliás, ainda admiro, e mesmo que percamos contato, sempre admirarei.
Certo dia até tentei fingir que você não existia mais em minha vida, achei que algo tão forte assim poderia ser substituído. Dizem que pessoas e coisas não são substituíveis, mas eu discordo. Nada é substituível. Tudo, pelo menos em mim, ocupa lugares que nunca serão ocupados por mais ninguém. Amores não são substituíveis, se surgir um novo, ele será um novo, com um novo espaço, e não ocupando um espaço que, mesmo inativo, ainda é ocupado por alguém que um dia já fez parte da minha vida.
São tantas coisas novas, tantas situaçãos e pessoas novas, a vida se renovando de uma forma brusca, que eu não estava preparado para enfrentar. As vezes até me sinto tonto com tanta informação nova a ser inserida na minha cabeça.
E tudo que eu esperava era que você permanecesse aqui, mas parece que eu vou ter que para isso lutar, te fazer ver que eu nunca menti, assim como eu admiro sua sinceridade, eu faço o possivel para ser sincero, e tudo que você ouviu de minha boca, é a mais pura e dolorida verdade.
Eu vou voltar, eu vou lutar... eu vou conseguir.
Pode ser humilhação, pode ser que eu esteja me arrastando, mas o que eu posso fazer se nenhuma das formas anteriores foram capazes de abrir os seus olhos para o que eu tento te mostrar?
sábado, 15 de março de 2008
A Liberdade
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Oblíquo
Certas coisas na nossa vida apenas acontecem para levar à outras.
Fazemos amizades, e percebemos que elas não valem a pena, porém que nos unem a outras pessoas que fazem toda a importância na nossa vida.
Conhecemos lugares, que nos fazem sonhar e desejar conhecer a outros, que são ainda mais fascinantes.
Erramos, repetimos o erro, e mais pra frente notamos que na verdade tudo que fizemos estava certo.
Amamos pessoas, nos entregamos de corpo e alma, fazemos de tudo para chamar a atenção, mas acabamos chamando a atenção de outro alguém, que acaba entrando em nossa vida e nos mostrando como é realmente amar e ser amado.
Tudo é uma sucessão de acontecimentos estranhos, que nos levam ao que realmente deve ser no final.
Destino, acaso, em outras palavras, a vida, que como todos costumam dizer, se fosse simples, não teria graça.
Fazemos amizades, e percebemos que elas não valem a pena, porém que nos unem a outras pessoas que fazem toda a importância na nossa vida.
Conhecemos lugares, que nos fazem sonhar e desejar conhecer a outros, que são ainda mais fascinantes.
Erramos, repetimos o erro, e mais pra frente notamos que na verdade tudo que fizemos estava certo.
Amamos pessoas, nos entregamos de corpo e alma, fazemos de tudo para chamar a atenção, mas acabamos chamando a atenção de outro alguém, que acaba entrando em nossa vida e nos mostrando como é realmente amar e ser amado.
Tudo é uma sucessão de acontecimentos estranhos, que nos levam ao que realmente deve ser no final.
Destino, acaso, em outras palavras, a vida, que como todos costumam dizer, se fosse simples, não teria graça.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Caminho Incerto
A vida é engraçada. Ontem mesmo, eu era apenas um garoto que recém começava o ensino médio, pensando em que fazer na vida. Engenheiro, arquiteto, jornalista, biológo, publicitário, cientista social. Pois bem, hoje eu espero pelo dia pra me matricular na universidade. Estudante de direito.
Aí, eu olho para trás, e sinto tanta falta da escola, daquelas bobeirinhas, daquele mundinho tão peculiar, das intriguinhas que pareciam tão importantes e que hoje são tão estúpidas, das preocupações tão gigantes que agora são tão simples de resolver, dos professores chatos que hoje são os maiores orgulhos e que dão tantas saudades.
É tão estranho quando estamos mais novos, e que nos dizem: Esses amigos que você tem, nem todos vão se manter, essa vida que você leva agora, é só mais um ciclo. Naquele momento, parece que tudo vai durar para sempre, daquele jeito ali. Talvez uma ilusão criada para nós não sentirmos a dor da perda muito cedo. Mas esse dia chega, e ter que esperar pelo novo, pelo desconhecido, é tão ruim.
Sempre nos dizem que devemos abrir portas, mas abrí-las é tão difícil. Às vezes, nós até esperamos que elas não abram, que emperrem, para não termos que enfrentar o que há lá dentro. Mas ela se abre, e quando entramos, ela se fecha para nunca mais abrir.
Não há como voltar atrás, há somente como seguir em frente, ou estagnar. Mas eu escolho seguir em frente, e, mesmo com medo e com saudade, encarar de frente o que vier ao meu encontro.
Aí, eu olho para trás, e sinto tanta falta da escola, daquelas bobeirinhas, daquele mundinho tão peculiar, das intriguinhas que pareciam tão importantes e que hoje são tão estúpidas, das preocupações tão gigantes que agora são tão simples de resolver, dos professores chatos que hoje são os maiores orgulhos e que dão tantas saudades.
É tão estranho quando estamos mais novos, e que nos dizem: Esses amigos que você tem, nem todos vão se manter, essa vida que você leva agora, é só mais um ciclo. Naquele momento, parece que tudo vai durar para sempre, daquele jeito ali. Talvez uma ilusão criada para nós não sentirmos a dor da perda muito cedo. Mas esse dia chega, e ter que esperar pelo novo, pelo desconhecido, é tão ruim.
Sempre nos dizem que devemos abrir portas, mas abrí-las é tão difícil. Às vezes, nós até esperamos que elas não abram, que emperrem, para não termos que enfrentar o que há lá dentro. Mas ela se abre, e quando entramos, ela se fecha para nunca mais abrir.
Não há como voltar atrás, há somente como seguir em frente, ou estagnar. Mas eu escolho seguir em frente, e, mesmo com medo e com saudade, encarar de frente o que vier ao meu encontro.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Reviravolta com R Maiúsculo
Às vezes a vida nos prega peças. Coloca pessoas nas nossas vidas, que nos fazem conhecer outras pessoas que se tornam muito importantes. Porém, as primeiras pessoas não saem da nossa cabeça tão facilmente. E é com a cabeça nessa primeira pessoa, e juntando fragmentos e excertos que rememoram a sua existência, que lhes apresento a compilação de idéias, a visão alternativa a seguir.
Já dizia a Morte, no livro A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak: “As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céros, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. Por isso, faço questão de notá-los”, e eu devo dizer que concordo plenamente com ela. Devemos prestar atenção a cada momento de nossas vidas, a cada pequeno detalhe que passa perante nossos olhos. Cada pequeno acontecimento faz parte da nossa história, e pode ajudar a construir nosso futuro, a alcançarmos o que desejamos.
O êxito consiste em alcançar o que se deseja; a felicidade, em desejar o que se alcança, por isso, não podemos deixar nada passar em branco. Inclusive o que nos parece inalcançável, inatingível. Tudo o que nós queremos fica muito mais perto, mesmo muito distante, quando lutamos por elas com afinco. Apesar de que, é claro, alguns de nós as vezes ultrapassamos certos limites para conseguir o que queremos, as vezes até afirmando: “Meu caso é raro, é incomum, desconhecido, mas... sem mal algum”, e estes se recusam a parar, mesmo quando sabem que já deveriam ter parado a muito tempo, apesar de que, embora este conceito não mude, espero que vocês não os julguem, porque eu jamais julgaria alguém totalmente. Não nos cabe isto.
Talvez, quem sabe, um dia, com toda essa extravagância planejada, eles consigam o que querem, apesar de eu acreditar que os pequenos atos são melhores que todos aqueles grandes que se planejam, que viver notando cada parte do ambiente e seguir o seu movimento para chegar a um fim melhor seja a real forma de se conquistar.
Não se deixe levar pelo que os outros dizem, não faça o que os outros querem, não seja infeliz para ver o sorriso do outro. O importante na vida é evitar a inveja, não querer o mal dos outros, superar a ignorância e construir a confiança. É o que você diz e o significado de suas palavras. É gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que elas têm. Acima de tudo, é escolher usar sua vida para tocar a vida de outra pessoa de um jeito que a fará mais feliz.
P.S.:Obrigado por tudo, agradeço pela sua existência, e por tudo que me proporcionou, incluindo toda a dor que me ensinou a ser alguém assim, como você. E apenas um vídeo, apenas uma música, mas que talvez relembre muitas coisas.
Já dizia a Morte, no livro A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak: “As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céros, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. Por isso, faço questão de notá-los”, e eu devo dizer que concordo plenamente com ela. Devemos prestar atenção a cada momento de nossas vidas, a cada pequeno detalhe que passa perante nossos olhos. Cada pequeno acontecimento faz parte da nossa história, e pode ajudar a construir nosso futuro, a alcançarmos o que desejamos.
O êxito consiste em alcançar o que se deseja; a felicidade, em desejar o que se alcança, por isso, não podemos deixar nada passar em branco. Inclusive o que nos parece inalcançável, inatingível. Tudo o que nós queremos fica muito mais perto, mesmo muito distante, quando lutamos por elas com afinco. Apesar de que, é claro, alguns de nós as vezes ultrapassamos certos limites para conseguir o que queremos, as vezes até afirmando: “Meu caso é raro, é incomum, desconhecido, mas... sem mal algum”, e estes se recusam a parar, mesmo quando sabem que já deveriam ter parado a muito tempo, apesar de que, embora este conceito não mude, espero que vocês não os julguem, porque eu jamais julgaria alguém totalmente. Não nos cabe isto.
Talvez, quem sabe, um dia, com toda essa extravagância planejada, eles consigam o que querem, apesar de eu acreditar que os pequenos atos são melhores que todos aqueles grandes que se planejam, que viver notando cada parte do ambiente e seguir o seu movimento para chegar a um fim melhor seja a real forma de se conquistar.
Não se deixe levar pelo que os outros dizem, não faça o que os outros querem, não seja infeliz para ver o sorriso do outro. O importante na vida é evitar a inveja, não querer o mal dos outros, superar a ignorância e construir a confiança. É o que você diz e o significado de suas palavras. É gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que elas têm. Acima de tudo, é escolher usar sua vida para tocar a vida de outra pessoa de um jeito que a fará mais feliz.
P.S.:Obrigado por tudo, agradeço pela sua existência, e por tudo que me proporcionou, incluindo toda a dor que me ensinou a ser alguém assim, como você. E apenas um vídeo, apenas uma música, mas que talvez relembre muitas coisas.
P.P.S.: Licença para Casar, assistam e lembrem-se de mim. E eu prometo que é a última vez que eu dei uma de patético neste blog.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Dor Bilateral
'Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na tv:
De mãe para mãe...
'Hoje vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de comissões, pastorais, órgãos e entidades de defesa de direitos humanos. Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite. No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo... Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.'
Com certeza a primeira reação que muitos teriam ao ver a mãe do preso, com certeza teriam pena, diriam que é desumano separarem ela do filho, da proximidade para que ela posso visitá-lo. Realmente, nós nunca pensamos no que ele causou para estar lá.
Claro que existem casos em que inocentes são postos na cadeia, por ineficiência do trabalho jurídico brasileiro, ou parar livrar alguém de influencia (ou com capital alto suficiente para pagar pela sua inocencia), mas as vezes, realmente está lá um culpado, e mesmo assim, para culpar o governo por falta de humanidade, mostra apenas a mãe que sofrerá com a distancia do filho encarcerado, e levados pelas imagens mostradas pela tv, pensamos e tiramos as mesmas conclusões.
A mídia nunca vai mostrar a dor da mãe que perdeu o filho, da familia que perdeu um ente querido. Isso não vai dar audiencia, não existe motivo em criticar alguém que já está encarcerado, o governo não vai poder trazer ele de volta a vida, e nem vai pagar a emissora para abafar o caso.
A sociedade de hoje em dia quer as informações mastigadas, sem pensar em todo o contexto. O mundo quer avançar, mas está apenas retrocedendo.
De mãe para mãe...
'Hoje vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de comissões, pastorais, órgãos e entidades de defesa de direitos humanos. Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite. No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo... Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.'
Com certeza a primeira reação que muitos teriam ao ver a mãe do preso, com certeza teriam pena, diriam que é desumano separarem ela do filho, da proximidade para que ela posso visitá-lo. Realmente, nós nunca pensamos no que ele causou para estar lá.
Claro que existem casos em que inocentes são postos na cadeia, por ineficiência do trabalho jurídico brasileiro, ou parar livrar alguém de influencia (ou com capital alto suficiente para pagar pela sua inocencia), mas as vezes, realmente está lá um culpado, e mesmo assim, para culpar o governo por falta de humanidade, mostra apenas a mãe que sofrerá com a distancia do filho encarcerado, e levados pelas imagens mostradas pela tv, pensamos e tiramos as mesmas conclusões.
A mídia nunca vai mostrar a dor da mãe que perdeu o filho, da familia que perdeu um ente querido. Isso não vai dar audiencia, não existe motivo em criticar alguém que já está encarcerado, o governo não vai poder trazer ele de volta a vida, e nem vai pagar a emissora para abafar o caso.
A sociedade de hoje em dia quer as informações mastigadas, sem pensar em todo o contexto. O mundo quer avançar, mas está apenas retrocedendo.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Pro Inferno com a Tal da Moral
Eu ainda me lembro como tudo começou, sei até o dia em que eu vi pela primeira vez.
Minha primeira impressão foi de alguém totalmente sem graça, uma pessoa fechada, sem assunto. Enfim, estranha. Não conversamos nesse primeiro dia, até porque essa pessoa arranjou algo mais importante pra fazer.
Passado alguns dias, nos reencontramos. E nesse dia, foi tudo diferente. Conversamos, trocamos risadas, comentários pessoais, e inclusive um que nunca saiu da minha cabeça. Aliás, por causa dele eu comecei o meu (suposto) jogo.
De início, eu apenas pensava em seduzir, tentar ver o que aconteceria, mas não havia um real sentimento. Apenas fogo. Apenas vontade de ter o proibido, de ter alguém que já tem um compromisso. Sim, havia um compromisso entre isso. Havia outra pessoa que era um obstáculo.
E chegou um dia, que tudo veio à tona. E a pessoa que participava do jogo, junto a mim, disse que não queria nada, que apenas fazia isso pra ver até onde eu iria.
Pois bem, eu relevei. Deixei para lá. Esqueci, não significava nada mesmo.
Porém, hoje é alguém que me faz tão bem, alguém que me faz feliz com as mais simples conversas, assuntos bobos, que me faz sorrir sem muito esforço.
E hoje, eu volto a tentar algo, eu volto a querer. Hoje, a outra pessoa com quem existe um compromisso deixou de ser um simples obstáculo, mas alguém que me afasta da minha felicidade.
O que eu realmente gostaria era de poder dizer o que eu sinto, de poder mostrar que, desta vez, o meu sentimento é verdadeiro, e se existe uma proximidade tão grande entre nós, que talvez haja um sentimento, mesmo que ínfimo, que venha de lá para mim também.
Eu só queria poder dizer que desta vez, a minha intenção é fazer feliz, e não ver no que vai dar.
Que o sentimento existe, e que dói de verdade, como uma ferida que se nega a fechar.
Minha primeira impressão foi de alguém totalmente sem graça, uma pessoa fechada, sem assunto. Enfim, estranha. Não conversamos nesse primeiro dia, até porque essa pessoa arranjou algo mais importante pra fazer.
Passado alguns dias, nos reencontramos. E nesse dia, foi tudo diferente. Conversamos, trocamos risadas, comentários pessoais, e inclusive um que nunca saiu da minha cabeça. Aliás, por causa dele eu comecei o meu (suposto) jogo.
De início, eu apenas pensava em seduzir, tentar ver o que aconteceria, mas não havia um real sentimento. Apenas fogo. Apenas vontade de ter o proibido, de ter alguém que já tem um compromisso. Sim, havia um compromisso entre isso. Havia outra pessoa que era um obstáculo.
E chegou um dia, que tudo veio à tona. E a pessoa que participava do jogo, junto a mim, disse que não queria nada, que apenas fazia isso pra ver até onde eu iria.
Pois bem, eu relevei. Deixei para lá. Esqueci, não significava nada mesmo.
Porém, hoje é alguém que me faz tão bem, alguém que me faz feliz com as mais simples conversas, assuntos bobos, que me faz sorrir sem muito esforço.
E hoje, eu volto a tentar algo, eu volto a querer. Hoje, a outra pessoa com quem existe um compromisso deixou de ser um simples obstáculo, mas alguém que me afasta da minha felicidade.
O que eu realmente gostaria era de poder dizer o que eu sinto, de poder mostrar que, desta vez, o meu sentimento é verdadeiro, e se existe uma proximidade tão grande entre nós, que talvez haja um sentimento, mesmo que ínfimo, que venha de lá para mim também.
Eu só queria poder dizer que desta vez, a minha intenção é fazer feliz, e não ver no que vai dar.
Que o sentimento existe, e que dói de verdade, como uma ferida que se nega a fechar.
Os Prêmios
Hoje eu fui indicado pra dois prêmios de blog, "Esse blog vale a pena conferir", e "Eu tenho blog de elite". Então, vou arrumar um de cada vez.
agradecendo a Carla do http://deliciasocultas.blogspot.com/, por ter me indicado alii ! Fico muito honrado! E agora, indicar mais cinco.
Do Sétimo Andar: http://dosetimo.blogspot.com/
Inutilismo: http://inutilismo.blogspot.com/
Suffocating Words of Sorrow: http://suffocatingwordsofsorrow.blogspot.com/
Indizível Mencionado: http://indizivelmencionado.blogspot.com/
Critical Watcher: http://criticalwatcher.blogspot.com/
e agora, agradecendo a Janaina Lellis do http://inutilismo.blogspot.com/ , que me indicou também ! Obrigado gêê !
E agora, eu tenho que indicar mais 5 e justificá-los.
Bom, então vamos lá.
Semiprosa http://semiprosa.blogspot.com/: utilizando coisas do dia-a-dia, a renata faz nos seus textos uma reflexão de cada pedaço da sociedade, pedaços até qu talvez nunca notariamos.
O Demônio do Meio Dia http://odemoniodomeiodia.blogspot.com/: dizendo coisas que talvez não queremos, ela crítica a sociedade e nos toca profundamente com seus textos.
Suffocating Words of Sorrow: http://suffocatingwordsofsorrow.blogspot.com/: Sentimentos, problemas, verdades... a vida escrita em contos belíssimos
Amenidadess http://amenidadess.blogspot.com/: coisas pequenas que se transformam em coisas grandes, pequenos momentos que se transformam em grandes textos !
Delicias Ocultas http://deliciasocultas.blogspot.com/: trechos de livros e textos ótimos, sempre !
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Em Memória De Um Talento Que Se Vai
Eu não costumo tratar sobre ídolos, pessoas famosas, e coisas do gênero aqui, mas, devido ao acontecido ultimamente, eu me sinto obrigado.
Um dos atores jovens mais consagrados ultimamente, reconhecido por papéis que vão desde a comédia romântica (10 Coisas que eu Odeio em Você) até em dramas (Brokeback Mountain), e ainda, seu último papel, o Coringa no mais novo filme da série de Batman, é encontrado morto na tarde de terça-feira, dia 22 de Janeiro de 2008.
Heath Ledger, de 28 anos, deixa uma filha de 2 anos, do seu casamento com a também atriz Michelle Williams, de quem ele se separou no ano passado. Deixa também, uma legião de fãs que realmente acreditavam no futuro da carreira do ator, que mostrava um desempenho que melhorava de filme a filme.
O seu rosto, seu sorriso, seu jeito cativante, sua facilidade em se adaptar a cada papel, como se fosse o primeiro (ou último) de sua vida, para que pudesse fazer sempre o melhor, era algo difícil de se encontrar em vários atores.
Muitos se destacam por uma ou outra qualidade, porém Heath vinha crescendo na carreira de forma estonteante, vinha mostrando ao mundo que merecia espaço e reconhecimento, e que queria abrir caminho para continuar a sua carreira, e brilhar durante muito tempo.
Porém, ele vem agora, e nos deixa. Deixa um vácuo no mundo do cinema, deixa um vácuo no coração de amigos, companheiros de trabalho. De fãs, que vão para sempre lembrar de tudo que ele fez.
Alguns dizem sobre suicídio, sobre overdose, enfim, auto-destruição. Talvez seja essa mesmo a causa, e isso mostra mais ainda o seu profissionalismo. Talvez ele estivesse com tanta dor, tantos problemas, tantas coisas ruins na vida pessoal dele, e mesmo assim, ele até seu ultimo momento, nunca desistiu de dar o melhor de si em seu trabalho, para ver o sorriso e o reconhecimento de seus fãs.
Mas para ele, talvez tivesse chego ao limite, e mesmo que talvez ele tivesse sido egoísta em não pensar em quem ele estava deixando pra trás, a dor que ele sentia o venceu. Ninguém está aqui para julgar os atos dele. Agora, já foi.
Mas, seja como um garoto detestável, seja como um padre exorcista, seja como um cowboy homossexual, ou seja como alguém que se deixou vencer pela dor, Heath Ledger vai ficar para sempre na memória daqueles que o admiravam, que o amavam, e com certeza, o seu sorriso e seus olhos cativantes jamais serão esquecidos, e ele com certeza se foi, sabendo que aqui, ele deixaria pessoas que se lembrariam com muita ternura, respeito e admiração por ele.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Juízo Final e O Que Ele Proporcionará (Se Chegar a Acontecer)
Quando o dia chegar, ninguém vai saber como reagir.
Todo mundo diz que um dia o mundo vai acabar, que vai aparecer alguém pra nos julgar, e então, pare e pense: O que é que você vai falar?
Que não fez nada de errado, que sempre tentou ser bom.
e Cabuf !
Abre um buraco no seu pé, e você cai no inferno.
HaHa ! Você mentiu !
Nunca é muito forte pra você usar.
Ninguém é perfeito, ninguém jamais foi nem jamais será.
Erros são normais, você aprende com eles.
E aí, vão aparecer aqueles que vão dizer que sempre erraram, que não serviram para nada, que são inúteis no mundo.
E também vão pro inferno, mentira também !
Ninguém é tão ruim a ponto de nunca ter feito nada bom.
Aí, pergunta. Quem vai pro céu?
Ninguém né, ninguém vai contar toda a verdade, ninguém mesmo.
Se em vida a verdade nunca vem totalmente a tona, quem dirá depois de morto?
Por isso é que eu não penso em fim de mundo, em julgamento.
Eu só quero saber é do meu caixãozinho bem bonitinho e das traças devorando os meus restos mortais, depois que o meu vão coração decidir parar de bater.
Todo mundo diz que um dia o mundo vai acabar, que vai aparecer alguém pra nos julgar, e então, pare e pense: O que é que você vai falar?
Que não fez nada de errado, que sempre tentou ser bom.
e Cabuf !
Abre um buraco no seu pé, e você cai no inferno.
HaHa ! Você mentiu !
Nunca é muito forte pra você usar.
Ninguém é perfeito, ninguém jamais foi nem jamais será.
Erros são normais, você aprende com eles.
E aí, vão aparecer aqueles que vão dizer que sempre erraram, que não serviram para nada, que são inúteis no mundo.
E também vão pro inferno, mentira também !
Ninguém é tão ruim a ponto de nunca ter feito nada bom.
Aí, pergunta. Quem vai pro céu?
Ninguém né, ninguém vai contar toda a verdade, ninguém mesmo.
Se em vida a verdade nunca vem totalmente a tona, quem dirá depois de morto?
Por isso é que eu não penso em fim de mundo, em julgamento.
Eu só quero saber é do meu caixãozinho bem bonitinho e das traças devorando os meus restos mortais, depois que o meu vão coração decidir parar de bater.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A Real Deficiência
Ilusões do Amanhã
Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim Esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver,
Se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
Eu fiz brotar a flor,
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.
Alexandre Lemos - 28 anos, aluno da APAE
Alexandre Lemos - 28 anos, aluno da APAE
.
Existem pessoas que acreditam que uma pessoa com necessidades especiais não sabem o que se passa no mundo, não sentem quando são menosprezados, ou algo do gênero, pelo simples fato de terem certas diferenças genéticas.
Pois vejam, este garoto, de 28 anos, e que devido a Sindrome de Down, tem idade mental de 15 anos, foi capaz de expressar em palavras sentimentos de dor em relação a sua própria vida, em relação ao mundo, e ainda demonstra, no final, que sim, ele tem esperanças que tudo mude.
Muitas vezes perdemos as esperanças, e nem tentamos pensar em alguma forma de lutar.
E nós, que somos, aparentemente, normais.
E ele, o incessantemente intitulado pela sociedade como deficiente, mostra toda sua indignação, sua revolta, e sente sim, como o mundo o trata com indiferença.
Será então, que a deficiência está nele, ou nas outras pessoas, que só sabem ver o valor das outras pessoas pela aparência física e pelo que se veste no corpo?
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Parte do E-mail a R.
Tudo o que você me disse, todos os abraços, palavras, momentos...
Eu ainda não esqueci nenhum.
Eu voltei pra foz, pensando ainda mais em ti.
Às vezes eu me pergunto se é o melhor pra mim, continuar gostando de ti nessa distancia.
Aí eu lembro de tudo de bom que eu passo contigo, de todas as alegrias que tu já me proporcionou, e que, apesar da distancia, dos problemas, da nossa situação... eu ainda pretendo continuar contigo, se tu assim quiser.
Às vezes eu penso em deixar pra lá, porque vai saber aonde tudo isso vai acabar? Mas, eu sinto que eu não vou estar bem se eu pensar que da próxima vez que eu te ver, eu não poder "estar" contigo, se é que tu me entende...
Só oque eu queria saber, é se, pra você, eu também tenho certa importancia.
E assim como eu disse no fotolog, esta é a última vez que eu menciono este sentimento.
Eu não sei mais o que eu quero pra mim, mas o quanto menos eu lembrar dele, eu creio que vá ser melhor para mim.
Eu ainda não esqueci nenhum.
Eu voltei pra foz, pensando ainda mais em ti.
Às vezes eu me pergunto se é o melhor pra mim, continuar gostando de ti nessa distancia.
Aí eu lembro de tudo de bom que eu passo contigo, de todas as alegrias que tu já me proporcionou, e que, apesar da distancia, dos problemas, da nossa situação... eu ainda pretendo continuar contigo, se tu assim quiser.
Às vezes eu penso em deixar pra lá, porque vai saber aonde tudo isso vai acabar? Mas, eu sinto que eu não vou estar bem se eu pensar que da próxima vez que eu te ver, eu não poder "estar" contigo, se é que tu me entende...
Só oque eu queria saber, é se, pra você, eu também tenho certa importancia.
E assim como eu disse no fotolog, esta é a última vez que eu menciono este sentimento.
Eu não sei mais o que eu quero pra mim, mas o quanto menos eu lembrar dele, eu creio que vá ser melhor para mim.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Do Fundo de um Sentimento Incompreensível
Existem coisas que eu não consigo entender.
Porque às vezes eu me sinto tão bem em pensar, e às vezes me dói tanto.
A espera de meses e meses pra ver alguém que eu nem sei se um dia sentiu por mim tudo o que eu sinto.
Já tentei me conter, já tentei dizer não a tudo que acontece, mas quando aqueles olhos encaram os meus, eu não consigo me conter, quando aquele sorriso é estampado naquele rosto, só o que me dá vontade de fazer é abraçar e dizer como eu senti falta, como me faz bem. Mas eu nunca disse eu te amo.
Com medo de talvez não ser aceito, ou de ser considerado um imbecil.
Às vezes eu não entendo como pode haver tanta frieza de sentimento, e em outras horas me mostrar tanto sentimento, tanto carinho. Mas será que esse carinho é amor, ou algum dia será?
E será que se eu admitir que amo, vai aproximar ou afastar mais ainda de mim?
Será que vai chegar um dia em que eu entenderei o que se passa entre nós?
Ou eu terei que me esforçar mais do que me esforço para esquecer, e fingir que nada disso nunca passou na minha vida?
Eu só queria entender, eu só queria poder pensar, que, mesmo longe, eu poderia poder dizer:
- Você está do meu lado. Eu te amo.
Porque às vezes eu me sinto tão bem em pensar, e às vezes me dói tanto.
A espera de meses e meses pra ver alguém que eu nem sei se um dia sentiu por mim tudo o que eu sinto.
Já tentei me conter, já tentei dizer não a tudo que acontece, mas quando aqueles olhos encaram os meus, eu não consigo me conter, quando aquele sorriso é estampado naquele rosto, só o que me dá vontade de fazer é abraçar e dizer como eu senti falta, como me faz bem. Mas eu nunca disse eu te amo.
Com medo de talvez não ser aceito, ou de ser considerado um imbecil.
Às vezes eu não entendo como pode haver tanta frieza de sentimento, e em outras horas me mostrar tanto sentimento, tanto carinho. Mas será que esse carinho é amor, ou algum dia será?
E será que se eu admitir que amo, vai aproximar ou afastar mais ainda de mim?
Será que vai chegar um dia em que eu entenderei o que se passa entre nós?
Ou eu terei que me esforçar mais do que me esforço para esquecer, e fingir que nada disso nunca passou na minha vida?
Eu só queria entender, eu só queria poder pensar, que, mesmo longe, eu poderia poder dizer:
- Você está do meu lado. Eu te amo.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Cumprimento Equivocado Pós-Moderno
"Shot through the heart, and you're to blame
Darling, you give love a bad name..."
Alguém ensine para essa geração, que Eu te Amo não é Bom Dia.
Não é uma frase qualquer que você pode usar com qualquer um que você encontra na esquina, que acabou de conhecer.
Amor tem toda uma essência, toda uma ligação, que ninguém mais parece compreender. Você conhece a pessoa em um dia, a considera uma boa pessoa, uma pessoa legal, e já diz que ama, que é tudo pra você. Mesmo com amizades, não use Eu te Amo precipitadamente.
A frase Eu te Amo é um vínculo, uma ligação espiritual que muita gente parece não entender, achar que não existe, ou até querer que não exista.
Se diz Eu te Amo para qualquer pessoa, para o desconhecido que foi legal contigo, ou que te deu um sorrisinho simpático, e muitos, nesse vazio que virou a existência humana, acham que já é um grande amigo, e dizem: Eu te Amo (por sorrir pra mim).
Não se pode usar qualquer palavra em qualquer hora. Não se pode dizer Eu te Amo para qualquer coisa, em qualquer momento.
Eu te Amo é para ser sussurado a um amante quando se está só, para ser dito em um abraço apertado a um amigo que realmente mostre seu valor, para ser expresso com ações de respeito a familiares que o mereçam receber.
Eu te Amo, meus caros, não é uma nova forma de dizer olá, ou adeus.
Eu te Amo, é muito mais antigo do que qualquer um de nós, e muito mais complexo do que a existência de vários dos nossos conterrâneos terráqueos.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Desprezo
Sabe, existem horas que a gente nota que, na verdade, o que realmente importa para os outros é seu próprio mundo, a sua própria felicidade.
Quando eu digo isso, que eu penso em mim primeiro, muitos me entitulam egoísta.
Porém, eu digo isso, mas acabo pensando mais nos outros do que em mim.
Em compensação, os que me entitulam de egoísta, egocentrico, são os que mais pensam somente neles mesmos.
Então, aprenda.
É facil de me persuadir.
É facil de me usar.
É facil de me levar.
É só colocar um sorriso no rosto, e dizer que quer o meu bem.
Quando eu digo isso, que eu penso em mim primeiro, muitos me entitulam egoísta.
Porém, eu digo isso, mas acabo pensando mais nos outros do que em mim.
Em compensação, os que me entitulam de egoísta, egocentrico, são os que mais pensam somente neles mesmos.
Então, aprenda.
É facil de me persuadir.
É facil de me usar.
É facil de me levar.
É só colocar um sorriso no rosto, e dizer que quer o meu bem.
Eu acredito nas pessoas, mesmo que na minha cabeça, o ser humano ainda seja a criatura mais desprezível que exista, a salvo pouquíssimas exceções.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Eu Que Nem Me Conheço Mais
Ele acordou, no mesmo horário de todos os dias, e como sempre, se enrolou um pouco em sua cama, pensando em como seria o seu dia. Se levantou, seguiu ao banheiro, lavou seu rosto, e se olhou no espelho. Sorriu. O seu sorriso era algo que ele se obrigava a treinar diariamente, para, ao fim de suas conversas, na verdade, monólogos que usava para se vangloriar, sorrir, e mostrar que, sim, ele era um homem auto confiante.
Um homem. Causou tantos problemas a sua família, e a todos ao seu redor, que foi obrigado a se tornar um homem. Sair de casa, sair da cidade. Mudar de vida. Começou a estudar. Faculdade de Publicidade. E o que ele mais fazia, era estudar para aprender a se vender.
É verdade, ele conseguia muito bem, sendo o possuidor de uma lábia fenomenal.
Ninguém jamais soube da sua real verdade, da origem de sua família. Dizia ser filho de um homem rico, possuidor de empresas espalhadas por vários lugares do país, que cuidavam desde negócios com Bolsa de Valores até com Importação e Exportação de alimentos. Era filho único, e vivia num apartamento que o pai comprara para ele na metrópole paulista, aonde foi morar.
Para todos, ele havia escolhido viver ali pois, a cidade era grande, assim como ele próprio.
Ninguém sabia, que, toda manhã, quando ele se olhava no espelho, e sorria, ele via por trás do sorriso aquele garoto que sofreu, por ter vergonha da família que possuía. Um pai que trabalhava a anos na mesma empresa, no mesmo cargo, e não fazia nada para mudar.
Ele tinha vergonha da falta de esforço do pai, e raiva por ter tomado essa estagnação como herança.
Ele não queria mais ser quem ele era. Estudou muito para entrar numa faculdade pública, para gastar o dinheiro que o pai lhe mandava, com muito custo, diga-se de passagem, com roupas, aparencia.
O apartamento onde morava, era deprimente, mesmo dizendo aos outros que era luxuoso. É claro, ninguém jamais pisaria lá. Além dele próprio.
Ele se odiava, mas tinha que parecer confiante. Ele tinha que vencer na vida. Se esforçar, se ultrapassar, parecer melhor, para que talvez, um dia, ele mesmo consiga se orgulhar dele. Ele, até mais do que seu desejo de mostrar aos outros seu triunfo, queria provar para si mesmo que ele podia, quem sabe, ser bom.
E assim ele começava seu dia. Sorrindo, e mentindo. Porque, com o passar do tempo, a sua mentira se torna verdade, e o seu sorriso forçado, um sorriso real.
Era nisso que ele queria acreditar, e por isso ele lutava sem cessar.
Nem toda a mentira é pecado. Nem toda a omissão é em vão. Nem todos nós seríamos totalmente compreendidos se toda nossa verdade viesse à tona.
Um homem. Causou tantos problemas a sua família, e a todos ao seu redor, que foi obrigado a se tornar um homem. Sair de casa, sair da cidade. Mudar de vida. Começou a estudar. Faculdade de Publicidade. E o que ele mais fazia, era estudar para aprender a se vender.
É verdade, ele conseguia muito bem, sendo o possuidor de uma lábia fenomenal.
Ninguém jamais soube da sua real verdade, da origem de sua família. Dizia ser filho de um homem rico, possuidor de empresas espalhadas por vários lugares do país, que cuidavam desde negócios com Bolsa de Valores até com Importação e Exportação de alimentos. Era filho único, e vivia num apartamento que o pai comprara para ele na metrópole paulista, aonde foi morar.
Para todos, ele havia escolhido viver ali pois, a cidade era grande, assim como ele próprio.
Ninguém sabia, que, toda manhã, quando ele se olhava no espelho, e sorria, ele via por trás do sorriso aquele garoto que sofreu, por ter vergonha da família que possuía. Um pai que trabalhava a anos na mesma empresa, no mesmo cargo, e não fazia nada para mudar.
Ele tinha vergonha da falta de esforço do pai, e raiva por ter tomado essa estagnação como herança.
Ele não queria mais ser quem ele era. Estudou muito para entrar numa faculdade pública, para gastar o dinheiro que o pai lhe mandava, com muito custo, diga-se de passagem, com roupas, aparencia.
O apartamento onde morava, era deprimente, mesmo dizendo aos outros que era luxuoso. É claro, ninguém jamais pisaria lá. Além dele próprio.
Ele se odiava, mas tinha que parecer confiante. Ele tinha que vencer na vida. Se esforçar, se ultrapassar, parecer melhor, para que talvez, um dia, ele mesmo consiga se orgulhar dele. Ele, até mais do que seu desejo de mostrar aos outros seu triunfo, queria provar para si mesmo que ele podia, quem sabe, ser bom.
E assim ele começava seu dia. Sorrindo, e mentindo. Porque, com o passar do tempo, a sua mentira se torna verdade, e o seu sorriso forçado, um sorriso real.
Era nisso que ele queria acreditar, e por isso ele lutava sem cessar.
Nem toda a mentira é pecado. Nem toda a omissão é em vão. Nem todos nós seríamos totalmente compreendidos se toda nossa verdade viesse à tona.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Repetição
É engraçado como somos insatisfeitos.
Quando está calor, nós queremos o frio, e quando está frio, ansiamos loucamente pela chegada do verão.
E, quando estamos ocupados, pedimos por férias todos os dias. E quando estamos de férias, não vemos a hora de voltar a rotina.
A rotina. Tudo sempre igual. Todos os dias.
Pode parecer tedioso, mas as vezes é o melhor. O inesperado as vezes assusta. A falta do que fazer, de ter que criar algo para passar o tempo, é cansativo.
É claro, assim se teria uma vida diferente, talvez até boa, mas, é muito ruim ter sempre de pensar no que se fazer.
A rotina é mais fácil. Com tanto o que se pensar, tantos problemas, tantas coisas a se resolver, a se fazer, não se pode sobrar tempo para ficar se pensando besteiras, criando problemas, e se martirizando. Se pensa e se faz apenas o que a rotina pede, e assim, machuca-se bem menos.
A rotina. É tão tediosa quanto o incerto, ou o nada pra fazer.
É a vida. Se tudo fosse fácil, não haveria graça de se viver. Se tudo fosse complicado demais, não se sentiria prazer nenhum em se continuar vivo.
É por isso que se criou um equilíbrio entre isso. A rotina, que lhe permite, e lhe proibe.
Quando está calor, nós queremos o frio, e quando está frio, ansiamos loucamente pela chegada do verão.
E, quando estamos ocupados, pedimos por férias todos os dias. E quando estamos de férias, não vemos a hora de voltar a rotina.
A rotina. Tudo sempre igual. Todos os dias.
Pode parecer tedioso, mas as vezes é o melhor. O inesperado as vezes assusta. A falta do que fazer, de ter que criar algo para passar o tempo, é cansativo.
É claro, assim se teria uma vida diferente, talvez até boa, mas, é muito ruim ter sempre de pensar no que se fazer.
A rotina é mais fácil. Com tanto o que se pensar, tantos problemas, tantas coisas a se resolver, a se fazer, não se pode sobrar tempo para ficar se pensando besteiras, criando problemas, e se martirizando. Se pensa e se faz apenas o que a rotina pede, e assim, machuca-se bem menos.
A rotina. É tão tediosa quanto o incerto, ou o nada pra fazer.
É a vida. Se tudo fosse fácil, não haveria graça de se viver. Se tudo fosse complicado demais, não se sentiria prazer nenhum em se continuar vivo.
É por isso que se criou um equilíbrio entre isso. A rotina, que lhe permite, e lhe proibe.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Recomeço?
Mais um ano começou.
Sinceramente, eu não entendo por que festejar ano novo.
Pra mim, dia primeiro é um dia normal, como qualquer outro.
E ano novo só serve pra acabar as férias e pra ficar mais velho.
Meio frio pensar assim né, mas fazer o que?
Apesar de que esse ano começou diferente, muita coisa boa tá acontencendo.
Então, talvez a maré de sorte de inicio de ano esteja batendo na minha porta,
e ela que ouse ir embora tão cedo...
E é isso, que seja bem vindo 2008, e toda e qualquer coisa que ele tenha a trazer.
Ps: o blog em ingles foi fechado. vergonhoso demais ;x
Sinceramente, eu não entendo por que festejar ano novo.
Pra mim, dia primeiro é um dia normal, como qualquer outro.
E ano novo só serve pra acabar as férias e pra ficar mais velho.
Meio frio pensar assim né, mas fazer o que?
Apesar de que esse ano começou diferente, muita coisa boa tá acontencendo.
Então, talvez a maré de sorte de inicio de ano esteja batendo na minha porta,
e ela que ouse ir embora tão cedo...
E é isso, que seja bem vindo 2008, e toda e qualquer coisa que ele tenha a trazer.
Ps: o blog em ingles foi fechado. vergonhoso demais ;x
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